O Sonho De Um Little Monster;

Chapter 02 - Um olhar nada acanhado.


Chapter 02 - Um olhar nada acanhado.

Edward babava em cima do teclado, em um sono tão profundo que não viu a hora em que seus pais haviam chegado. Mas quando ele acordou, apenas viu a imagem de seus pais atrás dele com uma cara de espanto misturado com um profundo desgosto. O sono o atrapalhava de pensar, mas então ele percebeu tudo.

Ao dormir em cima do computador ligado, a tela de proteção ativou-se com uma imagem muito peculiar; uma foto de Lady Gaga.

Antes de mais nada, Edward levantou-se em um pulo, e disse em vão:

- Eu posso explicar! - óbvio que uma cena dessas não havia explicação.

- Não meu filho, você não pode. - Disse seu pai, aparentemente zangado, porém calmo.

- Ed! Meu filho; como você pode gostar de uma blasfêmia como está ?! - Sua mãe disse histericamente.

- Blasfêmia mãe ?! Isso não tem nada haver com De... - Seu pai o interrompe.

- Edward, não responda sua mãe! Ela está certa, e você completamente errado, meu filho! Nós te amamos, mas não vamos tolerar esse tipo de heregia dentro de nossa própria casa! A partir de hoje, você está sem computador e sem celular! E não ouse contestar; será pior pra você.

Edward calou-se, todos calaram-se. Ele apenas entregou o celular, e foi para a cama, sem nem boa noite dar a seus pais.

Putz, me ferrei dessa vez! Sem celular, essa "viagem família" vai ser uma furada, um atraso de vida. Argh, que saco! Não vejo a hora de sair desse inferno, poder cantar minhas músicas, ver quem eu quero, sair com quem eu gosto, longe de tudo isso ser uma blasfêmia! - Pensava Ed em sua cama. Ele não percebeu, mas lágrimas rolavam pelo seu rosto, até que depois de tanto se virar na cama pensando no acontecido, ele adormeceu.


O dia amanheceu, e Ed acordou com uma cara mais amassada que papel de presente. Foi ao banheiro com uma lentidão de tartaruga, pensando em como ele deveria reagir ao ver seus pais nessa "bela" manhã. Ele tomou coragem, desceu e cumprimentou a todos como se nada houvesse acontecido. E todos o responderem também de mesmo modo. O silêncio tomou conta da cozinha, e seu pai decide quebrar o gelo:

- Preparado para a nossa viagem amanhã, Ed ? - Seu pai o perguntava sem ao menos olhar para sua cara.

- Hunrrum, pai. - Ed respondia em tom frio e deveras sarcástico. Seu pai aparentou não ter gostado, mas decidiu não revidar e piorar a situação.

- Ed, termine isso logo e vá arrumar seu quarto e suas malas, querido. Está tudo uma bagunça! - Falava a mãe de Ed. E Ed nem responde, simplesmente sobe.

Após algumas enrolações em termos de arrumação de quarto, a campainha toca, e Edward se lembra que seus amigos passariam para se despedir antes da viagem.

Ed, desce e abre a porta, seus amigos entram e cumprimentam os donos da casa, e todos sobem.

No quarto a fofoca rola solta, mas Ed continua com cara de taxo, até que Mary não se aguenta e fala:

- Ed, mas que cara de quem chupou limão é essa? Você tá indo pros Estados Unidos, não pro inferno! - Mary revidou.

- Tô sem celular, sem internet, sem vida; você quer que eu faça que cara ?

- Ui, ele está no veneno! É só por uma semaninha; você não vai virar forever alone por causa de um celular confiscado. Quando você ver as americanas, aposto que não vai nem lembrar do celular! Quanto menos da gente. - Todos riram, inclusive Ed.


O tempo passou rápido, escureceu e todos foram embora.

Todos foram dormir cedo, pra acordar cedo no outro dia.

O dia amanheceu, Edward tentou se animar mas nada funcionava a amanhã passou rápido, e quando ele viu, já estava no aeroporto. Seus pais estavam cuidando do check-in, enquando Ed estava sentado. O tédio tomava conta, o lugar estava cheio, e ele resolveu sair pra dar uma passeada. O aeroporto internacional de roma, parecia-lhe um tédio completo, ele foi no banheiro, na praça de alimentação, rodou e rodou e por último, decidiu ir até umas lojinhas. Ele entrou em quase todas, e na última Ed viu algo que lhe chamava atenção. Era o olhar penetrante e pouco acanhado de uma menina.

Fim do capítulo 02.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.