As rondas continuaram a noite inteira, mas o ladrão não voltou, nem para Perlla nem para Timóteo, no outro dia eles continuaram a caminhada, agora já muito perto do destino, o castelo do rei Esmeraldo, ele os chamara, precisava de ajuda contra o inimigo.

Todos lembravam-se da carta

Eu precisava de ajuda, mas os meus melhores aliados estavam em guerra, eu não tinha ajuda suficiente, e muito menos soldados fortes o suficiente para comandar metade de uma pequena tropa, então me falaram de vocês, por isso peço que venham até aqui, para termos uma conversa

Essas “conversas” costumavam ser muito gratificantes (rendiam um bom dinheiro), mas não era isso que estava ocupando a cabeça de Perlla, e provavelmente nem as de Timy e Gonzalo, eram as luvas que eles encontraram ao lado dos seus pertences roubados, a única diferença era que os irmãos dela provavelmente não estavam com a estranha sensação de ter tido um sonho onde podiam ver os três quando filhotes. E pode acreditar, a sensação é simplesmente horrível, apesar de conter parte dos arrepios, e esconder outra parte, um ou outro era notado pelos seus irmãos e ela não tinha nenhuma explicação naquele calor que estava fazendo (45 graus sem vento), mas foram esses pensamentos que acompanharam Perlla até o castelo, lá dentro eles se apresentaram ao rei, então ele comentou

Esmeraldo: Confesso que pensei que vocês fossem três homens, não sei...

Os irmãos se entreolham, muitos já tinham dito coisas parecidas, mas nenhum daquele jeito, nenhuma pessoa já dissera isso com aquela seriedade, tão forte que chegava a ser desdém, e o rei também era o primeiro a acrescentar o “não sei...”, Perlla logo falou:

Perlla: não a diferenças entre nenhum de nós, caso seja isso que esteja pensando

Esmeraldo: Sei... Sei, e lutam do mesmo jeito também?

Perlla: Não existe um jeito de lutarmos do mesmo jeito, mas temos forças iguais

Isso não era exatamente verdade, timy era desastrado, Gonzalo contava muito com a força, e não treinava muito, por fim Perlla era a mais habilidosa, Gonzalo o mais forte e Timy o mais esperto, mas você não acha que ela iria ficar explicando isso não é?

Esmeraldo: sei...

Depois disso ele pede a alguns empregados para mostrarem os quartos deles (um para timy e Gonzalo e outro para Perlla), mas no meio da noite...

Perlla sonhou com a gata encapuzada de novo, dessa vez só a viu de longe, tentou dizer olá, mas ela - encapuzada - não ouviu, encapuzada estava com os olhos completamente vermelhos (não me perguntem como descobri isso se ela estava da capa), como se tivesse chorado muito, Perlla chegou perto de encapuzada e chamou:

Perlla: Ei, tudo bem?

Encapuzada leva um susto e depois fala:

Encapuzada: Que susto! Você não deveria ter feito isso!

Perlla: desculpe, mas achei que fosse melhor do que te cutucar!

Encapuzada: Opa, verdade, eu só estava distraída - O distraída soou hesitante, como se não fosse exatamente a palavra que ela estava procurando

Perlla: andou chorando? Ou... Isso é tudo alergia?

Encapuzada: alergia... Mas é tão óbvio?

Perlla (simples e direta): É

Encapuzada: humpt

Perlla ouve um barulho que parecia algo batendo, se vira para ver o que era mal se virou sente encapuzada lhe empurrando e cai em uma poça d’ água, ela sai dali ensopada

Perlla: Ei, por que fez isso

Encapuzada imita um comercial de radio: o ministério da saúde adverte mexer comigo faz mal a saúde

Perlla: há, há, há engraçadinha, mas que barulho foi aquele?

Encapuzada aponta para algumas pedrinhas no chão

Encapuzada: joguei uma sem você perceber!

Perlla: Vou me lembrar desse truque!

As duas caem na risada, mas para a tristeza de Perlla ela acorda

Perlla: Que sonho esquisito, e eu ainda estou molhada... Perai, como foi que eu me molhei?

Perlla começa a procurar alguma coisa que lhe pude-se te-la molhado, nada, nenhuma goteira, apesar de que uma goteira não causaria tanto estrago, era como se ela tive-se mesmo caído na poça do sonho, ela foi ao banheiro e se secou no modo felino, mesmo assim de algum modo as paredes não ficaram molhadas, não me pergunte como, depois ela vestiu o cinto, colocou a espada lá,e o chapéu (não preciso dizer que ela dormiu com as botas não é?), ia sair do quarto quando uma garota entrou e lhe disse:

Garota: Eu venho em nome do rei, ele pediu para trazer essa mensagem

A “garota” deixou o quarto, e Perlla deu uma olhada

Achei que você e seus irmãos são ótimos, e acho que poderiam muito bem liderar um exercito, mas tem uma coisa: mulheres não entram no meu exercito! E por mais que alguns outros membros da corte achem que eu deveria parar com isso e te aceitar vou continuar imutável, mas apesar disso, não me importarei de conseguir um lugar para você fora do exercito se você quiser acompanhar seus irmãos de perto

Perlla ficou uma fera! Saiu pisando forte e batendo a porta, irritada, antes de ela fazer qualquer coisa a “garota” chamou

Garota: Ei Perlla?

Perlla: Que foi?

Garota: venha cá

Extremamente curiosa Perlla foi atrás dela e elas chegaram do lado de fora, continuavam andando até algum lugar, então a “garota” explicou

Garota: Eu sou Catarina e...

Perlla lhe interrompe: O que? A princesa?

Catarina: É, sou eu sim, mas voltando ao assunto, sei, ou pelo menos imagino o que meu pai escreveu na carta, e também sei que não vai querer ficar aqui depois disso por que ele feriu seu orgulho!

Perlla: é sim, esta certo

Catarina: Mas eu também sei do roubo dos pertences

Perlla: Epa, como descobriu?

Catarina: Timóteo me contou

Perlla: Mas ele não consegue nem guardar segredo!

Catarina: Bem voltando ao assunto, alguns animais mágicos estiveram aqui anos atrás, e deixaram alguns presentes, mas há três dias quase todos os objetos desapareceram, o único que sobrou estava no meu quarto, no meio da noite eu acordei, e depois de alguns minutos um alguém simplesmente apareceu no meu quarto, ele era muito alto, se escondeu debaixo da cama, eu acendi a luz e olhei lá, mas ele tinha simplesmente desaparecido, segundo o que timy – isso ai minha gente, ela chamou Timóteo de timy!- disse você viu algo parecido de noite, por isso estou te levando até lá

Perlla: lá aonde?

Catarina: já vai ver

Depois de um tempo Catarina parou, se baixou, e cavou um buraco de mais ou menos dez centímetros, encontrou então um cabo de puxar, tirou boa parte da areia, e depois abriu uma portinhola no chão, elas entraram

Descubram o que havia lá lendo o próximo capitulo