Erik

Eram por volta de 04h da manhã – Erik presumira – quando Hermione e Erik se despediam de Tris e Whit.

Tris estava mais do que envergonhada. Aquela dançando lá dentro com certeza não era ela. Muito menos aquela desmaiando na frente do Erik só porque ele era, hum, simplesmente, perfeito. Ela queria abrir um buraco na terra e enfiar sua cabeça lá, como um avestruz. Por esta e outras, ela ficou no pé de Whit pedindo para ir embora, até que enfim ele se deu por convencido e foi falar com Mione, que também estava indo embora.

Hermione ficou um pouco tímida sem saber ao certo a razão; talvez porque Erik a envergonhasse ou talvez porque ela não quisesse assumir que o Whit era um gato. Talvez ambos fossem proporcionais para aquele momento. E sim, ela negaria que havia acho Whit gato, mesmo que nem soubesse mentir direito, esse tipo de comportamento não fazia o tipo dela

Não tinha problema. Aquilo fora só uma festa, eles não se veriam talvez, hã, nunca mais? Londres era grande demais para criar encontros repentinos nas ruas. Ou talvez Hermione estivesse tão errada que ela própria sabia disso.

– Então... – Whit colocou as mãos nos bolsos e fitou seus All Stars sujos. – Hã... a gente se ver de novo? – e a encarou com seus belos olhos azuis.

Hermione sorriu sem graça.

– Parem de timidez, se beijem logo – Erik falou aparecendo subitamente, assustando Mione e lhe envergonhando, mais uma vez.

– Caramba, Erik!

Ela quase o xingou, mas ele riu.

– Ta, foi mal – ele disse. – Vou deixar os pombinhos ás sós.

Erik saiu deixando Mione e Whit em paz novamente.

– Não liga para o Erik. Ele é o constrangimento em pessoa quando bebe. – Hermione estendeu um papel para Whit.

– O que é isso? – Whit perguntou pegando o papel.

– Meu número – Hermione falou sem jeito.

Whit sorriu.

Erik estava recostado do lado de fora da boate, em uma parede, pensando na vida.

– Ei, você ta moscando – Tris falou estudando-o.

Ele a encarou. Nem havia lhe visto aparecer.

– O quê?

– Moscando. Tipo, viajando. Você ta doidão.

Erik riu olhando para o céu.

– Olha quem fala.

Tris deu de ombros, não tinha muita coisa para rebater contra.

Erik olhou para ela no mesmo instante que ela lhe olhou. Ficaram se encarando por alguns instantes.

– Seus olhos são cinzentos ou azuis? – Tris falou completamente perdida em seus olhos.

– Quê?

E então ela vomitou em seus sapatos.

– Maravilha – Erik falou cínico e ajudou Tris a se recompor.

Ela tossiu.

– Foi mal – ela se desculpou. – Eu vou está um lixo pela manhã.

– Vai mesmo – Erik concordou. Ela o fuzilou com o olhar. – Quer dizer, todos nós e tal.

– Sei bem o que quis dizer.

Hermione e Whit apareceram no exato momento que eles estavam prestes a dar inicio á uma discussão.

Erik nunca se sentiu tão grato.

Tris se apoiou em Whit.

– Mereço – ele falou e Mione riu. – Então, sei lá, vejo vocês por ai. Tchau.

Whit e Tris se afastaram e Mione voltou-se para Erik que estava quase dormindo e lhe deu um tapa no rosto.

– Acorda!

Ele estremeceu e acordou ligeiramente.

– Foi mal – ele lhe estendeu a chave do carro e eles seguiram.

No carro, Erik se jogou no banco de trás e, com certeza, só poderia está dormindo. Então Mione concluiu que estava um pouquinho mais “cedo” do que imaginara quando olhou em seu celular.

06h am.

E concluiu também que dirigia muito mal. Mas conseguiu levar Erik sem bater em nenhum outro carro.

Ela virou para o banco de trás, onde ele realmente estava dormindo que chega babava no estofado do banco.

– Mereço – ela rolou os olhos e lhe deu outro tapa no rosto. – Chegamos.

Ele acordou meio preguiçoso e foi se sentando.

– Se importa se eu ficar com seu carro? Eu to cansada para aparatar – Mione falou.

Erik deu de ombros e foi saindo aos passos tortos.

– É todo seu – e então saiu.

Mione suspirou e deu a volta, indo para sua casa. E sabia que Erik não se lembraria de que seu carro estaria com ela e enlouqueceria, mas nem ligou.

Erik passou pela portaria meio tonto. Não se lembrava de 62% da noite anterior, só queria dormir até que cansasse. Porque era assim toda sexta-feira e ele sempre amanhecia assim no sábado.

Houve uma vez que Erik acordou em um abrigo para mendigos perto de Oxford. Nem sabia como havia ido parar lá e nem o que houvera antes disso.

– Bebeu todas, hein, Sr. Lehnsherr? – o porteiro caçoou.

– Vá se ferrar – Erik falou e passou por ele direto.

O porteiro riu. Erik aparecer á essa hora da manhã no sábado, todo acabado, já era rotina.

– Bom dia para o senhor também.