Após Helena ler o bilhete ela sentiu a necessidade de compreender tais palavras ,sua intuição lhe dizia que tinha que descobrir o que estava se passando .

Aquele bilhete havia acendido algo em sua memória ,lembrando do que Peter tinha dito sobre saber a própria verdade .

Ao ouvir a porta da frente batendo ,a menina amassou o papel enfiando em seu bolso . Ela desceu as escadas com expectativa de pegar o autor de sua carta a única coisa que viu foi a porta fechada .

Não demorou para se ouvir o carro de Jenna entrando na garagem ,ao entrar ela se deparou com a sobrinha encarando o jardim com seus pensamento longe .

— Querida ,está tudo bem ?

Helena desviou o olhar por alguns segundos do jardim encarando a tia . Ela se aproximou da bancada tirando o papel amassado de seu bolso e depositando próximo de Jenna .

Jenna pegou o papel e começou desamassá-lo ,após ler o bilhete achou melhor pensar um pouco ficando em silêncio.

— Aonde conseguiu isso ?

Lena encarou a tia sorrindo ironicamente .

— Não foi difícil ,estava encima da mesa de meu quarto . — Mas agora me responda você titia ,porque as pessoas parecem saber mais da minha vida que eu própria ?

Jenna se viu encurralada pela sobrinha não sabia como se desviaria daquele assunto . Talvez Helena sabia mais do que aparenta, Helena se aproximou de Jenna deixando-a pequena perto de si ,ela nunca viu a sobrinha tão furiosa .

— Tudo bem ,não precisa dizer nada . — Já que não pode me contar descobrirei sozinha .

Jenna tinha consciência que Helena não poderia descobrir . A menina não sabia o perigo que corria .

— Helena você não pode acreditar em um pedaço de papel escrito por alguém desconhecido . Por favor esqueça essa carta,não existe nenhuma verdade que não conheça.

Os olhos de Helena começara a lacrimejar ela olhava com grandes olhos chocolates para tia .

— Sinto muito ,mas não confio em você .

Helena se virou e correu o mais rápido que podia não suportava ter que ver a decepção estampada no rosto de Jenna . Ela não merecia aquele tratamento, era possível ouvir ela gritando seu nome para que voltasse porém Lena precisava ficar só .

A menina fora atingida por uma sensação angustiante ,parecia sentir seu coração se comprimindo dentro do peito implorando para que desse uma chance de Jenna explicar .

Ao chegar na entrada ela parou por alguns segundos . O carro ainda se encontrava no mesmo lugar ,o que significava que daria de cara com tia Jenna ao entrar .

A sala estava inteiramente revirada parecia ter havido uma briga de bar ,o coração de Helena se acelerou rapidamente a cozinha estava repleta de sangue e não muito longe estava Jenna caída Lena pegou o celular discando para emergência enquanto se ajoelhava ao lado da tia . Ela ainda estava viva ,o que era um grande alívio .

— Por favor ,aguente firme . — Eu sinto muito por tudo que disse eu te amo e não posso perde-la também .

Ela estava fraca pois perdia muito sangue ela apenas sorriu para sobrinha . Não demorou para a ambulância chegar os enfermeiros afastaram Helena e correram com ela para o hospital mais próximo ao chegarem a encaminharam para uma cirurgia de emergência .

Quanto mais horas se passavam mais apavorada Lena ficava .

Helena Ligou para Petter ao pisar no hospital ,ele é a única pessoa que conheceu desde que chegou e talvez se arrependa de ter ligado ,mas por hora ele ajudaria ela.

A menina percebia a agitação a sua volta de médicos e enfermeiras correndo e o que tudo indicava era que parecia ser onde Jenna estava . Por alguns segundos senti meu coração parando ,novamente uma angústia mas essa era diferente . Ao ver o médico caminhando em sua direção não precisou ouvir mais nada as lágrimas vieram .

Petter abraçou ela tentando absorver toda sua dor mas ela se soltou de seus braços e encarou o médico .

— Quero vê-la !

Ele analisava Helena atentamente ,não sabia qual era a intenção da garota .

— Me desculpe ,mas não posso liberá-la sua tia tem que ser preparada para o velório.

Os olhos de Helena estavam escurecidos e encaravam enfurecidamente o Dr. Bansky .

— Não perguntei se poderia estou exigindo e se for inteligente vai me liberar .

O médico a liberou Helena depois de sua ameaça . Petter sabia que algo estava acontecendo a dor estava despertando sua identidade desconhecida mesmo assim ela havia se assustado com agressividade dela .

Helena encarava o corpo da tia ,parecia está apenas dormindo . Mas a verdade é que não estava ,não demorou para ser invadia pela dor .

Petter estava na porta apenas garantido que Helena não fizesse alguma besteira, ele sabia que a garota não voltaria ser a mesma .

No fundo Helena sentia algo de errado seus sentimentos de raiva , dor pareciam ter sido ampliados e ela não compreendia o que estava acontecendo . Ela enxugou as lágrimas se afastando de Jenna e caminhando até seu novo amigo .

Petter mais uma vez ficou impressionada quando Helena resolveu que o velório seria em seu próprio quintal .

Ela alegou que a tia amava aquela casa e apreciava muito seu jardim . Helena observava o Petter enquanto ele analisava tudo por mais que ele desconfiasse não contaria seus planos a ele .

Claro que Helena não tinha escolhido o lugar apenas pelo motivo contado a Petter ,ela não queria que parecesse uma despedida e sim uma singela homenagem e por ultimo ela acreditava que quem havia matado a tia demonstra fazer parte da sociedade, mas esquece que pode ser observado .