One Thing

Uma escola com nome grande demais.


Era uma vez...

Espera só um instante acho que comecei errado isso aqui não é um conto de fadas, vamos começar de novo.

Sou Niall James Horan, hoje começo estudar na Real Academia Barnaby Marmaduke Aloysius Benjy Cobweb Dartagnan Egbert Felix Gaspar Humbert Ignatius Jayden Kasper Leroy Maximilian Neddy Obiajulu Pepin Quilliam Rosencrantz Sexton Teddy Upwood Vivatma Wayland Xylon Yardley Zachary Usansky, como podem ver, é um nome meio grande os alunos a chamam carinhosamente de London Hight Scholl.

Voltando ao que interessa, o lugar é enorme e as más línguas dizem que só estudam riquinhos mimados por aqui. Isso já derrubou por terra meu animo e como estou entrando no meio do ano não tenho esperança de fazer amigos.

Passei pelos grandes portões quase me arrastando, estava cogitando a hipótese de dar meia volta enquanto tinha chance.

— Niall meu rapaz, seja bem vindo. – Meu plano foi por água abaixo, pois o senhor David Black estava a minha espera bem na porta da Escola. Ele ensina biologia aqui e foi ele que mexeu os palitinhos para que eu estudasse nesse lugar.

— Olá, professor. – Tentei sorrir inutilmente, pois estava mais do que nervoso.

— Não precisa ficar nervoso Niall, vai dá tudo certo. – Ele deu leves tapinhas em meu ombro, e me levou até uma sala que supus que fosse a sala de biologia. – Atenção classe, quero que dêem as boas vindas ao seu novo colega.

Todos olharam para mim sem exceção, era como se eu fosse um ET, ok gente sou bonito, mas não é para tanto. Percebendo que não sairia uma só palavra de minha boca o professor me indicou uma carteira a frente, me entregou o livro de biologia, e a aula começou. Aos poucos o resto da sala parou de prestar atenção em mim, para prestar atenção na aula, agradeci mentalmente por isso, já começava a desenvolver uma fobia.

O sinal para o intervalo tocou estridente no corredor, não fiz questão de ir para o refeitório, preferi ficar na sala de aula, pois se já era ruim ser encarado por vinte e cinco adolescentes curiosos, ser motivo de curiosidade de toda a escola é ainda pior.

— Hei Niall, o que está fazendo aqui sozinho?

— Aqui é mais calmo professor. – Aparentemente o professor Black estava a fim de frustrar mais uma vez meus planos.

— Não precisa ter medo sabia? Saia e faça amigos. – Ele fez com que eu levantasse e literalmente, me botou para fora da sala de aula. Segui para o refeitório.

Antes de empurrar a porta respirei fundo, observei o lugar procurando qualquer lugar que servisse como esconderijo. Todos ali estavam acomodados em mesas espalhadas pelo recinto com as suas ‘turmas’, não foi uma boa idéia vir para cá vai ficar mais evidente minha solidão, mas já que estou aqui, vou pelo menos comer alguma coisa.

Dirigi-me para uma maquina de salgadinhos, coloquei a mão no bolso, me amaldiçoei mentalmente por só ter trazido moedas, respirei fundo e as retirei do bolso torcendo para que não houvesse ninguém olhando.

Foi em meu momento de distração que algo ou alguém esbarrou em mim, fazendo com que eu derrubasse todas as moedas no chão causando um pequeno estardalhaço. Virei pronto para tirar satisfação, mas me arrependi na mesma hora, o cara era enorme parecia um jogador de Rugby, ele me olhava com um sorriso maldoso, engoli em seco.

— Me desculpe, acho que esbarrei em você. – O garoto debochou. Não me dei ao trabalho de responder, não tenho seguro de vida. – Talvez na próxima traga dinheiro de verdade e não esses trocados. – Ele continuava debochando. – Mas sabe o que seria melhor? Você voltar para a Irlanda de onde você nunca deveria ter saído, aqui não é o seu lugar. – Ótimo Niall, primeiro dia de aula e você já é odiado, como ele sabe que sou irlandês? Será que ele sabe que esse preconceito contra o meu povo é ultrapassado igual a todas as outras formas de ódio?

— HA é mesmo?! Desde quando você decidiu isso?! – Uma voz feminina soou de trás do infeliz; pentelho, filho da mãe que decidiu que seria legal tirar com a minha cara.

Ele virou, pude ver que quem estava atrás dele, era uma menina de cabelos pretos, olho que me parecem ser castanhos, ela não é muito alta, corrigindo, ela é baixinha, não sei em quê ela está confiando para enfrentar um cara maior que ela, e ainda mais para defender alguém que nem conhece.

— Não se mete July, isso não é dá sua conta. – O grandalhão estreitou os olhos de maneira ameaçadora, eu no lugar dela sairia correndo.

— July? Quem te deu essa intimidade George? Só os meus amigos me chamam assim! Para você é Julieta. – A menina que, agora sei que se chama Julieta e não tem um pingo de juízo e a mor a vida, colocou a mão na cintura e retribuiu o olhar ameaçador que lhe era dirigido, sinto que isso não vai prestar.

Zayn Pov’s

Estava no refeitório com meus amigos, sentávamos meio ao fundo era o que Liam chamava de ponto estratégico, por que dá li podíamos ver tudo o que se passava sem chamar atenção para nós. Liam estava concentrado em um livro que não sei qual era, mas só pode ser muito chato, caso contrario ele não estaria lendo.

Liam Payne é o NERD da turma, graças a ele conseguimos passar de ano sem muito estresse. Outro membro da nossa turma é o Louis, ele é o piadista, metido a comediante, traduzindo: ele vive tirando com a cara de todo mundo.

Confesso que no inicio tive muita vontade de socar a cara dele, no momento ele está enchendo o saco do Harry. Harry é... Deixa-me ver como posso descrevê-lo... Ele é meio delicado, cheio de frescura. Por causa disso Louis fica chateando ele, mas Harry geralmente leva na esportiva, não sei como ele consegue. Uma cotovelada me sugou para fora de meus devaneios, vi que tinha sido Louis.

— Que foi Tomlinson? – Ele apontou com a cabeça para um lado do refeitório, George estava implicando com o garoto novo, faz muito tempo que espero a oportunidade para colocá-lo no lugar dele, quem sabe essa não é a oportunidade que estava esperando?

— Liam, Liam, Liam. - Louis jogou uma ervilha em Liam o fazendo levantar a cabeça e olhar em sua direção.

— Que foi?

— Você não quer saber o que vai acontecer com o novato? – Payne olhou com cara de “ta de sacanagem né?” e voltou à atenção para o livro. – Acho que isso foi um não. – Louis sorriu e deu de ombros.

— Vish, a coisa vai feder.

— Que foi Harry? – Perguntei.

— July ta indo na direção deles, provavelmente ela vai tirar satisfação com o George.

— July? O que tem a July? – Liam tirou a atenção do livro que lia.

— Agora o senhor se interessou em? - Louis sorriu cheio de segundas intenções. – Vai ficar aí parado Payne? Vá impedir a sua namorada de fazer besteira.

— July NÃO é minha namorada! – Liam falou entre dentes.

— Tarde de mais para isso, ela já ta discutindo com o George, Deixa que eu vá resolver isso.

— Ta doido Harry? Se você for lá, George te parte em dois. – Louis debochou.

— Como sei que nenhuma das moças vai levantar o traseiro do lugar, deixa que vou lá resolver. – Levantei sentindo que o dia não poderia ter começado melhor.

— A única moça aqui é o Harry. – Louis gargalhou.

— Hei! Ta doido Tommo?

Os deixei lá e fui tirar July da confusão antes que a coisa piorasse e ela acabasse ferindo alguém e quem sabe aproveito para quebrar a cara do metido do George?

— Por que você não deixa o garoto em paz? – July estava se exaltando.

— Por que não quero, e você não pode fazer nada a respeito disso. – Já falei que detesto esse cara?

— Ela talvez não possa, mas eu posso. – Falei alto o bastante para que ele me notasse, George se virou e me encarou, a cara de bulldog se contraiu em desgosto e eu sorri contente.

— Não se mete Malik, isso não é dá sua conta.

— Agora é, vai querer encarar? – Ele fechou os punhos, mas recuou, pelo os cantos dos olhos vi que o Professor David tinha acabado de entrar no refeitório.

— Você deu sorte Malik, mas isso não acabou.

— Ta, ta, agora vaza. – Ele foi para a mesa em que estava antes.

— Obrigada Zayn.

— Não precisa agradecer gatinha. – Pisquei, July revirou os olhos e sorriu.

— Zayn, me faz um favor?

— Claro.

— Leva o Loirinho aqui para a sua mesa?

— Hum... Ta, os meninos vão gostar de conhecer seu protegido.

— Valeu. – A morena baixinha deixou-me com o loiro que parecia em estado de choque.

— Então qual o seu nome?

— Niall James Horan.

— Sou Zayn Malik, seja bem vindo a London High School, não deixe que panacas como George acabe com a nossa boa reputação. – O levei para a nossa mesa.

Os meninos (quando digo menino, me refiro a Harry e a Louis, esses dois não se calam um segundo) estavam discutindo algo provavelmente bobo e sem sentido, não me dei ao trabalho de saber o que era.

— Hei vocês dois, dá para se calarem e prestar atenção em mim? – Os dois se calaram e me olharam. – Assim é melhor. Este é Niall Horan, Niall esses são: Liam, Louis e Harry.

— E aí? – Os azuis de Louis brilharam cheios de malicia.

— Beleza? – Harry acenou sorrindo mostrando as covinhas.

— Olá Niall, Horan não é um sobrenome inglês, é? – Qual é Payne? Tenta ser menos cdf um pouco.

— Não, é Irlandês.

— Irlandês? Você é um duende? – Rimos da pergunta idiota do Harry.

— Só porque sou irlandês, não quer dizer que eu seja um duende. – Niall nos olhou como se fossemos malucos.

— Boa novato, já se considere da turma. Você já tirou com a cara do Harry. – Louis riu. – Agora, seja sincero, me diz onde você esconde o seu pote de ouro? – E eu que pensei que Louis iria falar algo aproveitável, me enganei, não sei por que ainda tento.

— Se eu tivesse um pote de ouro, não seria bolsista.

— Você é bolsista? – Harry e Louis falaram ao mesmo tempo, Niall corou e Liam percebeu o constrangimento dele.

— Qual o problema de ser bolsista?

— Nenhum Zayn, é que para conseguir uma bolsa, tem que fazer uma prova que é super, hiper, mega, máster difícil. – Louis tem razão, o garoto novo é um gênio, Liam vai ter mais uma companhia para estudar e não vai mais ficar pegando no nosso pé, esse Niall caiu do céu.

— Não sei se é difícil, por que eu não fiz a prova.

— Não? E como conseguiu a bolsa? – Foi a minha vez de ficar espantado.

— Isso é uma longa historia.

— Sabe, se o Harry vendesse todos os produtos de beleza dele, dava para pagar a mensalidade daqui, durante um ano e ainda sobraria.

— Não tenho produtos de beleza Louis.

— Ha é? E então de quem é aquela caixa com creme para pele, mascara de lama, mascara de abacate, base, gloss e mais um monte de tranqueira, que está debaixo da sua cama? – Louis estreitou os olhos de forma cômica.

— Não tem gloss. – Harry cruzou os braços.

— Você é...? – Niall olhou espantado para Harry, segurei o riso.

— Não, não sou. Ta vendo o que você fez Louis? O garoto ta pensando besteira agora.

— Niall qual seu dormitório? – Liam tratou de desviar o assunto.

— 241.

— Que interessante esse é o nosso dormitório, agora sei por que colocaram aquela cama extra.

— Ah, não me diga Harry. – Ironizei.

— Qual a próxima aula? – Niall perguntou.

— Química, a aula mais esperada pelo Liam. – Louis olhou para o Liam que estreitou os olhos.

— Por quê? – Louis sorriu satisfeito com o interesse do novato.

— É por que Liam é parceiro de laboratório da July e rola uma “química” entre os dois, se é que você me entende. – Louis piscou sugestivamente.

— Ah não enche o saco. – Liam cruzou os braços e nós rimos.

July Pov’s

Depois que Zayn levou o loiro para a mesa dele, fui falar com meu pai, ele disse que queria falar comigo depois da aula.

— Pai queria falar comigo?

— Sim July, quero pedir algo para você.

— Pode pedir.

— Queria que você enturmasse o Niall.

— Quem?

— Niall, o garoto novo.

— Ha ta, não precisa se preocupar já cuidei disso. – Olhei para a mesa dos meninos, o loirinho que agora sei que se chama Niall, estava conversando animadamente com meus amigos malucos.

— Que bom, como a senhorita está se saindo nas aulas?

— Está indo tudo bem.

— Essa é a minha garotinha. – Papai bagunçou meus cabelos.

— Papai, ta todo mundo olhando. – Ele apenas sorriu, arrumei os cabelos resmungando. - Vou voltar para minha mesa.

— Ok vai lá. - Foi o que eu fiz.

Taylor, a minha colega de quarto estava conversando com Tifany, provavelmente falavam sobre futilidades, que não me interessam. Sabe aquelas pessoas que são totalmente diferentes em todos os aspectos? Pois é, essa sou eu e a Taylor, ela é toda fresca, cheia de nove horas, uma típica patricinha, meu oposto totalmente.

— Por que foi mesmo que você foi procurar confusão com o George?

— Será por que ele estava enchendo o saco do novato? – Ironizei.

— Não sei por que você se meteu, era só um novato e ainda para completar, bolsista. – Ela fez careta quando falou “bolsista”. – Se fosse eu não tinha me metido.

— Isso mesmo, não sou você, não gosto desse tipo de coisa. Julgar uma pessoa pela sua condição é idiotice. – A deixei me olhando com a boca aberta, não consigo aceitar que ainda existem pessoas que julgam os outros pelo que tem e não pelo que são, isso me incomoda muito.

Fui para o laboratório de química praticamente marchando, sabia que não teria ninguém lá agora, precisava pensar. Sentei no lugar que costumo sentar, abri o livro em uma página qualquer e comecei a ler.

Senti uma mão em meu ombro, desviei o olhar do livro e olhei para cima, Liam sorria encantadoramente, retribui o sorriso.

— Fazendo o quê aqui sozinha? – Ele sentou do meu lado.

Eu e Liam somos amigos de infância, começamos a estudar aqui juntos e somos parceiros de laboratório desde então.

— Nada, não estava a fim de ficar no refeitório. – Fechei o livro. - O que acharam do novato?

— Ele é legal. – Olhamos para trás onde Niall e Zayn estavam, viramos para frente, o professor havia entrado. – Sabia que ele vai ficar no nosso dormitório?

— Coitado. – Ri baixo, para não chamar a atenção do professor.

— hahaha engraçadinha. – Ele segurou a minha mão. – Você foi muito corajosa hoje defendendo o Niall.

— Não foi nada. – Senti minhas bochechas queimarem, provavelmente estava mais vermelha que um tomate, Liam sorriu, com toda certeza ele percebeu o meu estado.

— Sua mão é macia. – Se isso foi uma tentativa de fazer com que eu sinta menos vergonha, sinto informar: tentativa ‘fail’.

— Você está bem forte Li, tem andado malhando? – Deus o que acabei de falar, que entidade tomou conta do meu corpo e me fez falar isso?

— Não, acho que é o futebol mesmo.

— Será que os pombinhos podem prestar atenção na explicação? – O senhor Costello nos olhou feio, ouvimos uma risadinha, era o Zayn, ele deve ter ouvido já que ele estava sentado bem atrás de nós. Com certeza mais tarde ele vai encher o meu saco.

O senhor Costello voltou a explicar, dessa vez prestei a atenção, depois que terminou, mandou que começássemos a misturar os líquidos de acordo com a sua explicação, foi o que fizemos.

Estávamos concentrados em nossas tarefas, quando ouvimos um estrondo no fundo da sala, seguida de muita fumaça fedorenta.

— Saiam todos, ordenadamente. – O professor cobria a nariz e a boca com o jaleco, Todos saíram ordenadamente... Mentira, foi uma correria só, parecia um bando de animais fugindo do zoológico.

— Caraca, o que foi isso? – Liam tirou o casaco do nariz.

— Não sei, mas tenho a pequena impressão que isso tem o dedo do Louis. – Louis e Harry foram os últimos a sair do laboratório. – Melhor dizendo, tem a mão toda dele.

— Eca, agora estou fedendo, muito obrigado Louis. – Harry choramingou.

— Deixa de ser fresco, você devia me agradecer por que agora teremos aula vaga, duvido muito que o professor Costello queira entrais aí dentro.

— Louis você é o cara. – Zayn ergueu braço, os dois fizeram um ‘hight Five’.

— Sabia que tinha o seu dedo nisso Lou.

— Como a senhorita sabia?

— Hum... Não sei, talvez por que essa é a terceira vez nesse mês que você arruma um jeito de explodir o laboratório? - Ele apenas riu.

— Atenção alunos, por motivos óbvios a aula está suspensa. – Louis e Harry quase dançaram do meu lado. – Peço que saiam sem atrapalhar as outras salas. – O professor de química lançou um olhar de poucos amigos para Tomlinson que não fazia questão de esconder a culpa

— Vão fazer o que agora? – Perguntei.

— Vamos levar o novato para conhecer o quarto. – Louis passou o braço pelo ombro do Loiro. – Depois vamos para a piscina.

— Vem com a gente para piscina July? – Liam me olhou pidão.

— Ok, vou só devolver uns livros, a gente se encontra lá. – Eles foram para o dormitório e eu fui para a biblioteca.

— July. – Ouvi Taylor falar atrás de mim, ignorei, não estava com saco para as frescuras dela agora. – Espera Julieta Black. – Parei e esperei que ela me alcançasse. – Sei que está chateada, falei besteira hoje no almoço, me desculpa. – Taylor Marie, pedindo desculpa por algo? Isso é que é progresso.

— Deixa para lá, já passou. – Suspirei.

— Tava pensando em fazer um jogo de ‘verdade ou desafio’ hoje à noite no nosso quarto.

— Só nós duas não tem graça Taylor.

— Eu sei, você pode chamar o viado do seu namorado e as bichas que andam com ele.

— Ham? De quem você ta falando?

— Do Liam e dos meninos, de quem mais seria?

— O Liam NÃO é meu namorado!

— Que seja. – Ela fez cara de tédio.

— Vou convidar o Niall também. – Ela fez careta. – Não começa Taylor.

— Ta, convida quem você quiser.