O que eu mais desejo

Capítulo 70 - Últimos momentos


Dimensão 13, 16 horas — Reino das Ninfas.
Cecília havia insistido muito na anistia da Rubi com sua irmã mais velha, porém, não importava o que ela dize-se a rainha se permanecia em negação de seu pedido.
A almirante estava deita em seu quarto em quanto pensava no que fazer, muitas coisas agora passavam por sua cabeça faltava apenas um dia para execução de Rubi e não havia sinal algum que ela conseguiria salva-la.
A ninfa se levanta e caminha até seu guarda-roupa logo se troca e pega a mochila e caminha até a sala do trono onde Aurora estava lendo alguns documentos, a mesma olha para sua irmã mais nova que acaba de adentrar.
— Veio se despedir? - pergunta ela.
— Sim- responde Cecília se aproximando da mesa dela - Eu decidi uma coisa.
— E o que é?
— Vou contar tudo o que sei sobre a Rubi para o reino de Quena - responde a almirante, no mesmo momento que ela fala isto Aurora se levanta bruscamente com cenho fechado.
— Te proíbo de falar! Sobre isto! - fala a rainha de maneira autoritária.
— Você não pode me proibir de nada sou a almirante de Quena a única pessoa que pode me dar ordens e o rei Afonso e você não é ele - diz Cecília de maneira determinada.
— Prefere proteger um diferente àqueles que são iguais a você? -fala
Aurora de maneira horrorizada - Não te reconheço mais Cecília vai colocar sua cabeça na guilhotina e provocar uma guerra!
— Não me importo, se eu me manter calada uma inocente vai morrer e o pior uma guerra ainda maior ira estourar depois disto Aurora, você não entende precisa conceder a anistia para Rubi - pede Cecília.
— Jamais vou oferecer qualquer coisa aqueles bruxos imundos que mataram nossa irmã, espero que ela morra antes que você chegue lá! E não espere que eles iram polpá-la o que fizéssemos será pago com sangue o seu sangue Cecília! - Aurora fala de maneira alterada, a almirante apenas faz uma reverência para ela, e caminha até a porta, mas antes de sair a mesma diz:
— Mesmo que seja pago com sangue todas as dívidas têm seu preço - após aquelas palavras Cecília sai do escritório da rainha e segue em direção aos portões do castelo.
Aurora apenas vê sua irmã partir as lágrimas queimavam em seus olhos, pois, ela tinha a certeza que esta seria a última vez que veria Cecília viva. Seu sacarifico era inútil no ponto de vista dela, já que, foram eles que cometeram o primeiro erro não elas.
A almirante cavalga a toda velosidade em direção da capital de Quena a mesma teria que ser mais rápida do que nunca se quis-se polpar Rubi, mesmo que isto significasse se sacrificar.
Liam estava treinando alguns dos recrutas do reino de Ahist e começando a se adaptar melhor em sua nova “casa” já que amanhã mesmo ele saria do exército de Quena e se mudaria para cá com a humana.
Neilan vai até o vampiro que acaba de dispensar os soldados os mesmos parecem muito cansado, Liam olha para o anjo que acaba de chegar.
— Parece que já esta se acostumando - fala Neilan de maneira calma.
— Na realidade durante boa parte da minha vida morei em Ahist - responde Liam - Porém, nunca pensei que voltaria.
— Entendo quando fomos para Gorvia naquela missão me senti deste mesmo jeito - confessa o anjo - Tem certeza que vai ficar aqui?
— Sim, prometi a Cecília que cuidaria da Rubi e não acredito que conseguiria ficar longe dela - diz ele, Neilan esboça um sorriso.
— Virei aqui mais vezes para ver vocês - fala o anjo.
— Isto é bom - responde Liam o mesmo olha para o céu e nuvens negras agora se mostram sobre eles - Espero que a Rubi esteja bem.
— Também, Magno e Ivan estão lá com ela não deixaram que ninguém a machuque - fala o anjo de maneira determinada.
— Vamos entrar vai chover - diz o vampiro tomando a frente, Neilan o segue para dentro do castelo.
Othom estava apenas a espera de uma última assinatura para finalizar a anistia da Rubi, era estranho o fato dela ter descoberto tantas coisas e acusar o rei Afonso que assassinaria seu próprio sobrinho, parecia loucura de mais para ser mentira, mas ao mesmo tempo, como ela sabia de tanto? O almirante se pergunta mentalmente.
Sua porta esta aberta o mesmo vê o anjo e o vampiro passando no corredor tinha tantas coisas estranhas acontecendo fora dos limites de Ahist que ele se perguntava se uma nova guerra não estaria por perto.
A chuva começa a cair lá fora e Nero olha na direção da janela e repousa seus olhos sobre o divã e neste momento veio uma lembrança sobre humana na qual a mesma estava sentada bem ali lendo em quanto esperava ele terminar suas afazeres para ambos ficarem conversando até depois do jantar.
Saber que ela agora estava presa não o agradava muito e depois que viesse morar em Ahist ele pediria que a mesma revelasse o segredo no qual não tinha contado para ele.
Bernado acaba de chegar na frente do castelo o mesmo é um dos membros do concelho de Ahist e sendo franco a ideia de conceder uma anistia parecia loucura de mais até mesmo para o Nero pensa ele.
Um dos soldados acompanha ele até a sala de Othom que estava a espera do mesmo, o ele observa o almirante dos pés a cabeça, mas parecia não incomoda-lo com tal analise.
— Seja bem-vindo - diz Othom de maneira calma.
— Claro, onde esta o rei? - pergunta Bernado de maneira direta.
O almirante guia e anuncia a chegada do concelheiro para o reizinho que pede para o mesmo se acomodar, o velho faz o que ele pede e logo ambos estão sozinhos.
— Bom o que quer falar comigo? - pergunta Nero.
— É sobre esta história de conceder a anistia o senhor não pode fazer isto - responde Bernado de maneira convicta.
— Eu não só posso como vou, isto não é um assunto a ser discutido - fala ele.
— Por que tem tanto interesse em fazer isto por uma ladra, como pode ter certeza que ela não ira fazer o mesmo aqui? - pergunta Bernado.
— Rubi não é nada disto que esta me dizendo, ela já salvou minha vida - fala Nero se recordando do acontecimento.
— Mas ela poderia muito bem ter feito isto com o intuito de se aproximar da família real - argumenta o velho de maneira sabia.
— Não consigo acreditar em nada disto, eu a conheço sei que teve um bom motivo para fazer o fez - explica Nero de maneira convencida de suas próprias palavras.
— Acusar o seu próprio senhor de assassino não parece muito digno e mesmo que dê a anistia porque mantê-la no castelo? - pergunta Bernado curioso.
— Mesmo tendo um grande carinho pela Rubi, sei muito bem do que ela é capaz os poderes dela ficaram melhor conosco, eu mesmo já teria a trazido para Ahist antes se ela não quis-se ficar em Quena - responde o rei.
— Então já havia um interesse muito antes de tudo, Nero se seu pai pudesse te ver - diz o conselheiro.
— Não é só interesse nos poderes dela é nela propriamente dita, tenho que retribuir o que já fez por mim e ela me contou o que aconteceu com meus pais na noite do sumiço deles - confessa o reizinho olhando para Bernado que parece surpreso.
— Como? Nunca conseguimos achar o navio que eles estavam? - pergunta.
— Rubi tem clarividência - responde Nero.
— Ela por a caso é uma bruxa ou um anjo?
— Bruxa - responde Nero - Agora poderia assinar estes papeis - o mesmo diz em quanto tira os documentos da anistia Rubi e entrega para ele que observa os papeis cuidadosamente.
Bernado começa subscrever os papeis em quanto o lê sem presa alguma, quando o mesmo termina.
— Sabe que não estou de acordo nê? - pergunta.
— Sei sim mas logo ficara convencido que fez o certo - responde Nero se levantando o mesmo acompanha Bernado pelos corredores.
Liam estava deitado em seu quarto quando Othom bate na porta o vampiro se levanta para abri-la o sorriso confiante do almirante só poderia significar uma boa notícia.
—Conseguimos a última assinatura, até amanhã cedo estará pronto - comenta Othom.
— Ótimo - concorda Liam.
O almirante segue rumo ao seu escritório, o resto da noite segui de maneira tranquila até o amanhecer seguinte quando as ligações dos portais foram cortadas com Quena.
Nero acaba de ser avisado de tal fato o mesmo vai até Othom que estava conversando com alguns soldados, os mesmo fazem uma reverência a ele.
— Como vamos até a Rubi agora? - pergunta ele preocupado.
— Mandei trazerem a caruagem, vamos chegar lá com ou sem portais majestade - responde Othom de maneira confiante.
— Certo, irei me preparar avise o Liam e o Neilan que vamos partir - fala o reizinho seguindo rumo ao seu quarto.
O vampiro e anjo já estavam terminando as malas para irem, Mabel e David vão juntos eles pegam os cavalos. Quando todos estavam prontos passa um pouco do meio-dia.
Os cavalos seguiam a toda velocidade para o reino vizinho, Nero se certificou que os animais mais velozes estavam com eles. Não muito longe da ali uma grande quantidade de rebeldes esta escondi em Quena.
Quinze estava analisando uma outra vez a planta do coliseu, havia tantas rotas e, ao mesmo tempo poucos meios de entrar lá dentro. Onze estava afiando uma adaga na poltrona perto dele.
— Já conseguiu descobrir como vamos entrar? - pergunta ela olhando o mesmo.
— Tenho uma ideia, mas precisamos que alguém desative aquele maldito campo de força que almirante coloca lá dentro - responde Claus pensativo.
— Seria bom se pudéssemos chegar lá antes deles, nos infiltrar na plateia coisa assim - sugere Onze.
— É uma boa teoria, porém, fiquei sabendo que nem todo mundo esta no QG no momento - comenta Quinze.
— Vou pedir para que se certifiquem - fala Sierra se levantando - O Príncipe das trevas está lá?
— Não, foi para Ahist a esta hora já devem ter cortado as ligações com eles - explica o rebelde.
— Melhor, mas se ele estiver lá no dia da execução sou eu que vai enfrenta-lo - responde Onze com seriedade.
— Seria melhor que eu cuidar disto Sierra - diz Quinze.
— Não, ele me desafiou disse que Rubi era deles e agora querem mata-la vou me vingar por ela - fala Onze logo em seguida indo adiante dar uma ordem a alguns rebeldes de baixa patente.
Quinze apenas observa a loira sair dali de maneira determinada era fato o ódio que ela cultivava pelo vampiro é maior que ele tem pelo mesmo, porem isso o preocupa, porque Liam não pensaria duas vezes antes de mata-la caso tente algo, mas o rebelde nunca deixaria que isto acontecesse.
O céu sobre a cabeça deles esta parcialmente nublado o mesmo imaginou se permaneceria assim também para o dia seguinte, não que isto atrapalhasse o plano, mas a chuva poderia dificultar a viagem até Solaria.
Faltavam apenas 16 horas para a execução e já tinha escurecido eles fazem uma pausa o vampiro olha o horário por algum motivo ele estava com um persentimento ruim.
Neilan encontrava-se checando se todos os cavalos estão bem, o anjo se preocupava muito com o estado dos animais ele olha para Liam que parece inquieto e se aproxima.
— Esta tudo bem? - pergunta.
— Não sei direito - responde Liam de maneira sincera - Vou à frente você termina de guia-los - fala ele seguindo adiante Neilan apenas ficou a observa-lo partir dali as pressas.
O anjo sabia muito bem o quanto é perigoso vagar anoite pelas terras de Quena, mas o próprio Liam era uma criatura perigosa e ele esperava que tudo acabasse bem.
Nero esta na carruagem lendo um livro os soldados lá fora haviam armado acampamento o mesmo viu quando o guardião partir sem eles, mas isto não o impressionava, pois, o vampiro estava muito aflito com a falta de tempo que tinham.
Cecília localizava-se atravessando as nações de maneira extremamente rápida, pois, tinha enfeitiçado seu cavalo e ela teria que chegar a tempo era apenas isto em que pensava.
Magno acabado de subir as escadas para os andares superiores, a alguns minutos atrás ele estavam com protegida que parecia um pouco cansada como se não conseguisse dormir e isto estava o deixando preocupado embora tente não demonstrar.
Rubi havia tido muitas visões desde os dias anteriores fazendo a mesma não conseguir dormir, pois, ficava com medo de cair em uma nova visão mais perigosa que a anterior, visto que, as últimas coisas que aconteciam com ela nos sonhos estavam aparecendo de verdade quando estava acorda.
Ela se encosta na parede pensativa tudo que via agora é confuso a mesma não conseguia assimilar se era passado ou futuro, mas uma coisa era certa algo muito ruim iria acontecer em breve e a humana temia por não conseguir evita-lo por estar presa.
Não existia sinais que conseguiriam anistia e ela já se preparava para o pior talvez se tivesse a chance de usar o poder do colar para fugir fosse viável se as algemas não estivessem bloqueando a magia que tinha.
Já havia passado do horário do jantar quando alguns soldados desaforados foram mexer com os prisioneiros não tinha muitos, mas o suficiente para eles agredirem até se cansarem.
A protegia ouviu alguns gritos ao decorrer da noite, mas não a o que fazer, pois, isto poderia sobrar para ela e era inviável, a mesma deita sua cabeça no travesseiro e tenta cochilar, mas a ansiedade era maior.
No final a humana passou a noite em claro quando amanheceu lá estava Melinda na frente de sua cela a olhando em quanto segura uma carta nas mãos…