Old Love

Verdades seladas no tempo


Seto Pov

Ao chegarmos ao palácio, a garota foi levada inconsciente para um quarto. Embora o ataque da chave do milênio não tivesse sido tão forte, ela não detêm do poder extra de um tiradirân, e isso faz com que o ataque se torne mais afetivo. Sinceramente ela teve muita sorte pela chave do milênio não envocar uma criatura para atacá-la porque se não os riscos seriam maiores, assim como os efeitos colaterais, e ela poderia ficar inconsciente por vários dias.

Como não sofreu muito dano, ficará desacordada até amanhã, ou quem sabe questão de algumas horas. Já que ela é a nossa única solução até agora, não temos nada a fazer, se não esperar que ela acorde. E nesse período de tempo, ficamos de braços atados, o que para mim é um desperdiço de tempo.

Depois de que chegamos, fui até a sala do faraó para lhe informar do relatório das minhas buscas, como não tinha tido ainda nenhuma verdade concreta não tive a mínima vontade de continuar, mas o faraó em pessoa me disse que queria de saber de qualquer mínima novidade em meus planos.

Contudo, ele estava muito ocupado planejando uma estratégia para combater os soldados de Bakura. E não pode me receber, assim meu dia estava livre, até algo do meu interesse, ou que precisasse da minha atenção.

E aqui estou eu na sala dos anciões conselheiros do faraó, pensando no que fazer agora...

Meus pensamentos estavam meio confusos, pois eu jurava que conhecia aquela garota de algum lugar. Depois de minutos encarando o vácuo, finalmente algo chega a minha linha de raciocínio lógico.

Aqueles olhos... – sussurrei para mim mesmo – Não pode ser!!!

E assim sai da sala em que me encontrava, indo em passos apressados até o quarto que tínhamos deixado nossa hóspede. Passei pelos guardas que estavam na porta, e dei de cara com um quarto vazio, claro isso só contribuio para a minha raiva matinal.

Guardas, para onde nossa convidada foi?

Eu pensei que o senhor soubesse mestre Seto. Mestre Aknade a levou para a arena subterrânea.

O que??????? – isso que falei sôo mais como uma afirmação indignada, do que como uma pergunta.

Nesse momento acertei meu curso para a arena subterrânea, era uma coisa incomum as coisas acontecerem sem eu saber, isso realmente é algo raro. Então agora tenho que voltar a ter o controle da situação. Em primeiro lugar, por que o Mestre Aknade fez isso? Segundo lugar, por que ele não me avisou?

Perguntas martelavam minha cabeça incessantemente, mas eu tentava ignora-las pelo menos por enquanto que tenho certeza que não vou obter respostas.

Kisara pov

Meu corpo dói muito, minhas pálpebras agora como nunca parecem pesadas de mais para mim poder abri-las. Tentei vagarosamente abrir meus olhos em uma inútil tentativa de me acostumar com os borrões a minha frente. Quando entendi que não ia conseguir, as fechei rapidamente voltando a estaca zero.

Tentei mexer meus membros, mas meus músculos rejeitavam tal ação. Lembrei de tudo que tinha acontecido, e tentei imaginar por que aconteceu comigo. Claro, a varinha e a chave do milênio são artefatos mágicos elevadamente preparados para tudo, à hipótese mais obvia, é que ela percebeu meu poder interior, ou seja; eu e meu dragão estamos em perigo.

Eu me sentia fraca de mais, certamente invocar meu dragão estava fora de cogitação, pelo menos nesse primeiro momento. Sentia como se milhões de lanças pontiagudas tivessem perfurado minha pele. Tinha machucado muito mais do que a vez que eu cai do cavalo direto em um barranco, e depois de rolar cair na água, e olha que nessa brincadeira eu me cortei, me ralei, fraturei minhas costas e mãos.

Com certeza estava pálida, se eu tivesse um tiradirãn o dano e os efeitos colaterais fossem meramente diminuídos. Ouvi a porta ou grade da cela em que estava ser aberta, e passos ecoarem no chão frio. Senti dois guardas me pegarem pelos braços, e me carregando para fora da cela, então a partir daí meus olhos ignoraram a dor e se abriram automaticamente.

Deixaram-me sobre um tipo de pilar sobre um abismo, que logicamente levava para o reino das sombras. Do outro lado, havia outro pilar com dois homens, muito feios e com uma perceptiva de moda ultrapassada. No momento em que os guardas me soltaram não agüentei nem por cinco segundos o meu corpo, minha visão embaçou e eu caí de joelhos. Meus membros começaram a tremer, resultado do cansaço sobre o meu corpo.

Sabia que não agüentaria por muito tempo mais naquelas condições, perderia os sentidos logo. Ouvi alguém falar no fundo da sala, e pela voz era um homem.

Comecem agora. – ordenou.

Nesse momento a ponte foi levantada, impedindo qualquer um que tentasse passar para onde eu estava, e vice-versa. Tossi algumas vezes, ignorando todos a minha volta. Senti minha respiração descompassada, e acelerada, e logo uma exaustão enorme tomou conta de mim, me fazendo quase atingir o chão, mas coloquei meus braços da frente, e cuspi muito sangue.

É só isso que temos que derrotar? Esse peso leve. Sem problemas.

Um dos homens do outro lado falou isso zombando da minha cara. Mas, não liguei pra isso, afinal tinha certeza de três coisas, primeiro eu ignoraria esse idiota, segundo se estivesse em meu perfeito estado físico estouraria a cara dele em segundos, e terceiro tinha quase cem por cento de chances de eu morrer aqui mesmo.

O que é isso???

Não reconheci essa terceira voz, mas mesmo que ajoelhada no chão vi um vulto agora em minha frente. Entreabri os olhos e o vi, a pessoa que tinha, digamos acidentalmente me atacado com uma relíquia do milênio. Não que eu o culpasse por isso, com certeza aquilo deveria estar fora de controle. Mas, algo nele me era muito familiar, seus olhos faziam com que eu me lembrasse dele...

Seto, saia daí.

Mestre Aknade, o que pensa que está fazendo? Se essa garota realmente ser quem eu desconfiou, ela é a única chance do Egito inteiro de vencer Bakura. Se ela morrer as esperanças estão perdidas, Bakura ganha e nós perdemos, tudo que lembramos, ou que presenciamos ao decorrer de nossas vidas se tornará pó sobre as areias do deserto.

Eu apenas a estou forçando ao extremo, acredite é a melhor forma.

Ignorando totalmente a discussão dos dois, a pessoa do outro lado ordenou que seu monstro atacasse. Vi quando o ataque rapidamente veio até eu e Seto, despedaçando o pilar em que estávamos, e nos lançando no abismo das sombras.

Seto não!!!!!!

Eu não tinha como fazer nada no momento, mas se pudesse teria feito. Já tinha me conformado com a queda, quando todas as esperanças estavam perdidas, senti algo pressionar o meu pulso para cima. Olhei pra cima, e vi que era o homem que tinha me ajudado antes. Pela forma que o outro mago falava minhas desconfianças logo chegaram a uma resposta sólida; Ele era Seto.

Muito diferente de antes seu cabelo estava um pouco maior, seus olhos continuavam lindos como sempre, e pelo jeito ele estava muito maior do que eu em relação ao tamanho. É, uma vez me disseram que quando se está pra morrer, se passa um filme na sua cabeça de tudo que você aprecia na vida. Realmente quem disse isso estava, bom está certo. Só percebemos quem fomos, na hora de nossa morte.

Mas, antes de alcançarmos as sombras negras que cobriam o vácuo no abismo, Seto se agarrou a algo na parede. Com o impulso da queda, quando parei de cair devido a ele estar me segurando, meu corpo foi apenas sustentado naquela região, e isso a pressionou muito. Realmente algo agonizante, também né, imaginem estar em um precipício, e apenas ser segurado pela mão.

Fora isso, para melhorar ainda mais, eu bati em cheio nas rochas da parede, levando pequenos cortes na pele. Soltei um gemido agonizante de dor, mais alguns segundos assim e meu pulso se deslocaria do corpo.

Isso ainda não acabou. Ataque!!!

E assim outro ataque foi lançado em nossa direção. Sorte só se tem uma vez, e conhecendo a minha, aquele seria o último golpe. Fechei os olhos e me concentrei, como se fosse meditar. E assim tomei uma decisão crítica; Invocaria meu dragão.

Claro sabia das conseqüências, mas o máximo que aconteceria era eu obter a morte, e se não fizesse isso a morte e algo muito pior passar a eternidade no abismo das sombras iria acontecer mesmo. Se tem que arriscar tudo, pra ganhar tudo.

Seto Pov

Seus olhos começaram a ficar azuis, não que não fossem dessa cor, digo exalar uma luz azul fora do comum. Uma luz brilhante tomou conta de todo o lugar, cegando-me por alguns instantes. Quando olhei novamente na arena destruída vi, um vulto branco conhecido.

Flash boo on

Abri os olhos e vi um imenso dragão branco, de olhos azuis. Ele voava sobre os céus e então pousou a poucos metros de mim. Deu uma super rajada branca parecendo raios elétricos, e então levantou vôo de novo com suas duas grandes e bonitas asas voando para longe.

Flash boo of

Não... A criatura que vi quando era criança – sussurrei baixinho apenas para mim mesmo.

Era inacreditável, mas sem dúvida era o mesmo dragão. Kisara tinha me ajudado a sete anos atrás, sem ela eu estaria morto agora. Nunca pensei que ela quem tivesse invocado o dragão, e ido ao meu socorro.

Ele soprou um raio brilhante e elétrico na direção das duas pessoas que haviam nos atacado antes, o ataque foi tão forte que transformou não só eles em pó, também o pilar em que eles se encontravam, e boa parte da outra coluna de rochas, a arena estava toda destruída. Se o dragão não tivesse cessado o ataque a tempo, ele certamente não atingiria também.

Incrível – Mestre Aknade falou.

Ou seja, o ataque podia ter destruído tudo de acordo com sua incrível magnitude.

Depois ele se pos a voar em nossa direção, ficando a baixo de nós e indicando que era pra eu soltar assim cairíamos em suas costas, e eles nos levaria até a parte superior do local.

E foi o aconteceu, depois de nos deixar no piso superior, ele desapareceu. Sem antes olhar e mostrar seus afiados dentes para Aknade, em sinal de ataque e dizer mais ou menos o seguinte “Se eu pudesse ficar mais um pouquinho, acabaria com sua raça”.

Desviei meu olhar para ele, no segundo seguinte vi Kisara a poucos metros de distância tossir uma considerável quantidade de sangue e cair no chão depois. Corri em sua direção e a encontrei no chão já inconsciente. A envolvi sobre meus braços, a suspendendo no meu colo.

Eu não te disse Seto. O dragão branco de olhos azuis é magnífico, seu poder é muito maior do que eu pensava.

Você é louco, não vê o que acabou de acontecer?? A garota não tem nenhum artefato mágico, como um tiradirãn, não faz idéia de como é exaustivo invocar alguma criatura sem ele, você fica sem forças para fazer quase nada. Agora imagine isso, só que dez vezes pior. Ela já havia sido atingida pela varinha e pela chave do milênio pela manhã. Ou seja, ela usou toda sua força corporal e mais um pouco, e pode ficar inconsciente por dias, ou semanas, enquanto todos nós morremos na guerra contra Bakura.

E quem disse que eu vou usa-la para isso. Vou extrair seu poder e sela-lo em uma placa santuário, para a sua criatura ficar sobre meu poder.

O que??????

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.