— Eu sou seu marido e você vai parar de dizer essas barbaridades!!!

— O que vai fazer? - estava presa nele sentindo-se impotente. - Vai me machucar se continuar me deixando assim.

— Vou te mostrar lá no nosso quarto o tamanho do meu amor e se depois disso você ainda achar que eu posso ter um caso com Miranda ou com qualquer outra mulher eu vou embora!!! - foi firme e a pegou nos braços e saiu dali a levando para dentro...

Victória se segurou em seus braços com firmeza como sempre fazia tinha medo de cair mesmo sabendo que ele não a deixaria ir ao chão, o olhava no rosto mais ele seguia andando e olhando para frente, sentia o olhar dela mais fingia não se importar, Heriberto era um homem direito e muito decidido em tudo na vida. Quando escolheu Victória, ou melhor, quando a viu dentre todas as mulheres a sua volta ele sabia que era a mulher escolhida para passar o resto da vida a seu lado e agora ela vinha com aquelas malditas desconfianças.

Ele entendia que ela estava com o emocional abalado e que a condição em que se via a deixava ainda pior, mas ele não iria permitir que ela duvidasse de seu amor ou de sua fidelidade a ela, entrou no quarto e a colocou na cama apoiada na cabeceira. Ela o olhava conferindo cada passo dele e ele sorriu por um momento e tirou o palito e a gravata já abrindo a camisa quando ela disse:

— Não vou fazer amor com você depois do que vi!!! - disse firme. - Não vou fazer amor e arriscar que você pense em outra. - tinha um medo terrível dentro de si.

Heriberto chegou bem pertinho de seus lábios e olhando em seus olhos disse:

— Eu não te trouxe aqui para fazer amor!!! - provocou. - Eu te trouxe aqui para mostrar o quanto te amo. - ia para beijar seus lábios e ela fechou os olhos querendo, mas ele se afastou e foi ao closet.

Victória tornou a abrir os olhos e respirou fundo o homem conseguia deixar seu corpo molinho apenas com as palavras, tinha vontade de se jogar nos braços dele e implorar por amor, mas não o faria, não o faria depois de ver aqueles sorrisos que ele dava a outra mulher que não era ela. Ele voltou minutos depois trocado e com uma caixa nas mãos que ela sabia perfeitamente o que era e seu coração acelerou.

— Aqui está o nosso amor!!! - sentou ao lado dela e abriu a caixa.

Victória o olhou e depois olhou a caixa e seus olhos logo de cara encheram de lágrimas, ela sabia que ali estava toda a história de amor deles. Anos de um amor puro e mesmo com tanto sofrimento com a procura de Maria, eles tinham se apoiado e vivido em plenitude sempre.

Ele pegou uma caixinha e abriu ali estava o primeiro par de alianças deles e ele sorriu pegando.

— Quando eu comprei essas alianças estava com o coração acelerado. - a olhou nos olhos. - Eu compre a numeração errada de tão nervoso que estava. - deu a ela que não controlou as lágrimas.

— Comprou dois números a cima do meu!!! - falou sorrindo enquanto as segurava.

— Sim, mas você gostou tanto que fizemos amor a noite inteira. - recordou em um suspiro e o corpo tremeu. - Foi a melhor noite das nossas vidas.

— Tivemos outras... - falou olhando as alianças.

— Mas aquela foi única, as outras foram melhores ainda. - olhou novamente a caixa e tirou um pequeno livro e o abriu olhando a rosa presa em uma página. - O meu primeiro livro de moda. - riu alto e ela o acompanhou.

— Você precisava aprender o meu mundo e eu o seu. - pegou dele.

Eram pequenos detalhes e de coisas tão simples que para outras pessoas poderiam ser insignificante, mas para os dois era a coisa mais importante de suas vidas. Ali Victória não podia ter dúvidas do amor deles, ela não tinha, mas estava com os nervos à flor da pele e não conseguia ver mais a frente, não via um futuro se ficasse naquela cadeira de rodas e ainda por cima o privando de muitas coisas.

Mas o amor é estar nas horas boas e ruins e Heriberto estava e estaria sempre ao lado dela porque ele a amava e era totalmente correspondido por ela. Ele sabia que o momento era delicado e que teriam ainda muitas provações até que tudo ficasse bem e se fosse preciso mostraria aquelas coisas todos os dias para que ela recordasse quanto o amor deles era grande.

— Acho que você já entendeu, não é? - a olhou cheio de amor.

Victória estava e lágrimas e como pode o puxou para um abraço que ele correspondeu de imediato, ela precisava senti-lo em seu corpo e ele a apertou mais dando a ela o que queria e que também necessitava sempre. Ela o soltou mais não muito e o olhou nos olhos, ele sorriu ela era tão maravilhosa que nem podia pensar em viver longe dela.

— Me perdoe... - falou sentida. - Eu não posso duvidar do seu amor, mas...

— Meu amor, você não precisa duvidar nunca do meu amor por você. - segurou a mão dela e levou a seu peito. - Ele só bate assim por você!!! - sorriu mais ainda para ela.

Victória o puxou e o beijou na boca, queria sentir seu amor e ele a segurou mais junto de si sentindo o corpo todo responder por ela, era sempre assim quando a tocava ou beijava. O corpo dele era dela e quando se beijavam como naquele momento não paravam até que os corpos estivessem suados e satisfeito um do outro, Victória parou o beijo e ofegou dizendo.

— Me faça sua... Me faça sua mulher, me ame como só você sabe fazer... - O peito subia e descia em excitação.

Heriberto deu mais uns quantos beijos em seu amor e logo se afastou com ela reclamando e ele riu alto, tirou tudo da cama e voltou a deitando depois de tirar sua camisola. Ele a contemplou por inteiro e levou a mão tocando sua pele que arrepiou deixando os bicos dos seios durinhos.

— Você é tão perfeita... - tirou a calcinha dela e a tocou ali com calma sentindo o quanto ela estava molhada e quente. - Amo quando está assim Victória...

— Meu amor, eu preciso de você...

Heriberto não precisou ouvir mais nada, tirou as roupas e deitou sobre seu amor e a beijou com tanta intensidade que os dois logo perderam o fôlego e riram juntos. Era o amor mais lindo e verdadeiro que um casal poderia viver, eles tinham uma longa batalha pela frente ainda, mas o amor sempre estaria ali os unindo ainda mais...

(...)

SEMANAS DEPOIS...

Os dias seguiram em paz, Victória deixou de pensar coisas que não eram e ele provava todos os dias a ela que a amava, não que precisasse ficar provando algo, mas ela era seu amor e fazia de um tudo para que ela ficasse tranquila e feliz. Victória se concentrou em suas fisioterapia para que estivesse mais forte no dia de sua operação e Heriberto estava cada dia mais feliz por vê-la se empenhar em ficar logo boa para que pudesse dar o segundo passo em busca do perdão de sua pequena Maria.

Naquela tarde Heriberto estava na sala de espera e andava de um lado a outro enquanto esperava notícias de sua esposa. Victória já estava em cirurgia a três horas e ele foi impedido pelo amigo de entrar para estar lá junto a ela, ele sabia que era o certo mais não gostou nada de ter que ficar longe de seu amor, mas também sabia se estivesse dentro da sala somente atrapalharia.

Ele tinha avisado Maria sobre a cirurgia e ela apenas o ouviu e logo desligou não dizendo nem que sim e nem que não, mas como ela não tinha chegado ali até aquele momento entendeu que ela não viria mais. Laerte saiu pela porta branca e enorme e viu seu amigo andando de um lado a outro, respirou fundo tirando a touca da cabeça e somente nesse momento Heriberto se deu conta dele ali.

— Como ela está? - estava preocupado e as mãos tremiam. - Não faça esse silêncio porque eu sei muito bem o que vem atrás deles. - passou as mãos no cabelo.

— A Cirurgia foi um sucesso, mas... - respirou fundo mais uma vez antes de dizer.

— Mas o que? - quase gritou com ele.

Ele sabia que seria um choque para ele, mas não poderia ficar enrolando então encheu mais uma vez o pulmão de ar e disse:

— O coração dela parou...

E os olhos dele arregalou quase saindo de sua face.

— O que? - a voz de Maria soou apavorada e ela se tremeu todinha.

— Eu... - Laerte ia falar, mas sem pensar duas vezes ela saiu correndo pelos corredores do hospital abrindo todas as portas que encontrou a procura de Victória.

Os olhos cheios de lágrimas e o coração quase saindo pela boca e mesmo que os enfermeiros dissessem que ela não podia estar ali, ela não deu ouvidos e seguiu a procura dela. Quando chegou ao fim do corredor e abriu a última porta a viu, ali estava Victória e seu coração se desesperou é ela chorou mais ainda...