P.O.V. Elijah.

Ela chegou antes das outras líderes e veio falar comigo.

—Não precisa se apresentar, sei quem você é, o que você é e porque está aqui. Surpresa babaca, você tem uma filha duplicata. Volta pro lugar de onde você veio. Eu nunca precisei de você, nem nunca vou precisar, eu nunca quis você. Eu tenho vergonha de ser sua filha.

As outras líderes chegaram e elas começaram a treinar a coreografia nova.

—Arrasamos!

—Uau! Isso ficou demais.

—Vamos fazer o vídeo e mandar pra Reitoria. E daqui a gente vai pro Regionais! E de lá, temos tudo pra ir pro Nacional.

O treino só acabou ás dez horas da noite.

—Pronto. Acho que por hoje chega, mesma hora segunda. Vejo vocês na segunda.

Elas foram para o chuveiro e saíram de banho tomado.

—Ai, to morrendo de fome que tal saímos pra comer? Acho que a gente merece.

—Claro. Um hambúrguer.

—Com batata frita e refrigerante.

—Melhor. Bife e bolo.

Elas comeram num bar e depois cada uma voltou pra sua casa.

A casa dela ficava no meio do nada. Era uma casa clara e aberta.

Ela entrou na casa e trancou a porta. Então saiu no balcão, o balcão lembrava o balcão da história de Romeu e Julieta.

—Nós duas sabemos que você está ai fora. Sei que me seguiu o caminho todo até aqui, mas isso não vai fazer eu gostar de você ou mesmo te tolerar.

No dia seguinte ela só levantou lá pro meio dia.

E saiu pra correr.

—O que você quer?

—Como sabia que eu a seguia?

—Você deve saber que já virou modelo ultrapassado. Eu sou o Iphone 7 e você é a vitrola da minha avó Renné. Eu tenho poderes que estão muito, muito, muito além da sua mínima capacidade de compreensão. Eu matei a vadia Marshall e ela nem conseguiu reagir! É, pai, eu matei a sua vadia! E foi incrível. A híbrida, da realeza lobisomem caiu que nem um saco de carne ridículo. Porque era só o que ela era. Um saco de carne e sangue.

—Porque você mataria Hayley?

—Porque você a amava. Só por isso e você merece saber como é. Todos vocês merecem. Pelo que fez com a tia Elena, com a Tia Katherine, você a perseguiu, a caçou como um animal pela floresta. Tio Klaus chacinou a família dela só porque achou engraçado. Agora você começa a entender o porque de eu ter vergonha de ser sua filha. Você não me merece, não merece ser amado, merece apodrecer.

Ela correu tinha super velocidade. E eu nunca poderia prever o que ela faria a seguir.

Mas, consegui chegar até a casa. Ela deixou a porta aberta, abriu todas as portas e janelas.

—Dafne o que está fazendo?

—Porque você tinha que aparecer aqui? Isso é culpa sua! Sua culpa!

Ela começou a atirar coisas em mim.

—Eu te odeio! E eu me odeio por que eu te odeio! Eu me odeio por que sou parte da sua família imunda!

Dafne estava chorando de raiva, gritando de raiva, ela destruiu a casa inteira.

Ela fazia os objetos se moverem sem tocar neles. Ela quebrou todos os vidros da casa de uma vez. Eu me lembrei do ataque de Davina na igreja. Aquilo era brincadeira de criança comparado ao que Dafne estava fazendo.

A terra rachou a rachadura começou a engolir tudo.

Eu vi um vulto e logo o vulto parou ao meu lado. Outra duplicata.

—Não!

—Katerina.

—Você acha?

Perguntou ironicamente então seus pés saíram do chão e ela começou a flutuar ela foi até a casa que estava se desfazendo.

—Dafne querida! Eu sei que você ainda está ai. Dafne é a mamãe! Você está segura agora querida. Eu to aqui.

A casa parou de se desfazer. E os pés de Dafne voltaram para o chão.

Ela pareceu acordar.

—O que aconteceu? O que aconteceu com a nossa casa?

—Tudo bem querida, são só bens materiais podem ser substituídos. Você ta bem?

—To.

—Qual é a última coisa da qual se lembra?

—Uma visão. Eu vi que a Genevive ia trair a gente, dai pra frente é só um borrão. Que horas são?

—Duas da tarde.

—De que dia?

—Sábado.

—Sábado?! Eu perdi o treino!

—Vamos, vamos dormir na casa da vovó.

—Mas, eu sou a capitã! Não posso perder o treino!

—O que há com ela?

—Você? De onde você veio? O que você quer? Maldita Genevieve!

—Olha, vai indo pra casa da vó que eu já vou.

—Ta. Se ele tentar alguma coisa. Mate-o. Prazer em conhecê-lo papai.

Depois que Dafne saiu ela veio até mim.

—Ta fazendo o que aqui Diabo?!

—Porque Dafne não se lembra de ter me conhecido? De ter estado no treino de torcida?

—Você tava lá?

—Sim.

—O que mais ela fez?

—Me chamou de um monte de coisa, chamou minha família de um monte de coisa e ela matou a Hayley.

—Ai Meu Deus! Está ficando pior. Dafne não matou a Hayley, a Fênix matou a Hayley.

—Fênix?

—Veja bem, a nossa linda filhinha é mais poderosa do que qualquer outra bruxa, vampiro ou híbrido que exista no mundo. Entretanto, parte de seus poderes está localizada na parte inconsciente de seu cérebro. Quando a Dafne era criança eu contratei um bruxo amigo meu pra fazer um feitiço, é como se fossem várias barreiras para separar a parte inconsciente da parte consciente e como a magia sempre acaba cobrando um preço, o preço é que como resultado final do feitiço a Dafne desenvolveu uma dupla personalidade que nas sessões de terapia se auto-intitulava a Fênix Negra, um ser puramente instintivo, feito de desejos reprimidos, alegria e principalmente... fúria. Uma fúria implacável.

—Ela sabe?

—Não. Mas, acho que tá na hora de dizer a verdade. Mas, não vamos falar nada sobre a Marshall tá? Ela não tinha controle, não sabia o que estava fazendo.

—Como ela sabia sobre mim? Sobre Hayley, sobre tudo?

—Dafne sabe tudo o que eu sei. Ela viu Elijah como se estivesse lá, é a maldição da telepatia.

—Telepatia? Ela lê mentes?

—Assim como eu e o meu pai. Cada geração mais potente do que a anterior. Bora lá. Me acompanhe, se puder.

Ela me deu um sorrisinho desafiador e saiu correndo usando a super velocidade.