Once Upon a Time - Lua de Sangue

O Amor Verdadeiro começa a ser quebrado


Uma lágrima escorreu pelo rosto de Ashley. Estava com Alexandra no colo, chorando. Havia praticamente perdido o marido, sem nem mesmo saber o motivo.

A garota estava sentada na cama, cantando uma canção para Alexandra. Estava tão deprimida que a única coisa que poderia fazer para sentir-se alegre novamente era estar com sua filha.

Ashley não sabia quantas horas haviam se passado até ela perceber que não podia deixar Thomas sair de sua vida daquela maneira. Havia Alexandra, e havia Ashley também. Thomas não poderia sair da vida das duas.

E Ashley estava determinada a não deixá-lo ir embora.

Depois de um tempo, a garota percebeu que a única coisa que poderia ser feita naquele momento estava clara: ela precisaria da ajuda de alguém poderoso, de alguém que pudesse ajudá-la…

Ela tinha que falar com a Salvadora.

***

Will Scarlet estava cansado.

Após passar a noite com Robin compartilhando histórias, seu corpo vinha sofrendo uma enorme necessidade de descansar.

Mesmo assim, levantou-se cedo. Will não conseguia ficar na cama sem sonhar com Anastasia. E não estar ao lado dela era o pior dos pesadelos.

O dia começou para Will. Ele e os Merry Men caçaram um pouco, mas nada de realmente importante havia acontecido até o momento.

Isso até algo acontecer.

Isso até Will ver Anastasia e Tremaine caminhando pelas ruas de Storybrooke.

***

Thomas tinha acabado de receber alta do hospital. Já havia arrumado suas coisas e estava pronto para ir embora.

Passou pela recepção de modo desajeitado, tropeçando em seus próprios pés.

Saiu então do hospital, e viu a luz do sol lhe receber. Há quanto tempo Thomas não via o sol? Ele não fazia idéia.

Então ele pôs-se a caminhar, sem saber que rumo tomar. Hora ou outra lhe vinha à mente aquela garota, a tal de Ashley que insistia que ele era o marido dela e que juntos já haviam tido uma filha.

“Mas que idéia mais idiota… Eu nunca, em toda minha vida, dormi com alguém.”, pensou Thomas enquanto andava.

E foi enquanto pensava em Ashley que ele trombou nela. Trombou na bela garota de cabelos loiros que andava com uma senhora de cabelos grisalhos.

—Oh, mil desculpas. - Disse Thomas, olhando para a garota que havia caído no chão e ajudando-a a se levantar.

A garota ergueu a cabeça, e o olhar dos dois se cruzaram. Os belos olhos esverdeados de Thomas encontraram aqueles olhos castanhos alucinantes.

Thomas sentiu o coração bater mais forte.

—Qual é seu nome… Senhorita?

A garota sorriu perante a forma de tratamento e deu de ombros.

—Meu nome é Anastasia. E o seu?

***

Regina sentia um misto de alegria e preocupação em sua mente. Havia acabado de receber um telefonema de Emma que dizia que o corpo de Zelena havia sido encontrado em seu esconderijo. Emma havia lhe contado também que Rumplestilskin estava desaparecido, e sua adaga não havia sido encontrada.

Isso tudo somado ao fato de quê Regina havia acabado de receber a notícia de quê a Bruxa Cega, Yzme Cuk, tinha voltado dos mortos.

“As coisas em Storybrooke estão cada vez mais estranhas”, pensou Regina. Mortos saindo do mundo dos mortos, mensagens estranhas sobre “Luas de Sangue” e vingança, a Bruxa Má do Oeste morta e a adaga do Senhor das Trevas sumida...

Regina só conhecia uma pessoa que seria capaz de causar tal confusão em Storybrooke ou em qualquer lugar. E estava prestes a chegar a cela dessa pessoa, só para certificar se tudo estava okay.

Quando ela chegasse à cela de Malévola e descobrisse que a mesma havia fugido, o inferno começaria em Storybrooke.

***

—Malévola… O quê faremos agora? - Perguntou Cruela. Ela olhava para a majestosa Fada Negra, para a perigosa Criatura de Mil Faces… Mas não sentia um pingo de medo.

Cruela sentia respeito.

—Cruela, você tem noção do porquê estarmos fazendo isso? - Perguntou Malévola. Cruela deu de ombros.

—Você lembra de quando apareci para você pela primeira vez? Você estava dormindo, não estava? Estava nas vésperas de fazer algo terrível, não é? E então eu apareci em seus sonhos… Me diga, o quê falei para você?

Cruela pensou um pouco, e logo escancarou sua boca num sorriso.

—Você me disse que eu poderia ter finalmente o quê eu sempre quis. Que eu poderia finalmente matar ela.

—E disse também que estaria mandando alguém que me guiaria para Storybrooke. Você me contou algumas coisas, pequenos detalhes do quê eu teria que fazer para destruir sua prisão e te libertar…

Malévola assentiu.

—Depois, quando eu acordei, estava na cabeceira de minha cama um pequeno frasco com um líquido escuro dentro. Quando o tomei, eu ganhei esses… Poderes.

Malévola assentiu novamente.

—Então, minha cara Cruela, eu entrei em seus sonhos e te prometi o quê você mais desejava. Logo depois, mandei para sua mansão Tremaine, que lhe guiaria até Storybrooke. Você recebeu poderes mágicos concedidos por mim para que conseguisse fazer o necessário e me libertar. Mas me responda: por quê você? Por quê Tremaine? Por quê tudo isso?

Cruela pensou um pouco, mas Malévola respondeu por ela:

—Meus poderes não podem ser tirados de mim. Eu sou indestrutível, sou uma pessoa realmente poderosa. E enquanto estava presa, eu podia sentir os sentimentos ruins. As coisas verdadeiramente obscuras que moram no coração humano de cada pessoa em Storybrooke. Eu senti a raiva de Tremaine, e a aumentei até que ela se transformasse em ódio cego. E, mesmo de longe, eu senti também sua raiva. Cruella, mesmo você estando em outro lugar bem distante daqui, eu senti seu ódio.

No final de tudo, você e Tremaine foram as escolhidas por serem as únicas que sentem o quê eu sinto.

Ódio. Necessidade de vingança. Um desespero incomum e grandioso para ter o quê se quer.

—Onde você quer chegar? - Cruela não estava entendendo. O quê Malévola dizia não fazia sentido algum.

—Estou te propondo uma troca de favores. Eu quero algo; preciso fazer uma coisa. Foi motivada a fazer essa coisa que venho me esforçando todo esse tempo para ser libertada. Foi motivada por esse sentimento que recrutei você e Tremaine como aliadas.

—Aliás, Tremaine já sabe que você pegou uma das filhas dela e sacrificou-a para mim? - Perguntou Malévola. Cruela sorriu.

—Teria graça se ela soubesse? - Um sorriso malicioso cortou os lábios de Malévola.

—Enfim… Estou propondo um acordo. Eu sei que você deseja algo ardentemente há tempos, Cruela, e eu posso ajudá-la a conseguir isso. Desde que você me ajude a conseguir o quê quero.

Cruela mordeu os lábios.

—E o quê você quer?

Malévola sorriu.

—Agora não é o momento ideal para falarmos sobre isso. Saiba apenas que a próxima etapa de meu plano envolve você...

Cruela começou a entender onde ela queria chegar.

—Nossa próxima etapa envolve… Ela?

—Sim. Nossa próxima etapa é matar a Fada Azul.