Foi preciso força para não exagitar contra os alunos que a perseguia. Ela sempre dizia que eu não podia me intrometer, pois acabariam se voltando contra mim. Por isso continuamos nos encontrando no banheiro.

Compartilhando um cigarro, pequenas conversas e segredos.

Ela sentia falta de viajar para a casa da avó, que falecera há algumas semanas. Então comecei a compreender suas atitudes. A família se separando, o pai foi embora e a mãe procurando uma nova casa. Os problemas na escola, a perseguição de alguns professores. Era impossível não me envolver.

Dessa vez ela acendeu o cigarro e me ofereceu.