Kageyama chegou em seu aposento furioso com o seu prisioneiro, destruindo a maioria das coisas ao seu redor para descontar a raiva que tinha. Então foi em direção ao girassol dentro da cúpula sobre a mesa e pegou o espelho que estava ao seu lado.

— Mostre-me o garoto. - falou Kageyama para o espelho.

No espelho apareceu Shoyo olhando para a janela triste e pensativo, quando a imagem desapareceu ele abaixo o espelho e encarou o girassol na cúpula, e viu ele perder mais uma pétala, ocorreu um tremor por todo castelo.

Na cozinha do castelo quase todos estavam reunidos.

— Outra pétala caiu. - comentou Kuroo para o que estavam na cozinha.

— Kuroo, cresceram mais penas, e eu tirei várias ontem. - falou Tsukishima olhando para as penas extras.

— Eu sei meu corvinho, e eu fico mais metálico a cada dia. - falou Kuroo tentando mexer a perna que estava emperrada.

— Oh não, outra vez. - falou Daichi quando os ponteiros do relógio marcaram a hora e soou o tic toc. - perdão. - disse quando voltou ao normal.

— O vocês fiquem todos calmos, nós ainda temos tempo. - Falou o bule de chá tentando acalmar todos.

— O papai, será que eu voltarei a ser um menino? - perguntou Nishinoya para o pai.

— Ohh sim, Nishinoya, você vai voltar a brincar no sol de novo, pode confiar em mim. - falou o bule para seu filho tentando tranquilizá-lo.

Enquanto isso na ala leste, estava Shoyo prestes a fugir pela janela do quarto, até ouvir a porta bater. Toc toc toc.

— Eu falei para você sair. - falou Shoyo para quem estiver do outro lado da porta.

— Não se preocupe querido, é só o Sugawara aqui. - falou a voz do outro lado da porta.

Shoyo tentou correr para esconder a corda de tecido que tinha feito para quem quer que seja não pode vê-la, a porta se abriu e entrou por ela uma mesa com rodas e em cima dela tinha um bule de chá.

— Ahh, como você é lindo, é um grande prazer conhecer-lo. - falou Sugawara se aproximando de Shoyo, e notou a corda de roupas do chão até a janela. - aiai, essa sua jornada é muito longa, deixe-me cuidar de você antes de ir, acredite mesmos os grandes problemas parecem menores depois de uma boa xícara de chá. - falou enchendo o Nishinoya com o chá. - devagar Nishinoya! - advertiu ao seu filho preocupado.

A xícara foi em direção a Shoyo, que a pegou e tomou um gole do chá que tinha na xícara.

— Hahahah, prazer em conhecê-lo. - falou Nishinoya bem animado para Shoyo que deu um de seus típicos e grandes sorrisos que deixaria qualquer pessoa mais animado. - Quer me ver fazendo um truque? - perguntou fazendo uma bolha de chá.

— Nishinoya. - alertou Sugawara para o filho. - foi um gesto muito corajoso que fez pelo seu pai querido. - comentou para Shoyo.

— Sim, nós todos achamos. - também comentou a Shimizu.

— Eu fico preocupado, ele nunca ficou sozinho. - falou Shoyo triste.

— Anime-se meu bem, no final tudo dará certo, se sentirá outra pessoa depois do jantar. - falou Sugawara tentando despreocupar Shoyo.

— Mas ele disse que ¨não jantar comigo não terá jantar algum¨. - repetiu Shoyo as palavras da fera.

— Hum, as pessoas dizem qualquer coisa com raiva, é escolha nossa dá ouvidos ou não. - falou Sugawara como se não fosse nada. - você vai vim meu bem? - perguntou indo em direção a saída do quarto.

— Vá. - disse Shimizu para Shoyo.

No entanto, em outro lugar do castelo especificamente na cozinha. Onde a maioria estava falando quase ao mesmo tempo, resumindo estava uma bagunça tudo.

— Estão vindo. - gritou Kuroo adentrando a cozinha para todos escutassem. - toques finais, atenção! Caprichem.

— Não podemos, se o Kageyama descobrir que deixamos ele comer, a culpa será minha. - falou Daichi desesperado para que parassem.

— A ideia é essa. - falou Kuroo debochado. - mas viu como ele a enfrentou? Eu sinto que ele é especial, Kageyama e ele precisam se apaixonar se quisermos ser humano de novo, e como vão se apaixonar se ele ficar no quarto? - perguntou como se não fosse nada. - Ei, Atsumo esqueceu este. - disse Kuroo indicando um prato sujo antes de pulando para a mesa com roda que estava passando.

— Ele nunca vai amá-lo. - disse Daichi triste para Kuroo.

— Um relógio quebrado só está certo duas vezes por dia. - comentou Kuroo pulando para uma mesa, ajeitando algumas taças, depois pulou para cima do fogão. - ohh, não tenho paladar mas tenho a certeza que está delicioso, chefe Osamu. - comentou para o fogão.

— Ei! Estou trabalhando. - reclamou Osamu por ter sido atrapalhado.

— Não muito alto, falem baixo. - ordenou Daichi.

— É claro, é claro, mais o que é um jantar sem um pouco de música? - perguntou Kuroo para Daichi antes de pular para fora da mesa.

— Música? - exclamou indignado Daichi.

— Maestro Tanaka. - chamou Kuroo saindo da cozinha e indo para a sala de jantar. - está pronto?

— Ohohah, já faz tanto tempo que eu não toco, quase não lembro como se faz. - disse Tanaka tentando tocar algumas teclas. - aiu, ah mais uma cari. - reclamou para si mesmo Tanaka.

— Maestro, sua esposa está lá, achando cada vez mais difícil ficar acordada, ela conta com você para nos ajudar a quebrar a maldição. - falou Kuroo tentando convencer o Tanaka.

— Então, vou tocar mesmo com dor de dente. - falou Tanaka convencido de que conseguiria.

— Maestro, baixinho ok? - falou Daichi.

— Hahaha, baixinho? Esta noite é claro, tem mais alguma exigência tola que deseja fazer a minha arte? - falou Tanaka debochando.

— Oh, não, só isso. - falou Daichi não muito convencido de que ele iria comprir.

— Chegamos querido. - falou Sugawara do outro lado da porta.

Dentro da sala de jantar Kuroo deu o sinal para se organizarem. Tim tim. Quando Shoyo entrou ele foi em direção a mesa e se sentou na ponta que possuía um prato.

— É com orgulho que o recebemos hoje. - falou Kuroo em cima da mesa. - hum hum, aqui. - sussurrou quando a luz do prato que Tsukishima estava segurando tinha indo em direção contrária. - e agora, nós queremos que relaxe. - falou para Shoyo na frente dele. - por favor acomode-se, pois a sala de jantar te deixa à…. Vontade. - falou Kuroo antes de começar a cantar - À vontade, à vontade; Prove a nossa qualidade; Ponha o guardanapo agora chérie; - Atsumo colocou o guardanapo no colo de Shoyo. - E sirva-se à vontade; - Atsumo ficou mostrando pratos para Shoyo escolher. - Soup du jour e os hors d´oeuvres; Veja se o serviço serve; - cantou estendendo um prato com comida para Shoyo. - É um serviço que tem vida; Observe se duvida; Tudo canta, tudo dança; Afinal aqui é a França; E a comida aqui é uma especialidade; Pegue o menu e veja e agora esteja em sua casa; - Shoyo pegou o menu para poder olhar o que tinha.

— Shhhhh. - fez Daichi para que Kuroo cante mais baixo.

— À vontade, à vontade; Bife ragout com um suflê; Vários pratos en flambé; -um prato de comida explode e um pedaço de peixe foi bater na cabeça do Daichi. - A comida é preparada; Especialmente pra você; Como vê; Só você é o nosso convidado; - cantou Kuroo indicando Shoyo - Sejam facas ou colheres, toda louça e os talheres; - garfos e colheres fizeram um trampolim com um guardanapo e Kuroo foi parar no lustre. - Todo mundo vai brincar, todos querem festejar.

— E a comida já chegou para alegrar.

Kuroo caiu na mesa e Daichi o ajudou a levantar.

— Vamos então brindar, pra te homenagear; E convidar; É verdade, fique muito à vontade; À vontade, à vontade, à vontade.

— Como a vida é triste se o serviço não existe; Não faz bem vivermos sem servir ninguém; Ah, como era bom; Nós sermos úteis; Hoje não servimos mais ninguém; - cantou Kuroo sendo dramático. - Vivemos sem dono; Já pensamos em abandono; - cantou puxando a toalha de mesa dramaticamente. - Sem o exercício pra nos manter em forma; - Atsumo levantou ele para a mesa. - Vagando e chorando pelos cantos; Já sem autoestima, você chega e nos anima! - falou cantando de felicidade.

— Veio alguém, veio alguém; Que chegou pro nosso bem; Já tem vinho e com carinho; Vou querer servir também; E depois da sobremesa; Eu vou por o chá na mesa; Vendo as xícaras dançando; Vou fervendo, borbulhando; - cantou Sugawara na cozinha. - Hoje não falta nada; Ah meu Deus, você manchou; - cantou limpando o Nishinoya. - Vou limpar não se admite coisa errada!; Eu tudo vou fazer para satisfazer, O convidado, convidado. - foi em direção a mesa e parando ao lado de Shoyo que deu um grande sorriso.

— Convidado.

— Convidado.

— Convidado.

— Convidado.

— Venham pratos, talher, tragam tudo que quiser; Há dez anos não servimos nenhum homem ou mulher; Hoje o nosso prazer, é só ver você comer; Nossas velas vão brilhando; Seu jantar vai te alegrando; Todos vão; Vão assim; Lhe servindo até o fim; Todo mundo na maior felicidade; Enquanto se festeja, por favor esteja à vontade; À vontade, à vontade, bem à vontade!

— Bolo? - ofereceu Kuroo estendendo um prato para Shoyo.

— Hahahaha. - Shoyo deu uma daquelas risadas contagiantes.