O que eu mais desejo

Capítulo 60 - Um segredos nem tão bem guardado


Dimensão 13, 15 horas — Uma das bases das tropas de Ahist.
Quando os mesmo apareceram em Ahist eles são recebidos pelo David o irmão gêmeo da Mabel, o rapaz se aproxima deles.
—Recebemos a vossa carta - fala ele com o papel na mão.
— Então imagino que o rei Nero já sabe de nossa chegada - diz Liam de maneira calma.
—Certamente, vamos hoje tenho um dia cheio - fala David se virando para começar guia-los.
Eles sobem em uma carruagem que os levam até o castelo na recepção do mesmo esta Mabel esperando eles, ela parece animada com a chegada dos mesmos.
— É tão bom saber que vieram passar um tempo conosco - diz Mabel sorrindo.
— Sim, eu já estava com saudades - fala Rubi.
— Também, mas venham - diz ela guiando eles para dentro do castelo - Sabe vocês chegaram em boa hora, a nação esta em festa, pois hoje é o aniversário do nosso rei.
— Quantos anos ele esta fazendo? - pergunta Rubi.
— Vinte - responde Mabel animada - Anoite terá uma grande festa.
Os cinco entram em um corredor diferente do que o costume deles, no castelo de Ahist.
— Para onde esta nos levando - pergunta Neilan de maneira gentil.
— Para os quartos de vocês - responde ela.
— Nossos quartos não ficam do lado oeste? - responde ele com outra pergunta.
— Ficava, mas nosso rei decidiu que são nossos convidados, mas do que isso para falar a verdade são amigos e agora tem os próprios quartos do castelo - Mabel fala parando e abrindo uma porta de um dos quartos - Este aqui é do Neilan.
— Obrigado - diz ele adentrando o quarto.
Seguindo um pouco a frente ela indica o quarto do Liam, e indo bem mais adiante ela para diante uma porta branca muito bonita e abre o quarto.
— Este é seu quarto - diz Mabel sorrindo.
A humana olha, é realmente muito bonito parecia que cada detalhe daquele lugar foi cuidadosamente pensado para que ficasse impecável, de todos os lugares no qual ela havia ficado de sua vida aquele com certeza era o mais bonito.
— É lindo - comenta Rubi adentrando, ela se volta para Mabel que tem um sorriso orgulhoso - Quem fez a decoração?
— Foi eu, realmente pensei na senhorita com muito carinho - diz Mabel.
— Você foi maravilhosa Mabel - fala a humana sorrindo.
— Que bom que gostou, não só o seu quarto, mas fiz todos os outros - responde ela fazendo uma pequena pausa - Cada quarto que reservei tem um proposito.
— Pode me contar qual é? - pergunta a protegida.
— Claro, para o anjo pequei o quarto que tem mais iluminação e da vista para as fontes, já para o senhor Liam aquele quarto sempre foi dele imaginei que ele ficaria mais a vontade se estivesse lá, e para a senhorita o primeiro era a vista para o canteiro de flores e o segundo é porque seguindo mais um pouco adiante fica o quarto do meu rei que pediu por isso - responde Mabel.
— Entendo - fala Rubi.
— Bom vou te deixar a vontade, se quiser passar na cozinha do castelo para comer algo estaremos ao seu dispor - diz Mabel se retirando, ela fecha a porta a trás de si.
Rubi coloca a mochila dela sobre uma das cadeira e se aproxima da janela realmente o canteiro de rosas ali ao lado do quarto dela é lindo e aquele cheiro maravilhoso invadia todo o cômodo.
A humana caminha até a cama e se joga olhando para teto, tudo ali era lindo a mesma poderia dizer que aquilo é um quarto condecorado para uma princesa, mas ela não estava nem perto de ser uma.
Rolando para o lado direito da a visão de um grande guarda-roupa da cor creme, a deixou curiosa para ver o que teria dentro, foi então que ela se levantou abriu o mesmo que tem diversos modelitos feito por medida.
A mesma imediatamente entrou da suíte do quarto dela em quanto a mesma esta na banheira ela começa a pensar no que Cecília poderia fazer neste tipo de situação.
Entre dos diversos pensamentos sobre os problemas atuais, vieram as memórias dela na dimensão 12, já fazia um bom tempo no qual ela esta ali aquela mulher ruiva havia dito que ela não queria mais voltar para casa, mas aquilo era verdade?
Saindo do banho ainda pensativa Rubi se senta de frente para o espelho da penteadeira enquanto ela escova os longos cabelos dela, pensava que uma parte de si gostava verdadeiramente da dimensão 13, mas outra queria estar de volta ver novamente sua avó e seus pais e ir para faculdade como estava planejado.
A humana tenta afastar os pensamentos confusos se trocando a mesma coloca um bonito vestido verde claro, e calça sapatilhas brancas, logo em seguida amarra o cabelo e sai do quarto indo direto para a cozinha.
Chegando lá todos estavam estremeante rápidos e agitados a cozinha era enorme tinha tantas pessoas ali que ela nem poderia contar, foi neste momento que uma
das cozinheiras se aproxima dela sorrindo.
— Olá querida deseja algo? - pergunta a mulher, a mesma tem um sotaque forte como os habitantes de Tartan.
— Sim, tem algo doce? - pergunta Rubi de maneira gentil.
— Claro, temos torta, bolo, pudins - ela começa a falar tantas coisas que ficava até difícil de processar e no final a humana saiu de lá com um pouco de tudo.
Ela estava em uma da sala de estar do castelo sozinha quando, Nero passa pela direto pela porta da mesma, porém ele volta e olha lá dentro novamente ele
esboça um sorriso ao vê-la.
— Então você estava aqui - diz ele se aproximando.
— Estava me procurando? - pergunta ela calmamente.
— Sim, queria conversar um pouco com você - diz Nero.
— Claro - responde Rubi - Quer algum doce? Porque eu não sei como irei comer todos eles - confessa ela.
Nero puxa uma das cadeiras para ele se sentar perto dela, desta vez ele estava em sua forma normal e a humana já havia se habituado com aquela forma dele, o mesmo pega uma fatia de torta de morango que estava vistosa.
— Fico feliz por ter vindo hoje - diz ele que logo em seguida prova a torta.
— Também estou contente por estar aqui, e parabéns - fala ela sorrindo.
— Obrigado - responde ele - A gostou do seu quarto?
— Claro, ficou magnifico - fala ela que logo em seguida morde um bolinho de chocolate.
— É que ele estava pronto já faz alguns dias, você e os dois soldados de Quena são praticamente de casa queria que se sentissem da melhor maneira possível - diz Nero.
— Aposto que o Neilan e o Liam também gostaram muito - fala ela gentilmente.
— Espero - responde o reizinho - Na carta que a Cecília me enviou dizia que vocês vieram para a comemoração, mas tenho quase certeza que deve ter um motivo a mais.
— E tem - fala a humana de maneira calma em quanto coloca mais chá na xícara dela e para ele, o mesmo a observa como se esperasse que ela falasse - Mas não posso te contar.
— Já imaginava isso - responde ele bebericando o chá - Sabe que aquela minha proposta ainda esta de pé não é? - pergunta, Rubi balança a cabeça positivamente
— Pode se mudar quando quiser para cá, e não vai precisar ser soldado.
— Eu seria o que então? - pergunta ela.
— O que quis-se ser, provavelmente te daria algum título nobre e quem sabe com o tempo até se tornasse a próxima rainha de Ahist - diz Nero.
Rubi esboça um sorriso.
— É muito gentil da sua parte reizinho - fala ela - Mas uma hora terei que ir para casa.
— Você sempre fica comentando sobre sua casa como se não fossemos, mas nos ver depois que ir para lá - responde Nero intrigado.
— Porque talvez isso realmente aconteça - fala ela que logo em seguida prova um bolinho de baunilha com cereja.
Nero olha para Rubi e se pergunta mentalmente o que ela poderia estar escondendo dele, afinal o que tão terrível poderia acontecer a uma garota tão gentil como ela.
A uma nação de distância Simão acaba de receber uma cartas dos informantes no qual ele tinha colocado atrás do passado de Rubi, no momento o mesmo estava no escritório de James.
O rapaz esta analisando algumas propostas do súditos, em quanto ele esta sentado no divã o mesmo observa o príncipe por um segundo que parece extremamente ocupado então ele resolve abrir a mensagem que recebeu.
Carta: Simão, reviramos os arquivos de Allea atrás de alguma resposta sobre a garota, porém não encontramos nada, não satisfeitos recorremos ao Submundo onde conseguimos algumas informações sobre ela.
Como, por exemplo o rei de Solaria colocou Gilles atrás dela, e muitos dos grandes barões de lá já sabem sobre a moça, mas apenas comentam que ela devirá estar com eles.
Logo em seguida fiz uma curta viagem nos registros gerais dos recém nascidos no ano qual você me indicou no entanto nem uma Rubi Nutine nasceu neste ano nem nos próximos a ele, depois procurei nos arquivos das guardas Alleanas, porém novamente não havia nada é como se ela simplesmente não existisse.
Por Dezenove.

Após ler aquilo o soldado vermelho começa a se perguntar nunca ninguém ouviu falar dela antes de os cinco messes atrás no qual ela apareceu com Cecília, a garota recebia tratamento especial, fora o guardião que ela tinha a colocando em um padrão totalmente diferente dos demais.
Ninguém em todo QG sabia muito sobre ela, “quem era Rubi? e porque ela estava ali?” o mesmo se pergunta intrigado, Liam uma vez comentara com ele sobre que o mesmo não poderia falar de algumas sobre ela, e sempre intervinha quando perguntas sobre coisas pessoais sobre o suposto passado dela.
Simão fica de pé, e logo em seguida se aproxima da mesa de James que agora foca nele.
— Príncipe por acaso você sabe de alguma sobre o passado da Rubi? - pergunta ele.
— Muito pouco por quê? - responde James com outra pergunta.
— Bom é que o senhor sai bastante com ela imaginei que saberia de algo relevante, gostaria de saber mais sobre a mesma para poder fortalecer meus laços com ela, afinal meu melhor amigo é guardião dela - diz Simão de maneira calma.
— O.k, então sei que ela morava com avó no interior, que tinham uma estufa em uma das casas que ela morava, e… - ele faz uma pausa para pensar - Bom acho que é só ela não costuma falar muito da vida dela particular.
— Que pena realmente tinha pensado que ela teria falado algo - responde Simão esboçando um pequeno sorriso - Você se importa se eu for conversar um pouco com a Cecília?
— Não, pode ir - fala James.
Depois destas palavras o soldado vermelho se retira, porém coloca outros três soldados na porta do escritório de James, assim que ele atravessou para o lado do QG o mesmo avista Magno ele esta com a almirante.
Caminhando até ambos os dois agora focam nele, a expressão do mesmo não era muito boa.
— Aconteceu algo com o príncipe? - pergunta Cecília preocupada.
— Não, mas precisamos conversar - diz Simão de maneira seria.
Magno apenas observa os dois, ele e Cecília se entre olham, a mesma agora se volta para Simão.
— Vamos para minha sala - fala ela indo na direção da entrada do QG.
Assim que os dois estavam a sós ambos se encaram por longos cinco segundos, a mesma começa a conversa.
— O que queria me falar? - pergunta ela de maneira calma, neste mesmo instante ele coloca a carta que recebeu em cima da mesa emburrando na direção dela, a ninfa pega a carta e lê, depois volta seu olhar para ele - O que você quer dizer com isso?
— Não esta óbvio? - pergunta ele, Cecília se mantêm com os olhos fixos nele como se esperasse que ele prosseguisse - A Rubi não é de lugar nem um não é Cecília?
— Isso não te diz respeito Simão - fala ela de maneira seria.
— Diz sim - retruca ele - O que aquela garota é? e, porque ela esta aqui?
— Não preciso te contar informações pessoais de ninguém para você - Cecília fala brava.
— Se não me contar o que sei em menos de dez minutos todos ficaram sabendo- diz ele de maneira ameaçadora.
— Não posso deixar ninguém fazer mal a ela - fala a almirante segurando aquela carta na mão dela que em questão de instantes virou pó, ela se levanta - Se você sequer pensar em encostar em um fio de cabelo dela, ou tentar contar o que você descobriu eu te mato - a mesma se pronúncia de maneira gélida e sombria.
— Você não conseguiria mesmo se quisesses - diz ele tranquilamente - Acredite eu já tentei, mas não deu certo.
— Creia você não tem noção do que posso fazer - responde ela - Agora volte imediatamente para seu posto e não toque mais neste assunto soldado - manda a almirante.
O mesmo se levanta zangado, mas obedece a ela, saindo daquela sala não satisfeito com suas respostas ele caminha direto para o estábulo e pega seu cavalo, Simão sai do QG indo rumo a Ahist…