Planejar era como falar de um futuro inditoso.

Mesmo assim, fizemos planos.

Caso eu fosse para uma universidade distante, ela se mudaria comigo.

Estava confiante com a segunda fase do vestibular.

Ela sonhava abrir a própria loja de discos, até lá, trabalharia com artesanatos.

Viveríamos em um cubículo, se necessário, mas ficaríamos juntas.

O plano B era continuar vivendo com a minha avó.

Construiríamos uma casinha nos sítio, cuidaríamos da horta e pescaríamos.

Era tudo tão simples; falar dos sonhos.

Deveria ser simples; realizá-los.

O que me consolava era saber que vovó ficaria a seu lado quando chegasse a hora.