Não podia acreditar.

Jonathan estava bem ali, na minha frente.

Nunca, em todo esse tempo, pude imaginar que nos encontraríamos no meu local de trabalho — e seus grandes olhos azuis refletiam o mesmo.

— O que você está fazendo aqui? — Olhei para os lados, como se procurasse explicação.

— Te digo o mesmo. — Riu nervoso. — Você está trabalhando aqui, agora? Isso é bom...

— Sim. — Resumi.

— Foi o que você sempre quis. — Ele coçou o queixo. — Olha, sobre tudo o que aconteceu...

— Jonathan, se você veio aqui por isso, pode cortar essa. Estou bem. Estou muito bem. — Sua mão se apoiou na minha mesa, ao que reparei sua nova aliança. — E vejo que você também, então podemos seguir em frente.

— Sim, eu tenho uma nova pessoa, mas não quis passar isso nos seus olhos, me desculpe. — Disse, colocando suas mãos para trás.

— Eu...

— Anna? — Alex cortou nossa conversa. — Esse é o dentista das estrelas que veio para a entrevista?

— Dentista das estrelas? — Encarei os dois.

— Desenvolvi uma técnica de clareamento e caiu na boca dos famosos. Sua revista quer uma entrevista comigo. — Sorriu, orgulhoso de si mesmo.

— Vocês se conhecem? — Alex nos apontou.

— Ele é meu...

— Sou o ex noivo dela. — Disse Jonathan, me interrompendo enquanto oferecia a mão para um aperto de Alex.

O mesmo Alex que nos olhava com estranheza, conseguiu piorar o olhar ainda mais ao ouvir aquilo, mas era Alex e ele me conhecia bem para saber que uma cena como essa não era impossível de acontecer na minha vida, então riu logo depois.

— Certo, espero que vocês tenham tido tempo de colocar o assunto em dia, porque agora ele tem uma entrevista e depois um mini ensaio.

— Mini ensaio? — Repeti.

Isso significaria um ensaio fotográfico e isso significaria que ele veria... Ryan.

— Alguém disse mini ensaio? Estou pronto! Fui comprar algumas pilhas e um café para a minha namorada que vai precisar. — Disse Ryan ao dispor um copo de café na minha mesa e me dando um selinho surpresa. — Você já tem um café, mas tenho certeza que vai precisar de outro.

— Então vamos deixar o casal e começar a entrevista. — Alex sorria e se divertia com o espanto de Jonathan após o beijo. — Por aqui.

Jonathan o acompanhou ainda nos olhando sem sequer piscar. Imagino que, para ele, ver que eu consegui alguém era algo de outro mundo. A Anna que não tinha olhos para mais ninguém e se destruiu com o término, aprendeu a voar... Ao lado do melhor homem do mundo.

Aquela cena significava página virada. Não lhe desejava mal. Ele estava com a nova pessoa que escolheu e eu também.

— Impressão minha ou você conhecia aquele homem? — Ryan encostou-se à minha mesa.

— Aquele é o meu ex. — Sorri. — Acho que ele ficou impressionado com a sorte que eu tive com meu novo namorado.

— Então acho que o sortudo fui eu. — Tocou meu rosto com o polegar. — Agora vou te deixar trabalhar e preparar o estúdio para a foto do meu quase rival.

Ri com o beijo rápido e escondido que me deu. Ryan sabia que eu não tinha olhos para mais ninguém. Aquele homem mudou meu mundo do começo ao fim e nunca me senti tão motivada e viva como ultimamente.

E a motivação seria necessária naquele momento, com o gravador ligado e páginas para digitar. Apesar de ainda ser estranho ter Jonathan circulando pelo meu local de trabalho, ainda tinha muito à fazer e não podia dar atenção ao meu nervosismo. Tudo estava contribuindo para que eu ficasse pior, mas a hora não pararia por mim. Nem menos a revista.

A voz de Mary era sensível e doce, além de conter uma verdade absoluta. Era fácil ouvi-la, assim como eu fazia quando seu irmão me contava histórias, com a exceção de que essa vez não estava sozinha e precisava transferir isso para uma revista nacionalmente conhecida.

As respostas longas precisavam de reparos e edições, erros de digitação vinham pelo caminho — pelo fato de eu ainda estar um pouco trêmula com a correria e pelo encontro surpresa, mas especialmente por saber que Roger torcia para que eu falhasse.

Mais duas horas. Isso era tudo que eu tinha e como se não pudesse ser pior, meu celular vibrou sobre a mesa, me assustando e me fazendo derrubar o segundo copo de café, que ainda estava cheio, sobre a mesa — por sorte gelado, mas não aliviou meu grito e o pulo que dei tentando rapidamente levantar e me limpar.

— Alô? — Atendi o celular tentando me limpar.

— Bom dia! Aqui é do callcenter da sua telefonia celular, estamos com uma promoção...

— Deve ser ótima, mas não posso ouvir agora.

— Mas Senhora, houve uma promoção e...

— Outra hora, por favor! Por favor! Bom dia.

Droga!

Toda a minha roupa estava molhada e tudo o que salvei foi o gravador antes de que isso também pudesse dar errado e corri para pegar emprestado uma roupa dos ensaios da Glam. Jonathan não poderia voltar e me ver como uma fracassada — mesmo que eu o tenha deixado boquiaberto nos últimos minutos. Precisava que ele levasse uma boa e última impressão de mim, para que pudéssemos virar a página e, com sorte, nunca mais nos ver.

Meu orgulho me custou alguns minutos, mas a saia lápis me deixava mais com cara de editora, como eu devia ser. Talvez fosse o destino ou coisa assim.

Não podia pensar muito. Meus dedos tinham que trabalhar mais do que minha consciência e todo meu foco devia estar nas letras e nos minutos que corriam atrás de mim.

Conforme a hora se aproximava do fim, eu sabia que não ia funcionar e o pensamento me cortava a energia. Nos últimos dez minutos, meus olhos escorriam lágrimas até sem querer, porque eu sabia o que aquilo significava — Roger me tiraria daquele prédio, humilhada e despedida.

•••

Foi com as mãos trêmulas que recebi a matéria da impressora ao acabar. Dez minutos depois do prazo. Dez minutos.

Procurei meu chefe por cada uma das salas do nosso andar, sem sucesso, até ser informada de que ele estava na portaria, após receber um chamado. Sem saber do que se tratava e ainda lutando para que, ainda que eu fosse demitida, a revista tivesse sua matéria principal no dia combinado, desci à sua procura.

Dois policiais estavam ao seu redor — o que era normal nos últimos dias com toda a confusão de Mary, mas era impossível que eles estivessem colhendo novas pistas. Eles conversavam entre si, o que me deu chance, ao que respirei fundo e cutuquei seu ombro esperando suas próximas e tão cruéis palavras.

— Ah, Pierce... Atrasada e incomodando na hora errada mais uma vez. — Disse, sem se virar para mim, olhando meu reflexo através da porta de vidro da entrada, provavelmente.

— Me desculpe, não sabia que estava na companhia de policiais. — Suspirei, previamente arrasada. — Precisava trazer a matéria no dia em que me pediu, para que o cronograma da revista não saia do previsto.

— E como você quer que eu pegue essas folhas? — Aumentou a voz ao seu virar para mim, revelando um par de algemas ao redor de seus pulsos.

— Me desculpe! Me desculpe, eu... — Dei um passo para trás, assustada.

— A senhorita não pode conversar com o nosso suspeito. Iremos levá-lo agora. — Ordenou um dos policiais.

— Suspeita de desvio de dinheiro da revista para o comércio ilegal. Com licença. — Explicou seu parceiro.

— Por sua culpa, Pierce! — Atacou enquanto era levado. — Por fazê-los vir aqui e abrir uma investigação. Você está tão demitida!

As portas do elevador se abriram atrás de mim enquanto ressoava a sirene da viatura do lado de fora. Minha chefe e Alex assistiam junto à mim enquanto Roger entrava naquele carro que logo desapareceu pela avenida.

— Eu sempre soube que tinha algo de errado com os relatórios mensais... — Diane suspirou e colocou a mão no meu ombro. — Me deixe ver sua matéria, espero que esteja suficientemente boa, porque é tudo o que temos para tentar evitar o fracasso.

— Aqui está. — Entreguei todas as páginas e enxuguei meus olhos com a ponta dos dedos. — Espero que esteja útil. Qualquer erro, podem me procurar enquanto arrumo minhas coisas. Vou devolver essa roupa, prometo!

— Arrumar suas coisas? E para onde vai no meio do expediente? — Alex cruzou os braços e tentou brincar. — Estaremos na boca do povo, mas a revista não pode parar, nada de sair no meio do dia.

— Alex, fui demitida! Não sabe o quanto me alegra saber que vão continuar, mas não comigo. Com licença. — Acenei com a cabeça ao passar entre eles e apertar o botão do elevador.

— Ninguém foi demitida porque eu sou a chefe dos chefes, agora... — Diane reclamou sem tirar os olhos do papel. — Principalmente agora, não posso demitir alguém ou pelo menos até eu acabar de ler, daí descubro o que fazer com você.

Com um sorriso esperto, ela piscou para mim e se virou seguindo o barulho do elevador, entrando junto à mim. E Alex acompanhou o bando.

•••

O clima parecia mais leve para o resto da equipe da Glam que passava à conversar pelos cantos sobre Roger sair algemado daqui, tendo, possivelmente, outras denúncias sobre ele para enfrentar essa medida preventiva. Todos pareciam comemorar ao meu redor.

E eu estaria assim, se não estivesse na dúvida sobre o que me aconteceria nas horas seguintes.

Até então, fui demitida para depois ser admitida provisoriamente enquanto minha chefe lê minha matéria. Não sabia se isso era bom o suficiente para me manter aqui. Afinal, aquela seria minha primeira matéria de verdade para essa revista — se não contássemos meu artigo na capa do portal da revista, o que foi capaz de ajudar nas buscas de Mary.

Olhava tudo ao redor como se a única saída fosse me despedir. que isso não afetasse nada entre Ryan e eu. E esperava ser amiga de Alex, ainda.

Suspirei, com o peito e a mente cheia de lembranças, mesmo que devesse estar preocupada com o próximo currículo que enviaria. Acho que hacker de sites não ficaria bom. Ao menos, sorri a respeito.

— Anna? — Diane chamou, com a sua voz mansa e profissional, ao mesmo tempo.

Minha boca secou e não pude responder, mas me dirigi à sua sala o mais breve possível para ouvir a sentença. Alex também estava ali, batucando em sua própria perna — o que não significava nada, vindo daquela cabeça vazia.

— Li sua matéria e confesso que estou surpresa. Escreveu tudo isso durante a manhã? — Ela indagou.

— Sim. — Me ajeitei na cadeira enquanto limpava a garganta. — Como você deve imaginar, o dia de Mary foi bem cheio e ela tem um bebê, não era possível que a família a soltasse por nada e... Não está tao bom, não é? Me comprometo à corrigir os erros antes de deixar a revista.

Alex riu brevemente e Diane acompanhou.

— Onde pensa que vai, Pierce? — Alex perguntou, imitando a voz do nosso chefe. — Roger não comanda mais a empresa, portanto, as ordens dele não valem.

O quê?

— Você não vai à lugar nenhum! Anna, você sempre foi tão competente para mim. Mesmo nos dias mais incomuns da revista, você não se deu um descanso. Quero ver seu crescimento e sinto que essa matéria em minhas mãos foi só o começo!

— Obrigada, Diane! Muitíssimo obrigada. — Apertei suas mãos sobre a mesa, me sentindo aliviada.

— Agora quero sua cabeça focada em novas ideias para a revista. Você vai participar das reuniões conosco de maneira ativa, você não é mais uma secretária. Quero criatividade! Alex, dê a ela todas as ferramentas que precisar. Vamos modificar essa revista e apagar Roger daqui.

— Pode contar comigo especialmente para isso!

Respondi aliviada. E com o meu trabalho mais do que garantido.

Um mês depois...

O lançamento da revista com Mary na capa havia sido um sucesso! Uma mistura de moda e reportagem investigativa tomou a cabeça de todos os gêneros e faixas etárias. Todos queriam saber sobre Mary e ela se tornaria famosa, como sempre desejou.

Isso não significava que todos concordavam com o modo que ela havia feito tudo, mas era possível respeitar. Aos poucos, conhecendo a mente daquela garota e o amor pelo seu filho, tudo se encaixava e, naquele momento, ela agarrava e retomava, com unhas e dentes, a vida que deixou para trás. Sua família, seus sonhos... E Kyle.

Era por tudo estar indo tão bem, que a Glam realizara, naquela noite, uma festa de comemoração da edição mais vendida da revista desde seu início!

As luzes de néon rosa eram predominantes, tal como era o logotipo. Garçons serviam todos os tipos de canapés e drinques enquanto os fotógrafos capturavam a atenção e imagens de editores e fashionistas que decidiram comparecer.

Nunca havia estado em uma festa tão grande como essa e meus olhos se maravilhavam com cada detalhe, mesmo que eles devessem estar focados nas minhas obrigações. Se eu não tinha um descanso, agora menos! A diferença é que ganhei novas tarefas e gosto mais delas — entre elas, a se recepcionar as pessoas naquele evento, como uma promoter.

— Anna, chegaram todas as pessoas da lista? — Diane perguntou enquanto se aproximava de mim, juntamente à Alex.

— Missão cumprida! — Sorri, apontando para o meu iPad. — E, segundo o cronograma, seria indicado um discurso de abertura dentro de, exatamente, cinco minutos.

— Ótimo, dará tempo de conversarmos com você antes disso acontecer. — Disse, soando em um tom mais formal.

— Aconteceu alguma coisa? — Olhei primeiro para Alex, que faria alguma brincadeira se não fosse nada sério.

E ele não fez, sequer esboçando um sorriso, me deixando aflita.

Será que meu emprego era provisório ou que algum dos editores criticou tão friamente minha matéria que eles decidiram retirar minha oportunidade de escrever qualquer coisa para a revista?

— Queria dizer que essas últimas semanas têm sido mais rigorosas com você, incluindo essa noite, que não tem sido fácil e reconhecemos isso. — A loira segurou minha mão. — Você desempenhou seu papel, aqui, brilhantemente, mas não foi para isso que estudou tanto.

— Não entendo. — Falei, quase gaguejando. — Estou satisfeita onde estou e com o meu trabalho.

— Mas você merece mais. — Alex defendeu. — E se depender da revista é o que terá!

— O-o que está querendo dizer?

— Você está olhando para a nova editora executiva da Glam! — Diane sorriu, apontando para mim.

— Mas Alex... — Olhei para ele, assustada.

— Alex continuará no cargo dele, mas, agora que as minhas obrigações dobraram, precisarei dos dois trabalhando duro para que mais problemas não caiam na minha mesa, certo?

— Certo! Eu... — Fiz uma pausa e ri. — Obrigada, Diane! Não tenho palavras para agradecer.

— Não me agradeça. Depois de tudo o que Roger veio lhe fazendo ao longo do tempo e sem motivo, é o mínimo que você merece, ter meu voto de confiança.

— É a promoção mais rápida da história! — Alex exclamou. — De editora júnior à executiva em dias.

Ri e os abracei, com as mãos um pouco trêmulas. Quem diria que a matéria que me custou suor, café derramado e lágrimas me daria algo maior. Poderia gritar ali mesmo!

Ryan me observava de longe, com um belo sorriso. Aquele homem percebia minhas emoções como ninguém e não deixou de registrar isso em sua lente.

— Depois você conta ao seu namorado sobre a sua promoção. — Diane disse, tomando minha mão. — Agora subirá comigo no palco para o discurso.

O discurso da minha chefe foi bonito e premeditado. Suas palavras foram bem colocadas ao contar, brevemente, a história da revista até os dias de hoje, conseguindo explicar porque a edição fora a mais vendida — pois, segundo ela, todos têm pressa e curiosidade, podendo contar com isso no seu celular e sem sair de casa.

— Dito isso, passo a palavra à quem tudo fez. Aquela que, como uma boa editora, não desistiu e seguiu seu faro jornalístico o tempo todo. Com vocês, a mais nova editora executiva da Glam, Anna Pierce!

Palmas e mais palmas se seguiam enquanto eu alcançava o microfone. O frio na barriga foi imenso e eu ainda digeria a minha nova promoção.

— Obrigada à todos por virem. — Sorri e iniciei o discurso. — Bem, essa noite marcante aconteceu por causa de uma garota. Uma única garota que foi capaz de sensibilizar o coração de um país e é assim onde vejo o poder de uma mulher e o poder de varias de nós que trabalhamos duro para que essa edição chegasse até aqui. E, também vejo que a Glam se tornou uma família, assim como a família de Mary que se reconstruiu, então meu agradecimento se estende ao Alex, meu parceiro de edição que foi por tanto tempo meu chefe e... Ao cara da sala ao lado e hoje meu namorado, Ryan Wentz, porque foi você quem tudo começou sem você e sem a sua insistência e amor, Mary não estaria aqui e, talvez nem eu! Obrigada por ser você. Obrigada à Glam, que me deixou dar ouvidos à história dessa garota misteriosa e sonhadora, que me trouxe mais histórias para contar e o meu eterno agradecimento aos leitores que me emprestaram um pouco do seu tempo esse mês. Desejo que todos aproveitem a noite!

Ryan me aguardava ao pé do palco, estendendo sua mão para que eu descesse. Segurei-a, firmemente, em confiança e, principalmente, em agradecimento. Por tudo o que nos havia acontecido, até então. Aquela noite havia me deixado ainda mais sentimental e ele sabia.

— Agora precisamos conversar. — Seus olhos castanhos me fitaram sem piscar ao estarmos mais distantes do palco.

— Aconteceu alguma coisa? Mary não está confortável aqui? É o bebê? Me diga e eu...

— Não é sobre eles. Não é sobre mais ninguém nesse mundo, apenas sobre você e eu. Não posso esperar mais.

Arqueei as sobrancelhas como se esperasse a continuidade. Aquela noite era um misto de emoções e eu acabava de passar por uma bem grande.

O que Ryan fez a seguir, não esperava nem por um momento — ele estava de joelhos diante de mim, segurando uma caixinha preta... Com um anel.

— Nunca soube o momento certo das coisas e sei que, às vezes, sou um tanto ansioso, mas não nisso. Nossa vida sempre esteve de ponta cabeça e, ao mesmo tempo que parecíamos destinados à este momento, vários outros tentavam nos levar ao contrário. Sei que hoje está sendo um dos dias mais felizes da sua vida, com tantas conquistas e te ver feliz, também podendo ver minha família aqui e Mary de volta, sã e salva, é o sinal de que não há mais o que esperar. — Sorriu, olhando a caixinha antes de me olhar. — Quero juntar minha felicidade com a sua, minhas dúvidas e todos os meus momentos com os seus. Quero nunca mais sair do seu lado. Anna... Case-se comigo.

— Sim. — Ri e fiz uma pausa com as mãos contra a boca. — Sim, sim, sim... E sim!

Ryan levantou-se e ergueu meu corpo no ar, me rodando uma vez enquanto selava os lábios nos meus incontáveis vezes.

Nosso sorriso reluzia mais do que as luzes ao nosso redor e as palmas eram altas, bonitas e no ritmo do nosso coração.

Agora tudo fazia sentido para mim.

Quando as coisas estão indo mal, elas apenas podem melhorar.

E, agora, eu tinha tudo o que sempre quis. Amor e sucesso, caminhando juntos, lado a lado.

É assim que termino a história de como me tornei... Feliz!

FIM

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Obrigada à todos que se uniram à essa história ou à duologia "ao lado". Foram anos de muito carinho da minha parte e da de vocês!

Obrigada sempre!