Era um dia normal que ficou péssimo. Um dia que iria mudar tudo o que eu tinha planeado para o meu futuro. Foi tudo levado por um pequeno acidente, o acidente que iria desestabilizar o delicado equilíbrio da minha vida.

— Tu tens alguém para te levar? - perguntou-me a secretaria da secretaria.

A minha mãe estava a trabalhar, então isso significa que eu ia ter que ir para casa a pé. Encharcada até aos ossos. Eu sorri para ela e assenti com a cabeça.

— A minha mãe está já lá fora. - eu menti com todos os meus dentes.

— Está certo, tem um ótimo dia então! Despacha-te!

— Obrigada.

Eu rapidamente sai da escola, com os meus sapatos e a minha mochila encharcados. Limpei rapidamente as lágrimas que se formavam nos meus olhos e caminhei o longo caminho ate casa. Pelo menos era isso que eu pensava.

Tudo começou na aula de natação. Algo correu mal no meu teste(prova), fazendo a minha descer para 13,5(C-), eu decidi ir falar com o meu professor de educação física(ginástica) depois da aula para tentar resolver isso.

Grande erro.

— Sr. Ashton, será que existe alguma possibilidade de eu puder refazer o meu teste(prova)? Eu acredito que eu consigo fazer melhor do que isto. - expliquei.

— Sinto muito, Sarah. O resultado já não pode ser alterado. Só peça ajuda quando tiveres dificuldades. Espero que faças melhor no próximo teste - Sr. Ashton suspirou.

— Está bem.Vou tentar fazer o meu melhor na próxima vez. Obrigada, Sr. Ashton. - suspirei.

Quando eu me virei para ir embora, perdi o meu equilíbrio e acabei por escorregar ao lado da piscina, o que causo um terra face, cabeça primeiro na água. Acabei por me engasgar com a água, e quase não consegui nadar até a superfície. Eu tossi, tentei recuperar a respiração enquanto a água da piscina acabou por entrar de novo no meu sistema.

De repente, ouvi o Sr. Ashton a gritar. Os meus nervos acalmaram-se um pouco, por saber que ele me viu a cair na piscina. Eu tentei tirar a minha mochila do meu ombro, mas o peso não me permitiu.

— Acalma-te, miúda. Vai ficar tudo bem! - ele imediatamente lançou a boiá salva-vida, que convenientemente pousou sobre a minha cabeça. Notei o grupo de estudantes em volta da piscina, fazendo-me amaldiçoar-me por ser tão desajeitada. Aqui estavam todos da escola a tentar ver.

Eu estava grata que a escola tinha me deixado ir para casa mais cedo. Eu não seria capaz de encarar ninguém depois do que aconteceu, muito menos andar na escola com a minha mascara(rímel) escorrendo pelo meu rosto. Foi a coisa mais assustadora que me aconteceu, e prometi a mim mesma que nunca mais ia chegar perto de uma piscina.

Enquanto eu caminhava para casa, eu virei a esquina da rua que ia dar direto para a minha casa. Como eu julgava que tinha virado na rua certa, franzi as minhas sobrancelhas, esperando ver a minha casa, mas em vez disso, havia apenas uma rua desconhecida com pessoas correndo. Eu lentamente caminhei pela calçada, e vários olhares começaram a se focar em mim. O meu coração quase saltou quando reparei que quase todos da rua estavam a olhar-me.

Não faz mal, continua a andar, Sarah. Apenas continua a andar. Vai acabar por aparecer um caminho familiar mais a frente.

Um pouco antes de chegar ao fim da rua, uma rapariga(moça) impediu-me. Ela olhou para mim confusa, com os seus grande olhos azuis cintilantes. Ela parecia tão etérea, intocável, inquebrável.

— O que é que estás a fazer? Já devias de estar pronta! - ela exclamou, como se fosse eu a única ali confusa.

— Como assim? - sussurrei com a minha voz rouca.

Ela riu, o seu cabelo loiro balançou quando ele se inclinou na direção do meu ouvido.

— Estão todos a olhar para ti porque tu não estas com as outras a arranjarem-se!

— Eu acho que tu estás a perceber tudo errad - ela não me deixou terminar, agarrou na minha mão e arrastou-me com uma super força para uma limusina preta.

Eu tentei desprender a minha mão do seu aperto, e uma vez que o seu aperto estava mais relaxado, eu puxei conseguindo escapar do seu aperto mas apenas para ser empurrada para a limusina. Entrei em pânico, bati nas janelas. Grupos de pessoas começaram a olhar para mim horrorizados, como se eu fosse uma lunática.

— Deixem-me sair! Eu não sei para onde me querem levar, mas vocês tem a rapariga(moça) errada! - gritei o mais alto que consegui com a minha voz rouca.

— Credo, que dramática.

— Se eu soubesse que a festa era assim tão má eu não tinha vindo!

— Estas a chorar porque?

Olhei ao meu redor para ver varias outras jovens sentadas ao meu redor, cada um com aborrecimento na cara. De repente, a loira de antes entrou na limusina e gritou. O meu peito parecia que estava a desabar. Para onde ele iam me levar? Como é que conseguiam agir tão normalmente?

— Está na hora de ir!

Ao ouvirem a sua voz, as jovens imediatamente começaram a dar gritinhos e a guinchar de felicidade.

— Desculpa, mas eu acho realmente que cometeram um erro! Para onde é que eu vou? - eu perguntei.

O grupo ficou mudo. Todos os olhos estavam em mim, deixando-me desconfortável no meu lugar. A rapariga(moça) ruiva em frente a mim gozou(zombou), quebrando o silêncio.

— A bola de acasalamento, dah. - ela começou. Todas elas começaram a divagar sobre essa tal bola.

— Ela deixou-me nervosa! Ouvi dizer que se pensares muito la dentro tu te esqueces de tudo! - uma delas disse.

— Faz sentido! Mas como é que se pode esquecer de que vamos conhecer o nosso verdadeiro amor? - perguntou uma outra.

— Eu sei, certo? Eu ouvi dizer que vão lá estar os rapazes mais giros!

Eu pisquei lentamente, tentei processar todas aquelas informações na minha cabeça, mas nada fazia sentido. Todas as jovens a minha volta começaram a grita, e as suas vozes rindo e a conversarem sem parar. De repente, estava tudo escuro.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.