O contrário dela é ele
Ou obra do destino?
Eliza narrando
Nós caminhos para fora do salão e começamos a andar pelo jardim, estava um dia de sol, fraco, mas tinha sol e estava claro.
Eu:- Por quê?
Leo:- Porque o que? – Ele estava olhando para o chão, olhou para mim rapidamente e se voltou para o chão de novo.
Eu:- Porque você me pintou?
Leo:- Na verdade, eu não sei! Eu estava pintando e quando vi um deles parecia muito com você!
Eu sorri.
Eu:- Ficou lindo, obrigada!
Nós paramos em frente ao muro de vidro e eu olhei para baixo, o salão era na cobertura e tinha uma ótima vista. E então ele começou a me perguntar do Alex, com quem eu tinha ido, ai eu contei toda a história da Annabelle e do Caio, e um pouco das meninas e da Giovanna e perguntei sobre skate, ele me contou sobre as manobras que já fez, dos tombos que levou e falou um pouco da vida na Califórnia.
Eu:- Desse jeito dá até vontade de morar lá!
Leo:- Califórnia era meu pequeno paraíso! Eu vou voltar para lá um dia!
Eu:- Não tem família lá mais?
Leo:- Aaah tem o meu pai, mais sei lá... – Deu pra ver que tinha algo estranho em relação ao pai.
Eu:- Como assim... Sei lá?
Ele respirou fundo e quando abriu a boca para falar...
–Leonardo, filho! Tenho te procurado faz tempo!- Uma moça muito linda apareceu em um vestido vermelho e se equilibrando perfeitamente em um salto bem alto, nem dava para falar que ela já era mãe de um marmanjo daquela idade.
Leo:- Oi mãe... Essa é a Eliza! Eliza essa é minha mãe, Cordelia.
Cordelia:- Nossa, mas que menina bonita!- Ela me cumprimentou com um beijo no rosto. – Já nos encontramos no shopping não?
Eu:- Aahh... Sim!- Ai que eu me lembrei do dia do shopping.
Cordelia:- Mas naquele dia o clima estava bem diferente!- Ela disse rindo
Leo:- Mãe!
Cordelia:- Tá bom estou saindo, mas... Nossa como você parece com aquele quadro!
O Leonardo enfiou a mão na cara e eu comecei a rir. Obviamente não era os planos dele que todo mundo soubesse que ele tinha pintado alguém que ele conhecia.
Cordelia riu e voltou para dentro da festa. Annabelle me mandou uma mensagem dizendo que estava se entendendo com o Caio e que eu devia tomar um táxi.
Eu:- bufei- Tão típico! Acho que só nossa conversa e o seu quadro valeram a pena hoje!- Eu disse rindo. – Mas acho melhor eu ir, tenho que pegar um táxi.
Ele passou a mão no cabelo, o que eu já reparei que ele fazia muito, e aparentemente só quando estava nervoso, e então olhou para mim.
Leo:- Não acho que deva ir sozinha, se quiser... Eu te levo, minha mãe vai ficar até o final e o motorista fica aí...
Eu:- Magina! Nem se preocupe com isso, mas obrigada!
Leo:- Não relaxa, to querendo ir embora mesmo!
Eu:- Sendo assim...
Eu esperei ele ir avisar a mãe na porta e então nós descemos para encontrar o carro dele.
Leonardo narrando
Nós entramos no carro e ela disse a rua dela para o motorista, e um silêncio desconfortável durou uns 5 minutos.
Eu:- Vai à festa do Felipe do 3º D amanhã?
Eliza:- Acredito que sim! Você vai?
Eu:- Eu não estava muito afim, mas as putas estão – Ela me olhou estranho- é o jeito que eu chamo os meninos!- disse rindo e ela suspirou aliviada e riu também.
Eliza:- Fiquei sabendo de você e da Alana na festa dela...
Juro que me odiei por ter ficado vermelho!
Eu:- Ah... é...
Eliza:- É algo sério?
Eu:- Coisa de festa nunca é algo sério!
Eliza:- Ah sim... – Ela olhou para a janela.
Droga! Ela não é do tipo que entende essas coisas!
Quando já estávamos chegando ela se virou para mim de novo.
Eliza:- Hann... O quadro... Tem um nome?
Eu segurei o riso, não achei que um dia iria falar para ela o nome.
Eliza:- O que?- Ela perguntou quase rindo.
Leonardo:-Lindinha marrenta! – Eu olhei para ela quase rindo também.
Ela riu:- Eu ainda lembro quando você me chamava de lindinha, te odiava por isso!- Ela ainda rindo, me deu um soco como se estivesse me punindo, mas foi um soco fraco. – Vai vender o quadro?- Ela ficou séria e o carro estacionou.
Leonardo:- Não! Aquele quadro não!- Eu olhei fixamente para ela e disse sorrindo.
Então ela sorriu de volta, agradeceu a carona e desceu do carro. Eu pedi para esperar que ela entrasse e antes de entrar ela olhou para trás, sorriu de novo e acenou.
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