Din estava a bordo da Slave I, ele, Mayfield e Cara no compartimento de carga. Nesse momento ele não é mandaloriano, ele não é guerreiro, ele se sente completamente perdido, ele havia pecado, ele quebrou o credo. O beskar do capacete pesava em sua cabeça, como se soubesse que ele não era mais digno de usá-lo. Mayfield parece sentir o turbilhão de seus pensamentos e parte para o cockpit juntando-se a Fett e Fennec. Cara também sente seu conflito, ela o observa sentado em uma das caixas de carga, sua postura de derrota.

"O que houve lá?" Ele balança a cabeça cansado.

"O plano desandou"

"Percebi." Ela exala quase rindo, na tentativa de fazê-lo reagir, sem resposta

"Mas isso sempre acontece, e você sempre contorna sem ficar com essa cara de derrotado depois." Ela o encarava de cima desafiando com o olhar, ver ele assim a incomodou mais do que ela gostaria de admitir, precisava ver alguma reação dele "Você conseguiu as coordenadas, não é? Então porque tão para baixo?"

Ele respira fundo, ele tinha que falar para alguém, e Cara era sua amiga, ela entendia o que isso significava para ele.

"Eu tive que…" Ele pensa em como colocar em palavras "Eu quebrei meu credo" A voz dele estava estrangulada, difícil, quase inaudível, Cara soube que ele estava lutando contra lágrimas.

Silêncio prosseguiu enquanto ela processava as palavras e o peso que elas tinham.

Ela se senta ao lado do mandaloriano, abandonando a postura de provocação que estava.

"Para conseguir as coodenadas?" Ele assente, Cara respira fundo e coloca uma mão em seu ombro na tentativa de confortá-lo, segue mas uns minutos de silêncio.

"Quando a gente perde tudo, é fácil se perder também." Cara não era mandaloriana mas entendia alguma coisa de perdas, quando seu planeta inteiro é destruído é um sentimento sem nome, você perde tudo, não só família, casa e amigos, você perde sua cultura, tudo que significa ser você, Cara não era mandaloriana mas se tinha alguém que chega perto de entender Din nesse momento era ela. "Por isso é importante se agarrar nas coisas que importam, isso que vai definir o que somos, você não é menos mandaloriano por colocar a segurança do garoto acima do seu credo, ao menos ao meu ver, sei que o que eu acho pouco vai importar…" Ele segura sua mão.

"Importa, obrigado" eles ficam assim por alguns momentos

"Vamos pegá-lo de volta" Os olhos dela demonstravam tamanha determinação que o mandaloriano não conseguiu fazer nada além de acreditar nela com toda a fibra de seu ser.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.