O que eu mais desejo

Capítulo 66 - Tempo


Dimensão 13, 16 horas - Submundo, cidade Nove.
O duque estava escrevendo novas táticas de ataque quando alguém abre a porta de maneira rápida e bruta, é Quinze o mesmo havia voltado da mansão de Diana a poucos dias ele parecia cansado.
— O que aconteceu? - pergunta Gilles o observando.
— É sobre a Rubi - responde o rebelde se aproximando e colocando uma lista na mesa dele que apanha, lá estava o nome da humana o que fez ele ficar surpreso.
— Ela esta na lista de execução - fala o duque incrédulo - Pelos céus precisamos tira-la de lá antes que a matem - o tom de voz dele era de preocupação.
— É o que vamos fazer senhor! Tenho um plano - diz Quinze de maneira determinada.
Após explica-lo Gilles parece analisar tudo de uma maneira bem detalhista ele olha para o soldado que espera que ele diga algo.
— Realmente é um projeto bem ousado vamos precisar de muitas pessoas, haverá muitas mortes - fala o duque perambulando a sala de maneira pensativa - Mas se der certo teremos a Estrelinha conosco.
— Posso começar então? - pergunta.
— Pode, quero que converse com Gael antes veja nossas probabilidades - responde ele - Chame a Dama da Noite para ajuda-lo.
— Senhor por hora prefiro trabalhar sozinho vou tirar Onze da onde ela esta e desta vez vamos trazer Rubi para casa - responde Quinze.
— Certo, não me decepcione - fala Gilles antes de Claus se retirar do escritório.
O rebelde seguia pelos corredores desta vez teria sua chance de provar que ele é importante para a ordem e que como guardião da humana não poderia deixar ninguém tocar em nem um fio de cabelo dela se quer.
Pegando o trem para ir para a capital não demorou muito para ele chegar lá, o mesmo segue direto para a mansão do anjo que é recebido por Alfred o mordomo que o guia até o salão principal onde Gael esta pintando.
O anjo pede para que Quinze se aproxima e que Alfred traga algo para ambos beberem e comerem não demorou para estes estarem se deliciando com diversos doces exóticos.
— Então Quinze o que te trouce até aqui? - pergunta Gael gentilmente.
— Vim conferir minhas probabilidades de sucesso na nova missão - responde ele.
— Entendo - fala o anjo pensativo - Teve novas notícias da Rubi?
— Sim, mas não são boas precisamos salva-la - diz Quinze.
— Sempre precisamos salva-la - responde Gael sorrindo - Me conte o plano.
Não demorou para tudo estar esclarecidos entre os dois, Gael imediatamente vai para a frente de uma dela e começa a desenhar o que a clarevidência dele mostrou para o mesmo. Assim que ele acaba olha para Claus.
— Vocês tem uma chance de salva-la, mas terão que dar um jeito no Príncipe das Trevas - fala Gael os olhos dele em quanto o mesmo diz estão branco mas logo voltam ao normal e ele sorri.
— Tenho muitas contas e esta na hora de paga-las com aquele ordinário pelo que me fez desde que nos conhecemos - diz Quinze - Vou conseguir tirar a Onze da prisão?
— Vai - responde o anjo de maneira seria - Cuide dela sinto a morte ronda-la.
Claus ficou pálido ao ouvir isto o mesmo engoliu aquelas palavras a seco, ele não poderia deixar que isto acontecesse com Sierra, pois ele devia sua vida a ela. A reação dele não passou despercebida pelo anjo.
— Gosta dela? - pergunta Gael.
— Sim - responde ele de maneira sincera - Não deixarei que façam nada com ela nem com a Rubi pode confiar - diz o mesmo de maneira determinada.
— Estou contando com isto, e falando neste assunto vou te ajudar tirar a Estrelinha daquele castelo quero me certificar que ela voltará conosco - fala o anjo se levantado - Depois que tirar a Onze de lá vamos iniciar o plano.
O rebelde balança a cabeça positivamente, e logo os dois começam a pensar em quem vão levar para o ataque. Em quanto isto Magno já estava no castelo de Tartan ele esta tomando chá da tarde com Malora e Rid.
A mais velha dos irmão lagartos escutam com atenção o pedido do capitão dos Sentinelas, de fato o que aconteceu com Rubi era horrível e a vida dela esta correndo perigo.
— Não sei se podemos fazer algo - diz Malora triste.
— Só a rainha e o rei podem oferecer a anestia - fala Rid cruzando os braços.
— Vocês não podem nem tentarem conversar com eles?
— Faremos o possível senhor Magno, pois gostamos muito da senhorita Rubi, mas nossa rainha é uma mulher forte e não podemos dizer que ela se interessara em ajuda-la- explica Malora de maneira gentil - Mas irei conversar com ela amanhã cedo então por favor tenha um pouco de paciência e aproveite seu tempo aqui em Tartan.
— Claro, muito obrigado serão de grande ajuda - responde o capitão sorrindo.
Depois dali Magno vai para a base dos soldados, ele esta muito preocupado com o fato de tudo poder der errado e a anestia para Rubi, mas o mesmo ainda possuía muita fé que tudo dará certo.
Neilan acaba de chegar em Gorvia, a cidade estava muito movimentada, pois parecia que haverá um baile. O anjo preferiu ir para casa antes de ir para o castelo conversar com a Scarlet.
Assim que ele chegou lá o mesmo vê seu avô que esta lendo jornal sentado em um dos bancos da varanda, Neilan abre o portão e neste momento que o mais velho se surpreende com sua presença. Imediatamente ele segue rapidamente ao rumo do soldado que o abraça com força.
— Neilan meu filho - diz Geraldo olhando ainda incrédulo para o neto - Onde você estava?
— Em Quena, da última vez que estive aqui não pude vir vê-los - responde o anjo.
— Você ficou fora quase seis anos, sem ao menos dar notícias queria nos matar do coração - repreende o mais velho, mas Neilan esboça um sorriso.
— É uma longa história - responde ele adentrando na casa.
Depois que ele passou algumas horas com os avós dele, o mesmo teve tempo para explicar tudo que aconteceu durante todos estes anos que esteve fora, mas o anjo entendia que ele estava ali por algo maior.
— Então esta tal de Rubi salvou sua vida? Uma mundana? - pergunta Ariana olhando seu neto.
— Sim, vó e chegou a hora de retribuir tudo que ela me fez - responde Neilan se colocando de pé - Vou dar uma olhada na minha mãe e depois vou direto para o castelo.
— Claro, vai lá - concorda a mais velha observando o mesmo.
O anjo segue para o final dos corredores onde esta sua mãe, assim que ele abre a porta lá estava Laura a mesma estava sentada na cama olhando na direção da janela com as mãos sobre o colo. Neilan entra no cômodo e fecha a porta atrás de si, e se aproxima da mãe dele fazia um bom tempo que ambos não se viam ele se senta na cadeira perto da cama dela.
—Mãe, eu... - ele suspira - Queria dizer que encontrei o papai e que ele ficou feliz por me conhecer, também fiquei sabendo do que aconteceu com você quando ainda estava me esperando sei o preço que pagou para eu estar aqui, queria agradecer por tudo- Neilan faz uma breve pausa - Sei que ainda não posso ficar, mas prometo não demorar tanto para voltar para casa, agora tenho que tentar salvar a vida de uma amiga minha.
Assim que o anjo diz isso ele se levanta, e Laura vira seu rosto na direção do filho e por um mísero segundo Neilan sentiu que a mesma estava o vendo que aqueles olhos violetas cinzentos conseguiram enxergá-lo e um suave sorriso apareceu no rosto dela. E os olhos dele ficaram marejados, mas ele sorriu.
Horas mais tarde ele acaba de entrar no escritório da Scarlet a mesma estava muito animada em vê-lo novamente, assim que a ela avista ele corre em direção dos seus braços. Ambos se abraçam Neilan solta ela devagar que esta sorrindo.
— Que bom que não demorou para voltar para mim - diz ela esperançosa, mas ele balança a cabeça negativamente.
— Não vim ainda para ficar Scarlet, preciso de um favor - fala Neilan de maneira calma.
— Do que precisa? - pergunta ela.
— Você poderia dar a anestia para a Rubi? - pergunta ele, neste momento Scarlet parece surpresa com o que o mesmo caba de dizer.
— Anestia? - repete ela a mesma sabia que isso é algo extremamente serio - O que aconteceu?
— É melhor nos sentarmos - insiste ele.
Ambos se sentam no sofá ali ao lado, e Neilan começa a explicar toda a situação que a Rubi se encontra para a princesa que escuta atentamente. Assim que ele termina:
— Nossa, Neilan isto é gravíssimo a Rubi esta realmente correndo um grande risco - diz ela.
— Sei disto querida por isto vim pedir sua ajuda, não viria aqui se não fosse algo realmente serio - fala Neilan.
— É… não posso oferecer a anestia para a Rubi - diz ela de maneira calma.
— Não? Por quê? - pergunta ele surpreso.
— Não sou rainha ainda sou apenas herdeira, a minha anestia só valeria se eu estivesse no trono, mas posso fazer uma coisa - diz Scarlet se levantando e indo rumo a mesa dela a mesma pega um papel a mesma se concentra em escrever um longo texto e carimba-lo com o símbolo real, ela se volta para Neilan que a observa - Aqui isto vai ajudar.
— E o que é? - pergunta ele.
— É uma carta dizendo que ela tem minha proteção e que antes de fazerem qualquer coisa terão que me consultar - responde ela sorrindo - Não é uma anestia que pode poupa-la, mas isto dará mais tempo para conseguir a anestia dela.
— Obrigado Scarlet - fala ele abraçando ela a mesma sorri em quanto segura ele firmemente.
Ela o solta olhando aqueles belos olhos em quanto sorri.
— Preciso ir agora - fala Neilan se aproximando o rosto dele do dela ambos se beijam rapidamente antes dele partir aquilo sinceramente a deixava triste saber que o mesmo esta indo embora novamente, mas quando ela olha para a mão dela e vê aquele anel em seu dedo sabe que ele sempre voltara para ela independente de tudo que tente separa-los.
O anjo se apresou para sair do castelo e ir para casa na realidade já estava anoite e ele foi obrigado a ficar em Gorvia até o amanhecer, pois partir depois de anoitecer era muito perigoso.
Magno ainda estava em Tartan ele olha para o relógio já marcavam depois das 22 horas, Malora e Rid ainda não tinham vindo até ele com uma resposta, mas sabia que os dois estavam realmente empenhado a ajuda-lo.
Andando pela base dos soldados grande parte deles estavam fora para uma assembleia fora da cidade, a preocupação estava deixando ele ansioso e saber que a vida da Baixinha estava em risco o deixava pior.
Mas uma coisa não saia da cabeça dele que era o que a Cecília havia dito que "devia muito para Rubi e que se contasse o porquê teria que mata-lo" e com certeza o capitão queria descobrir.
Desde que ele e a almirante se conheceram a mesma parecia sempre esconder muitos segredos com ela mesmo quando a mesma estava com ele, o que o deixava intrigado mas, nunca cobrou que ela os contasse, porém, desta vez saber o que ela esconde parece muito importante.
Dormir naquela noite foi difícil para ele, mas quando finalmente conseguiu já era quase de manhã. Neilan havia chegado no castelo atarde quando o capitão estava treinando.
O anjo acaba de entrar lá quando ele vê Magno bater em vários dos soldados de Tartan com facilidade mesmo aquilo sendo apenas um treinamento conseguisse ver nitidamente que o nível entre eles eram totalmente diferente.
O capitão se aproxima do anjo.
— E como foi em Gorvia? - pergunta o mais velho.
— Não consegui a anestia mas tenho uma coisa para nos dar um pouco de tempo - responde Neilan - E aqui como estamos?
— Por hora nada Rid e Malora ainda estão tentando convencer as majestades - fala Magno.
— Entendo, vou deixar a carta em Quena com o Ivan e logo em seguida vou para Ahist atrás do Liam para ver se ele deu mais sorte - explica o anjo.
— Certo quando as coisas acabarem aqui vou para casa também, para ficar de olho no que anda acontecendo e manter vocês informados - diz o capitão.
— Acha que a almirante já conseguiu algo? - pergunta Neilan.
— Creio que não chegar no reino das ninfas é difícil e leva tempo é capaz dela nem ter chegado ainda - responde Magno pensativo - Mas vá logo para o QG estou com um pressentimento ruim.
O soldado azul balança a cabeça positivamente e segue rumo a sala de teletransporte, não demorou para ele estar em Quena assim que ele desce da plataforma segue rumo o refeitório que pelo horário encontraria Ivan.
Ivan estava almoçando quando uma mão pesa no ombro dele o mesmo se vira para ver quem é quando vê o tenente Neilan ali olhando para ele o mesmo muda a postura.
— Senhor - diz ele surpreso, o que fez o anjo esboçar um sorriso.
— Aqui entregue esta carta para quem estiver no lugar da Cecília e se certifique que chegue nas mãos do rei - fala Neilan entregando o envelope.
— É a anestia? - pergunta Ivan sussurrando, mas Neilan balança a cabeça negativamente.
— Não mas vai ajudar por hora, tenho que ir para Ahist agora antes que alguém me de uma missão - explica o anjo, Ivan concorda - Como esta a Rubi?
— Bem na medida do possível estou indo sempre vê-la, mas a mesma parece preocupada não com sua anestia, mas com outras coisas - diz Ivan pensativo.
— Entendo ela deve estar mesmo se esforçando para ficar ali, mas continue cuidando dela Ivan estamos contando com você - fala Neilan antes de sair do refeitório e seguir novamente para a sala do teletransporte.
Em quanto isto Rubi estava lá nas celas cantando para passar o tempo em meio a melodia a mesma se lembra quando Onze estava presa aqui também provavelmente a esta hora ela deveria estar em algum presidiu longe da capital.
Foi neste momento que James aparece ali ele olha para ela que também foca nele, o príncipe não parece muito feliz.
— Por que fez aquilo? - pergunta ele serio.
Rubi se levanta e caminha para perto das barras e olha para aqueles olhos cheios de furrias e os encara.
— Estava tentando salvar você e sua noiva - responde ela de maneira franca.
O que fez ele arquear a sobrancelha como se as palavras dela não tivessem sido processadas da maneira correta, o que ela queria dizer em “salva-lo?” o mesmo se pergunta mentalmente.
— Como assim? - pergunta ele.
— Você sabe das visões que tenho James, eu o vi morrer - explica ela se lembrando da visão - Aquele frasco que quebrei tinha veneno o mesmo que foi usado contra seu pai.
— O que você sabe sobre meu pai? - pergunta ele receoso e assustado.
— Seu tio matou seu pai, e vai fazer igual com você se não me deixar impedi-lo - responde a mesma brava.
Ele balança a cabeça negativamente era muitas informações, o príncipe sabia das visões dela e como sempre tudo que ela prevê se torna verdade, o mesmo encara o chão por alguns segundo para poder retomar o fôlego.
— Você tem certeza do que esta me contando? - pergunta ele.
— Claro que tenho, eu nunca mentiria para você - responde ela.
— Quando me mandou ter cuidado era sobre ele que estava falando? - pergunta o mesmo.
— Era, queria te contar tudo, mas não podia porque quando mais souber pior seria para você - fala Rubi triste.
James suspira lentamente olhando para ela a mesma parecia contar a verdade para ele e o mesmo saberia se ela estaria mentindo, por mais que gostasse de mais dela precisaria de provas.
— Preciso investigar algumas coisas - responde James de maneira seria - Volto assim que tiver minhas conclusões.
Ele começa se afastar e Rubi grita para ele antes que o mesmo suma da vista dela.
— Acredite em mim, e cuidado James!
Em quanto o príncipe subia a escadas as palavras da humana ecoavam em sua cabeça, se fosse verdade o que ela diz o mesmo precisava ficar muito cauteloso e tira-la de lá o quanto antes pois se demorasse muito uma inocente poderia morrer por tentar salva-lo, mas ele tinha que ver com os próprios olhos saber quem realmente era seu tio…