P.O.V. Sophie.

Primeiro dia no ensino médio. Vai ser ótimo.

Sentiram a ironia? Eu cheguei ao colégio e entrei, assim que eu entrei todos pararam para olhar.

É que quando eu era bebê, no meu aniversário de um ano fadas me abençoaram com o dom de cantar, o dom da beleza e tudo mais.

—E ai gatinha? Eu sou Stan.

—Você tem uma namorada. Cai fora.

Eu peguei os meus livros e comecei a sair, mas ele bateu a mão nos meus livros os jogando no chão.

—Vadia.

—Não devia ter feito isso. Babaca.

Os meus olhos mudaram de cor e ele recuou.

—O que é isso?

Eu voei encima dele e o matei. Bebi o sangue dele até não sobrar mais nem uma gota.

—Babaca.

Fui ao banheiro e me lavei. Ninguém me viu matar ele.

Tivemos metade da primeira aula até a diretora vir, eu a reconheci de primeira. Era a Professora Danielle, ela foi minha professora no maternal

Quando ouvi as sirenes eu soube que haviam encontrado o corpo do babaca.

—Pessoal, lamentamos informar que um de seus colegas de classe morreu. Suspeitamos que ele tenha sido assassinado.

Eu estava passando batom e me olhando no espelho. Daí eu fechei o espelho e disse:

—E daí? Ele era um babaca mesmo, além do mais humanos matando outros humanos que novidade. Isso acontece desde que o mundo é mundo, civilidade é uma ilusão.

P.O.V. Detetive Burkhard.

A menina não tava nem ai. Ela não estava chocada, assustada ela não demonstrava nenhuma emoção era apenas a indiferença.

—Qual é o seu nome?

Ela olhou para a Diretora, deu um sorriso sacana e respondeu:

—Sophie Cullen Mikaelson.

A diretora que já estava encarando ela soltou os livros que carregava.

—Olá Professora Danielle, é um prazer revê-la.

—Por um instante pensei que...

—Que eu fosse a minha mãe? É, isso acontece muito. É o efeito duplicata.

—Duplicata?

—Místicas, poderosas e ocorrem naturalmente como... um Grimm. Não é mesmo Detetive Burkhard?

Tivemos que interrogar todos os alunos e vários deles tinham motivo para matar o garoto.

—Stanley Tucker se achava, ele me forçava a fazer o dever de matemática dele. Que pena que ele morreu.

—O Stan era um babaca total, ele me traiu com a minha melhor amiga. Enganou nós duas, eu pensava que eu era a única mas, daí nós descobrimos e revidamos.

—Então você e sua amiga mataram Stanley?

—Não! Nós colocamos creolina no lugar do perfume dele e creme de barbear no shampoo.

Quando o exame do legista saiu o Doutor Morgan estava intrigado.

—É melhor vocês virem aqui.

—E então?

—Isso com certeza foi obra de um ser humano, mas o mais intrigante é a toxina que eu achei no corpo dele, eu nunca vi nada igual é um tipo de veneno, mas não há nada nem parecido nos registros. Veja.

Haviam dois buracos no pescoço da vítima e dos buracos vertia uma substância viscosa e branca.

—O que é isso?

—É o veneno. E tem mais.

—Mais?

—A vítima perdeu todo o sangue do corpo. Não ficou nem uma gota por isso o corpo parece ter sido mumificado.

—Será que não foi algum Wessen? Uma daquelas aranhas?

—Spinnetod? Não Spinnetods deixam a vítima de um jeito diferente. E uma Spinnetod jamais deixaria esse relógio dele para trás, elas são atraídas por coisas brilhantes.

—Verdade?

—A única coisa a qual eu consigo comparar isso são caninos humanos. Quem matou esse menino usou os dentes.

Quando chegou a vez de interrogar a garota, ela entrou sentou e disse:

—Eu não matei o cara. Mas, a morte dele também não me afetou em nada pra mim aquele cretino teve exatamente o que merecia. Posso ir agora?

—O seu colega de sala acabou de morrer e você não se importa?

—Ele era mortal, mortais morrem.

—Não está com medo de ser a próxima vítima?

—É necessário muito mais do que um humano armado pra me matar. Armas mortais não funcionam.

—Como assim armas mortais não funcionam?

—Me empresta esse negócio ai.

—Negócio?

—A arma Grimm. Me dá.

—Não. E como sabe que eu sou um Grimm?

—A minha família está aqui á muito tempo. Vai ter que fazer melhor que isso pra se esconder de mim.

—Como assim?

—Quem você acha que amaldiçoou a sua família? Uma bruxa Petrova foi responsável pela sua atual condição, ela lançou essa maldição sob seus ancestrais Wilham e Jacob Grimm ela os transformou em armas letais e como era uma maldição de sangue ela foi passada á diante, para os seus irmãos, para os seus filhos, para os filhos de seus filhos e para os filhos dos filhos de seus filhos. O nome da Bruxa que lançou a maldição era Tatia Petrova, ela já morreu á mil anos, meu pai matou ela.

—Seu pai?

—Você é novo nisso. Eu posso dizer de longe. Não sabe da maldição, não sabe sobre os Originais, não sabe sobre Tatia e nem sobre as duplicatas. Diz ai, o que você sabe?

—Hexenbiest, Spinnetod, Hundiegar, matadores de Grimms.

—Você só leu os livros. Os livros da sua tia Marrie, existem mais Grimms por ai e todos vocês de uma forma ou de outra são parentes. Todos os Grimm possuem parentesco consanguíneo.

—O que é duplicata?

—Eu-sombras mortais de Silas e Amara. Versões humanas dos primeiros imortais do mundo.

—Você já viu uma duplicata?

—Todo dia sempre que me olho no espelho ou olho pra minha mãe, pra Katherine, pra Elena ou para Tatia. Você pode procurar diferenças entre nós, mas você não vai encontrar.

—O que mais você sabe? Espera, Tatia? A Tatia que está morta?

— Ela estava, mas ela voltou. Você é um Grimm e como tal o seu primeiro instinto é proteger as bruxas da linhagem Petrova, especialmente se essa bruxa for duplicata. Por mim você mata e morre.

Uma mulher que era o clone da menina sentada na sala de interrogatório apareceu acompanhada de um homem de terno.

—Meus pais.

—Vocês são clones.

—Doppleganggers. Duplicatas.

P.O.V. Hank.

Isso é loucura! As duas eram idênticas!

—Sophie!

A mãe examinou cada mísero centímetro do corpo da filha.

—Tá machucada?

—Não.

—Te fizeram alguma coisa? Te ameaçaram?

—Não. Eu só quero ir pra casa.

—Tudo bem. Nós podemos ir não podemos?

—Claro.

—Só um aviso, eu vou proteger primeiro a minha família e se algum de vocês por acaso atentar contra a minha filha de alguma forma eu vou descer nas cabeças de vocês que nem o espírito santo. E não vai sobrar ninguém vivo.

Eles estavam saindo quando Sophie se virou e disse:

—Detetive Burkhard?

—Sim?

—Não confie no seu capitão. Ele é cria de Hexenbiest, ele mandou que Adalind Shade matasse sua tia Marrie. Ele não está do seu lado disso você pode ter certeza.

Eles saíram, os dois pais e a menina no meio.