Quando acordou, Nelson não fazia ideia de onde estava.

Que horas são?

Ele tentou mover o braço, mas estava pesado e desistiu. Então abriu os olhos com um pouco de esforço, mas tudo que viu foi uma escuridão profunda. Após piscar algumas vezes, sua visão se acostumou à escuridão e o nadador percebeu onde estava.

Estou no meu quarto… como cheguei aqui?

O nadador pensou por um instante.

Ah, é… lembro do Cris e eu voltando e todo mundo esperando com uma festa surpresa, lembrou Nelson com um sorriso. Acho que foi só uma desculpa pra beber de tarde, mas foi legal da parte deles.

Ele se divertiu comemorando com os amigos. Especialmente já que ele realmente voltou a ser um deles. Mas aquilo não impediu o sorriso de diminuir. Foi legal da parte deles, mas eu queria ter passado mais tempo com o Cris… Sei que ele entendeu, mas ainda assim…

Nelson soltou um suspiro. Então não pôde conter o sorriso enquanto pensava no namorado. Estamos juntos agora… não preciso ter pressa…

Quando os olhos se acostumaram à escuridão, ele percebeu que o algo escuro e pesado sobre seu braço era nada mais nada menos que o homem por quem se apaixonara.

Cris…?

O que ele está fazendo aqui? Na minha cama…

A gente… transou…?

Nelson tentou se lembrar de alguma coisa, mas não tinha memória de ter transado com o Cris. Então ele suspirou de alívio.

Estou feliz de não termos feito… Odiaria esquecer nossa primeira vez, pensou o nadador, corando um pouco enquanto assistia aquelas costas pequenas.

Antes que Nelson pudesse se impedir, ele envolveu os braços em volta do pequeno corpo e abraçou o mais gentilmente que podia sem acordar Cris.

Ele é cheiroso

Nelson fechou os olhos e sentiu o calor emanando do homem que amava.

Se todos soubessem que estamos juntos, aposto que me deixaram escapar da festa mais cedo, ainda que eu fosse o convidado de honra… mas não sei se estou pronto para que saibam que sou gay

Desde que admitiu para si mesmo o que sentia por Cris, Nelson andava lutando com isso.

Mas agora, enquanto abraçava o homem esbelto que o vinha lhe apoiando por tanto tempo, Nelson não se importava se os outros soubessem.

Na verdade, eu queria gritar que estou apaixonado por ele… Não ligo do que vão dizer… A última coisa que quero é esconder meu relacionamento e magoar Cris de algum jeito… Quero ser feliz com ele…

Se bem que acho que todo mundo viu a gente chegando de mãos dadas, ele lembrou, soltando uma risada fraca. Agora já era.

Nelson abraçou o assistente um pouco mais forte, mas ainda sem acordar o outro homem.

— Eu te amo — sussurrou.

— Eu também te amo — respondeu uma voz baixa.

Nelson arregalou os olhos, seu rosto com uma tonalidade forte de vermelho.

— Eu… ah… Desculpa… Eu não queria te acordar — disse o nadador, com uma voz envergonhada, feliz que Cris não se virara. Assim o assistente não poderia ver seu rosto vermelho. — Há quanto tempo você está acordado?

— Desde que você me abraçou — respondeu Cris com um tom zombeteiro.

Nelson pressionou os lábios.

— Por que não disse nada?

— Eu queria ver o que você faria com meu corpo indefeso.

— Tipo o quê? — perguntou Nelson antes que pudesse impedir. — Espera, deixa pra lá.

Até na escuridão, ele sabia que o namorado estava com um sorriso malicioso.

Cris cantarolou, fingindo pensar no assunto.

— Não sei… Talvez me violar como o homem cheio de tesão que você é — disse, sem qualquer vergonha na voz.

Nelson corou.

Mas não foi a única reação que ele teve.

Ele pôde sentir o sangue reunindo nas partes baixas.

Tomado pelo desejo, ele bancou a provocação de Cris.

— Violar… e como… eu faria isso…?

— Não sei. Talvez você comece com meus mamilos…

Nelson respirou lentamente. Ele podia sentir a temperatura subindo.

Pressionando os lábios, ele reuniu coragem e moveu as mãos para o peito do namorado.

Ele ainda está usando o maiô escolar, percebeu o nadador enquanto sentia o tecido.

Isso só fez seu desejo pelo homem crescer ainda mais.

Droga… ele realmente me fez ter um fetiche por isso, pensou Nelson, mas aquilo não o deixou bravo nem nada.

Quando achou os mamilos de Cris, ele os esfregou um pouco.

O assistente de repente ficou imóvel, mas não disse nada.

Ganhando mais coragem, Nelson apertou os mamilos gentilmente.

Dessa vez ele obteve uma reação mais fofa do namorado; um gemido contido.

Aquilo mandou o sangue todo para seu membro, e ele beliscou com mais força.

— Ah! — outro gemido escapou dos lábios de Cris.

Foi a primeira vez que Nelson ouviu o namorado gemer daquele jeito. E ele queria mais.

— Depois, o que eu faria com o seu corpo? — perguntou em voz baixa, que não escondia o quão excitado ele estava.

— Você… me beijaria no pescoço… e…

Antes que Cris pudesse terminar de falar, Nelson tirou uma mão do peito e colocou o sedoso cabelo preto atrás da orelha do assistente.

Quando o pescoço ficou exposto, ele o beijou com desejo.

O corpo todo de Cris tremeu de prazer enquanto ele tentava se conter.

— Depois… depois você brincaria… com minha bunda— conseguiu dizer o assistente apesar do prazer que sentia. — Com… isso…

Ele mostrou algo e Nelson pegou.

O rosto do nadador ficou ainda mais vermelho ao perceber que era loção.

Engolindo em seco, ele deslizou uma mão pelas costas de Cris. Quando chegou à nádegas, ele colocou os dedos debaixo do maiô apertado, o puxou e expôs a bunda redonda e firme.

Então ele lambuzou a mão com a loção e colocou um dedo dentro de Cris.

O assistente estremeceu enquanto o dedo se movia, o massageando em todo lugar.

Nelson ganhou mais coragem, levado pelo desejo, e colocou outro dedo.

Preciso me certificar de massagear tudo. Assim não vai doer pra nenhum de nós.

Os dedos dentro dele eram demais, e Cris soltou outro gemido cheio de prazer.

— Você é… bom… nisso… — Cris conseguiu falar. — Já… fez… antes…?

— Não. Eu andei… lendo… muito… tudo pra… esta noite. — Nelson conseguiu dizer, tendo dificuldade em se concentrar no dedo e falar ao mesmo tempo.

— Jura…? Por que… não… me disse…?

— Eu queria te surpreender…

Ainda sem ver. Nelson sabia que aquilo fez o namorado corar.

Droga… Eu queria poder ver, pensou, espalhando os dedos.

— Não aguento mais… por favor… — implorou Cris.

Nelson sabia o que o namorado estava sentindo.

Nelson queria estar com Cris da mesma forma que Cris queria estar com ele.

Nenhum dos dois queria esperar mais um segundo.

Ambos queriam o corpo um do outro.

Cris se virou. Ainda deitado na cama, ele ergueu só os quadris.

O nadador puxou os dedos e sentou na cama.

Enquanto Nelson olhava para a linda bunda envolvida pelo maiô azul, o membro dele ficou ainda mais duro.

Ele puxou o tecido do outro lado e encarou o buraco.

Engolindo em seco, ele abaixou as calça e a cueca.

Respirando fundo, ele colocou as mãos naquela cintura fina, seu dedão encontrando as duas covinhas nas costas.

É como se ele tivesse sido feito pra isso…

— Rápido — implorou Cris com uma voz apressada.

Nelson obedeceu o namorado.

É quente… e escorregadio, pensou por um instante antes de empurrar os quadris para frente e para trás.

No começo, ele se moveu lentamente, com medo de machucar o homem que amava.

Mas, ao perceber que Cris gostava, ele s e mexeu com mais velocidade.

Enquanto se movia, Nelson perdeu o controle de si.

Ele não podia parar, mesmo que quisesse.

Não conseguia pensar. Sua mente estava envolvida demais no prazer deles.

Então Cris se mexeu por si.

Era demais e muito rápido para ele. Nelson ejaculou.

Enquanto a semente o preenchia, Cris sentiu prazer também.

Ambos ofegavam e suavam um pouco. Mas estavam satisfeitos.

Quando Nelson foi tirar o membro de dentro de Cris, o assistente agarrou a mão em suas costas.

­— Deixe mais tempo — disse, com a voz abafada e embaraçada. — Eu gosto da sensação de você dentro de mim…

Aquilo fez o coração de Nelson bater mais forte.

Puta merda! Como ele pode ser tão fofo e sexy ao mesmo tempo?

Apesar de acabar de alcançar o prazer, Nelson sentiu o sangue se reunindo de novo.

Mas, dessa vez, ele queria fazer amor encarando um ao outro, encarando o rosto que amava.

Ele já é pervertido. Que expressões será que faz durante o sexo?

Mas Cris não deixou o nadador virá-lo.

— Por que não?

— Eu… Eu não quero que você… perceba mesmo que sou um homem — disse Cris em voz baixa, enterrando o rosto no travesseiro para que Nelson não visse a sua expressão.

Ah… então é isso que tem o preocupado…

Então ele notou. É por isso que esteva passando o tempo comigo só vestido de garota recentemente…

— Cris — disse Nelson com o tom mais gentil que tinha na hora. — Eu já sei que você é um cara. Sei disso faz um bom tempo. E não importa pra mim.

— Não?

— Não. Você pode ser um cara, uma garota, um alien, não ligo. Eu me apaixonei por você, Cris.

Nelson tentou virar o rosto do namorado de novo.

Dessa vez, Cris deixou.

Quando encararam um ao outro, o rosto do assistente estava com um tom alarmante de vermelho.

Aquela visão só excitou ainda mais Nelson.

Com o membro ainda dentro de Cris, ele começou a mexer os quadris de novo.

Logo o rosto do assistente se contorceu de prazer.

Mas sua expressão ficou bem mais erótica quando Nelson segurou a protuberância e a esfregou.

— Espera! Se fizer isso, eu…!

Cris não conseguia falar mais. Sua boca estava ocupada demais gemendo.

Nelson apreciou aquela expressão. Era bom demais. E ele queria ver o quanto mais conseguiria.

Enfiando e esfregando, ele queria fazer com que ele e Cris sentissem o mesmo prazer.

E eles sentiram.

Nelson deitou ao lado de Cris, completamente exausto.

O assistente arfava também, seu corpo brilhando devido ao suor.

Mas, quando se aproximou para um beijo, ambos ficaram excitados de novo.

Nelson soltou uma risada fraca ao perceber que o namorado estava pronto para mais.

— Não… posso… meu corpo… não se move… isso e a competição…

Cris mostrou um sorriso provocador.

— Não se preocupe — disse, empurrando Nelson e sentando em cima dele. — Deixe-me mostrar algumas de minhas habilidades que não envolvem a boca.

Nelson arregalou os olhos.

— Eu te amo! — gritou enquanto Cris colocava o membro do nadador dentro da bunda e movia seu corpo de cima para baixo.

— Eu sei — disse o assistente antes de começar a gemer.

Eles ficaram o dia seguinte todo dentro do quarto, ocupados demais para sair.