O Segredo de John. O Herdeiro dos Black

Pedindo desculpas e descobrindo culpas


Eu estava sendo ridículo! – Repetiu John á Harry.

—Por quê? – Perguntou.

—Eu não sei por que, mas eu estava um ciúmes maldito de você!

—Eu não entendo por que... – Falou Harry,

—Quando encontrei você pela primeira vez no Caldeirão Furado... Todos murmuravam e cochichavam sobre você! Não entendia porque um garoto que viveu com os tios “trouxas” – Faz aspas com os dedos. – Era uma lenda bruxa. Não entendia porque alguém que mal sabia o que era magia pode se tornar Apanhador da Grifinória no 1º ano, nem enfrentar Voldemort ou enfrentar e matar um Basilisco, criar um Patrono Corpóreo para fugir de dementadores ou enfrentar o Torneio Tribruxo e sair vivo, com a glória eterna! Eu estava sendo invejoso o tempo todo...

—Invejoso?

—Acho que foi o ódio que acumulei todo esse tempo da Dona Macullem que escondeu tudo de mim. Acho que fiquei com inveja de você querer respostas e sempre achar... Enquanto á mim... Apenas com 15 anos tive as respostas que queria. Eu entendo se tiver raiva de mim... – John abaixou a cabeça. – Talvez por você, ser uma parte principal no mundo bruxo... Eu quis ser melhor que você... Mas nem pra ser sorte de alguém, eu sirvo... Eu juro que se eu estivesse lá na arquibancada, Diggory não teria morrido...

—Voldemort mandou mata-lo... Isso não teve nada á ver com você... – Falava Harry. – Diggory acreditava porque era bom...

—Nem pra fazer nada eu presto... – Falou John. – Até Maryle, até aquela Sonserina ajudou em alguma coisa, depois teve a aluna de Beauxbatons que viu para onde iam com você... Eu ainda me sinto um inútil!

—Não se preocupe John... Você ainda vai ser útil em algo... Mas só pra você saber... Eu não queria enfrentar tudo o que enfrentei... Apenas queria ficar com Sirius, viver em paz... Ou com meus pais!

—Até a minha mãe se decepcionou comigo... Eu caí na Lufa-Lufa, não enfrentei nada de mais, nem pra aprontar eu sirvo... Eu... Eu só queria ser o centro das atenções uma vez... Por que... Porque eu adoraria! Eu nunca fui visto como alguém por anos... Por isso eu tive inveja de você! Você poderia me desculpar?

—Aan... Claro... – Falou Harry apertando as mãos de John. – Você tem sorte de ser filho de Sirius... Peno menos os seus pais ainda estão vivos...

—Com certeza! – Falou John. – Acho que seus pais iam ter muito orgulho de você!

—Sirius e Julia também devem ter orgulho de você!

—Orgulho de mim? Por eu ser um Lufano e desgraçar a família Black e Lueffe? Por eu ser um certinho que não tem nada á ver com os pais? – Harry suspirou.

—Talvez por estar vivo! – John o olhou. – Sabe, acho que eu não sou o único órfão... Sabe aquela Sonserina? Maryle? Os pais dela, também morreram e nem por isso ela sente inveja dos outros, ou sai discutido com eles... Mas você pensava que seus pais estavam mortos... Aí ela foi mandada para a casa da prima da irmã dela... Não acha isso muito comum?

—Acho mais...

—Não precisa ficar com vergonha... Afinal, sua vida teve ter tido seus motivos...

—Não estou com vergonha... Apenas estou me sentindo muito culpado pelo que fiz... – Ele abraçou Harry. – Desculpe-me!

—Está desculpado... Mas não devia ser tão egoísta... Foi egoísmo de sua parte, egoísmo de seu interior...

—Você acha? Eu...

—Eu achava que você queria no máximo...

—Eu queria me juntar á vocês, e assim... Ficar muito querido em Hogwarts...

—Você estava com inveja de mim? Por Deus John... Eu jamais tive inveja de você eu...

—Nem notava que eu existia... – Falou John cabisbaixo.

—Sim... Mas...

—Harry, eu... Eu me sinto inútil... – Falou. – Eu... Nunca fiz nada de bom... Fui abandonado... Ou “protegido”. – Fez aspas, um pouco deprimido. – Mas se quer saber, eu era obrigado á limpar o orfanato, obrigado a obedecer a Dona Macullem sem saber de nada, sem poder saber do meu passado. Eu levava pedradas e vassouradas, socos e murros... Eu era judiado até o último segundo dos meus 11 anos... Depois de passar quatro anos com a família Zafre, eles me deixaram pra morrer... Á base da sorte... Enquanto á você? Estava protegido por todos os professores, eu tive inveja sim... Mas eu não sei por quê...

—Sim, foi horrível... – Falou Harry engolindo algo preso na garganta de repente. – Eu vivi com os Durleys e ainda assim me sentia um nada...

—Eu ainda me sinto nada... – Harry colocou a mão no ombro de John.

— Escute Johnny... Posso te chamar assim? – Ele acenou positivamente.

—Meu nome é esse mesmo. Foi o que minha mãe e Sirius deram pra mim.

—Porque não chama Sirius de pai?

—Eu ainda não o considero! Eu o vejo bem...

—Bem?

—Sirius é o meu pai... Assim diz Julia! – Falava John. – Mas por algum motivo, eu vejo que Sirius não é um bom pai... – Harry o ignorou. – Ele adora você! E o protege demais... Assim fica difícil saber quem é filho e quem é pai... – Ele sorriu.

—Escute Johnny, eu não gostaria que você ficasse com raiva nem inveja de mim... Eu apenas queria o seu sorriso, queria que você fosse feliz... Julia é... Aan... Eu ainda não a conheço, mas dá pra ver que ela te protege com unhas e dentes... Ela é louca, não é?

—Talvez...

—Mas, você também terá suas aventuras... E contará para os seus filhos! – Ele sorriu. – Se você quiser, quando voltarmos á Hogwarts, poderemos sim, ter uma enorme aventura... Acho que sei por que está assim!

John deu um pulo.

—Você não tinha amigos... Digo você não tem amigos!

—É isso aí! – Ele falou deprimido.

—Agora eu sei o que você tem... Mas, agora como somos da mesma família... As portas da aventura, ainda estão abertas para vocês...

Assim os dois foram se juntar aos demais.

Então depois de se juntar aos demais, eles começaram á esvaziar os armários com portas de vidro durante a tarde. É exigia muita concentração, pois os objetos se debatiam e se relutavam.

Após um grande tempo trabalhando, cederam um pouco, foi aí que Julia apareceu com Manuela todas afobadas. O jantar prometia ser mais do que trabalhoso.

—Julia? – Perguntou Sirius a recebendo com um abraço. – Marrumada? Onde estavam?

—MARRUMADA SUA MÃE SIRIUSLITE!

—Aah! – Ele sorriu. – Onde estavam?

—Você sabia que Ísis anda com Comensais?

—E que Sophie tem uma filha?

—E que Régulos matou Melany?

—Melany? – Perguntou Molly.

—É a gêmea da Melody! – Respondeu Julia.

—E quem obrigou Pedro Pettigrew á contar tudo ao Lord das Trevas foi Ísis?

—E que Kathellen marcou Ísis para não deixar o filho dela, o Paul morrer?

—Descobrimos tanta coisa que você nem sabe... – Falou Manuela. – E até as piores coisas que eu pude imaginar... – Manuela olhou para Remo. – Como pode devorar os nossos filhos?

Todos olharam para Remo, que estava paralisado.

—COMO PODE REMO JOÃO LUPIN?

—Manuela... – Ele parecia desesperado. – Eu... Eu posso explicar... Eu...

—E ainda quer casar novamente comigo... – Ela abaixou a cabeça. – Wouh... Isso dói e muito!

Dizendo isso ela saiu. E Julia deu um pulo dizendo.

—Eu tenho uma história nova pra contar...

—Como pode pensar em histórias quando sua irmã está depressiva? – Perguntou Tonks.

—Porque em briga de Remo e Manuela, eu viro tagarela e ferro todo MUNDO! Então contar histórias é o melhor á se fazer...