Capítulo Único

[Nome] foi convidada pelo grupo de natação para ir a um passeio com eles, porque iriam fazer várias atividades em um parque aquático. Como era a nova gerente do clube, tinha medo de recusar o convite. Decidiu ir com os membros para ver se conseguiria superar o seu medo ao entrar na água.

— [Nome], está tudo bem? — perguntou Makoto. Reparou que a jovem estava muito sossegada no seu respetivo lugar no ônibus.

— Por enquanto estou bem. — respondeu [Nome] ao perceber que foi chamada pelo seu senpai.

Haruka, que se encontrava ao lado de Makoto, percebeu o pequeno desconforto que a jovem estava sentindo. O sorriso dela não parecia ser sincero. Na oportunidade que tivesse a sós com ela, iria tentar saber o que estava acontecendo à sua kouhai.

Chegaram ao parque aquático, os ânimos do povo do clube estavam em alta. Muitos estavam animados para experimentarem diversas atrações que existiam ali, umas mais perigosas que outras.

[Nome] reparou que alguns dos seus colegas foram na frente para começar a aventura do dia. Muitos nem se despediram, porque na hora de almoço iam voltar a se reunir para participarem numa atividade que era obrigatória em conjunto.

Como não iria ter companhia e nem entrar na água, decidiu ir para debaixo de algumas árvores para ler um livro que trouxe para passar o dia.

Haruka estava caminhando ao lado do seu melhor amigo Makoto, que não parava de tagarelar sobre o enorme escorrega que havia ali e que era o primeiro lugar que iam se divertir. Quando reparou que sua kouhai tinha ficado para trás e sozinha.

— Makoto, pode ir na frente — avisou Haru que parou de repente, mas o seu olhar dizia tudo que ia fazer.

— Vou ver se outros estão se comportando bem — comentou Makoto, que deu um sorriso ao perceber que seu amigo tinha percebido que [Nome] não se encontrava bem durante a viagem. Sabia que Haru era a única pessoa que poderia ajudá-la.

Estava confiante que [Nome] e Haru iriam voltar mais tarde para perto dele, para se divertirem juntos durante o dia todo que estiverem ali no parque. Continuou o seu caminho para deixá-lo resolver o pequeno problema que a garota estava tendo naquele momento.

(...)

[Nome] estava à procura da sombra ideal para não se queimar muito. O sol estava muito forte e como o seu corpo era muito branco, se ficasse muito tempo exposta iria ficar vermelha como um tomate.

— [Nome], espera — ouviu alguém a chamando. Virou-se para ver quem era a pessoa.

Haru teve que correr um pouco para chegar até ela, que encontrava-se um pouco afastada do local que ele estava com o Makoto.

— Precisa de algo, Nanase-senpai? — perguntou [Nome]. Queria saber o que o vice-capitão queria falar com ela.

— Sim. Vamos sentar ali para conversar — Haruka indicou a árvore mais próxima deles, que tinha uma sombra agradável.

O garoto pode observar que a jovem tinha ficado nervosa. Deu para ver que não estava à espera que alguém tivesse reparado no seu comportamento durante o ônibus e que tinha se afastado do grupo. A Gou no início tinha convidado [Nome] para se divertirem em um dos locais do parque, só que ela recusou. Não queria que ninguém descobrisse o seu pequeno segredo.

O vice-capitão e a gerente sentaram no chão, onde podiam escutar os pássaros a cantar. Mesmo estando perto de [Nome] conseguia escutar o barulho do coração dela acelerado. Decidiu primeiro deixar a garota se acalmar.

— Não precisa ficar preocupada, [Nome]. Não é nada de grave — falou Haru, que olhou para olhos azuis da adolescente e viu que ela estava com medo de algo. Pegou na sua mochila e tirou uma barra de chocolate, oferecendo a ela, que aceitou de bom agrado.

Ficaram bastante tempo olhando um para o outro. Viu que sua kouhai não ia tomar iniciativa para falar. Sabia que precisava ser ele a dar o primeiro passo.

— Durante a viagem percebi que algo estava passando contigo. Agora a encontro aqui sozinha, longe dos outros que estão se divertindo — comentou Haru. Viu a cara de espanto de [Nome], que não estava nada à espera de ser apanhada em flagrante.

[Nome] fechou os olhos, respirou fundo e decidiu contar o que estava acontecendo ao seu senpai, que queria o bem dela. Ela não reparou, mas Haru deu um pequeno sorriso ao ver que a mais nova tomou a coragem de revelar os receios que estava tendo.

— Eu não consigo nadar. Tenho pavor de entrar em águas profundas, quando era mais nova quase me afoguei — revelou [Nome], que sentiu-se mais leve por ter contado o seu segredo. Lembrava muito bem do pequeno acidente que teve na sua infância, os seus pais demoraram para salvá-la de dentro da piscina naquele tempo e a partir dali teve medo de aprender a nadar.

— Obrigado por confiar em mim — disse Haru para a garota. Ela estava fazendo várias coisas aos poucos para superar o seu medo ao entrar para o clube de natação.

— Quero me livrar desse medo, mas não sei o que fazer — comentou [Nome]. Queria aproveitar esse dia junto dos seus companheiros de equipe e fazer boas memórias escolares.

O vice-capitão levantou-se e estendeu sua mão livre para [Nome] agarrar-se a ele ao se levantar. Antes de começarem a aproveitar o dia no parque aquático, Nanase iria ensinar algumas técnicas para ela conseguir nadar.

— Estou aqui para te ajudar — confessou o mais velho, que continuava segurando a mão de [Nome], à procura das placas das piscinas onde as crianças mais novas ficavam com os pais.

Como ainda estava perto da entrada do parque, Haru estava olhando para placas de informação à procura das piscinas que não tinham muita profundidade para que [Nome] entrasse. Depois de achar as placas, caminhou devagar com a mais nova para ver se ela ficava mais relaxada.

A piscina onde as crianças mais novas ficam não estava muito cheia naquela hora. O jovem entrou primeiro na água e esperou que [Nome] tomasse a iniciativa de colocar os pés dentro da piscina. Reparou que ela ainda encontrava-se com receio e decidiu se aproximar mais da jovem.

— [Nome] sei que não está confiante. Pode segurar a minha mão — avisou Haruka, que estendeu a sua mão para ela. Queria mostrar que não estava sozinha naquele momento e que podia se apoiar nele.

[Nome] ao ver a determinação do seu senpai, deixou os seus pensamentos negativos para trás e entrou na piscina com ajuda do mais velho, que segurava firmemente para que ela não escorregasse e caísse na água.

Sentia-se confortável naquele momento estando naquela piscina junto do Haruka. O vice-capitão explicou a [Nome] como devia manter o seu corpo para não se afundar e demonstrou algumas técnicas de como se mergulhava. Não saiu do lado dela por nada até que ela ganhasse confiança de nadar sozinha.

— Não sei como te agradecer, senpai — falou [Nome] sinceramente. Não estava à espera que voltasse a entrar numa piscina. Ela deu um sorriso para ele. Se não fosse pela determinação dele, continuaria embaixo da árvore lendo.

— Só te ver feliz por ter superado o teu medo é a minha maior alegria — confessou Haruka, que retribuiu o sorriso a ela, que nadava agora com mais confiança do que antes.

Haruka juntou-se a [Nome] e fizeram umas pequenas corridas dentro da água antes de se reunirem com o resto dos seus companheiros de equipe para aproveitar o resto do dia.

Aquele dia sempre ficará na sua memória graças ao apoio que recebeu de Haruka, que a fez ganhar força para enfrentar o seu medo da água. [Nome] não imaginaria que o seu futuro já estava garantido e iria se apaixonar cada vez mais pela natação, onde sentia-se mais calma ao lado dos seus preciosos amigos.