Dois

O tremor é o sinal que estava esperando para começar a minha parte do plano.

Pisco duas vezes para ativar a minha lente de contato loriena e começo a desativar o sistema de defesa da minha jaula, é um mecanismo bastante avançado. Geralmente eu consigo desativar aparelhos terráqueos imediatamente. Depois de dez segundos a barreira protetora azul começa a tremer parece que está falhando e some.

Comemoro em silêncio e antes de sair já começo a desativar a jaula da Chimera tartaruga na minha frente. Se terei dez segundos para desativar todas essas celas então terei que ser rápida e algo me diz que mesmo com os dois Adams atacando eles eu não conseguirei ficar totalmente sozinha sem receber fogo inimigo nesse tempo todo dos mogs. Demoro um pouco menos e finalmente libero a tartaruga.

Imaginei que o animal iria sair de lá se transformando em um dragão furioso devastando tudo ao seu redor, mas ao invés disso ele ficou me olhando e não parece estar muito a fim de sair. Droga, devem ter dado algum tipo de calmante para as elas não ficassem tão arisca.

Ele sai como uma lagartixa e lambe a cara da tartaruga, estão se comunicando. Mesmo que ela não possa se transformar em uma fera violenta, a tartaruga vira uma joaninha e vem na minha direção. Ela passeia pelo meu rosto e tenho que me segurar para não rir, pois sinto um pouco de cócegas e em seguida se esconde no meu bolso do casaco.

Areal e eu ficamos nos olhando. Parece que seremos só nos dois então, torço para que alguma das Chimeras não estejam tão dopadas desse jeito.

Engatinho para fora da cela e sinto minhas juntas doerem por causa da posição em que estive presa por tanto tempo. Ao colocar minha cabeça para fora noto um corredor estreito, mas devem haver mais umas 20 jaulas. Torço para que todas as Chimeras estejam aqui e estejam bem, sei que não deveriam ter iniciado nenhum tipo de procedimento nelas pelo que Adam falou, mas ao ouvir a voz daquele cientista asqueroso eu tenho minhas dúvidas.

— Ei! – ouço a voz estridente de um mogadoriano falar. Ele está berrando para mim apontando um canhão com seus dentes afiados já amostra. – Como saiu da sua cela aberração?

Não estou com tempo para ficar perdendo e nem sequer quero dar uma explicação para um ser desprezível como esse. Deixo uma sensação de calor começar a subir pelos meus olhos e eles a brilhar é familiar essa sensação de poder que eu sinto. Eu deixo os raios saírem.

Os feixes são liberados e atingem o mogadoriano o jogando longe até acertar na parede e perfurando o esterno dele. O mog grita e em seguida se dissolve em cinzas deixando canhão cair no chão sem ao menos deixa-lo próximo a tentar carrega-lo.

Acho que os animais perceberam que está havendo alguma coisa dentro da instalação porque agora eles começam a fazer vários barulhos diferentes. São diversos sons diferentes, latidos, miados, piados, guinchos, enfim, eu olho para Areal e ele assume a forma de um lobo gigante e caminha por entre as celas e solta um uivo suave que faz todos se calarem.

Consigo sair agora da minha jaula usando meus braços para fazer impulso e rolo para o corredor. Ouço o barulho de duas vozes vindo na minha direção e engatinho até o monte de cinzas do mog que eu acabei de matar e uso minha telecinese para puxar o canhão dele até minhas mãos.

Os dois mogs que descem pelo corredor estão armados com adagas e avançam como feras para cima de mim. Areal pula em cima de um deles e abocanha o pescoço dele. O mogadoriano solta um grito desesperado enquanto se debate com a morte eminente. Eu aperto o gatilho do canhão e ele começa a aquecer e um brilho luminoso começa a surgir e quando o mog está há alguns metros de mim uma luz ofuscante azul sai dele e atravessa a barriga do meu inimigo.

O mogadoriano cai para o lado de uma cela onde ouço um ronronar de um gato raivoso como se a Chimera quisesse ataca-lo e matar o mog mesmo que ele já fosse morrer de qualquer maneira – talvez ainda tenhamos algumas que não estejam completamente dopadas – o mogadoriano então se desfaz em cinzas.

Tento me levantar agora depois de toda essa confusão, decido levar o canhão mogadoriano só por precaução e o prendo em minha calça usando a corda que usaram para me amarrar. Me aproximo da cela mais próxima que estava do lado da minha e vejo que o animal está me observando no escuro e não consigo distingui-lo. Uso minhas lentes para começar a desativar a cela e Areal meu intérprete Chimera se aproxima.

O animal é uma coruja, bastante grande para falar a verdade. Não deve ser uma coruja comum, quando eu tiver tempo pesquisarei essa raça. O animal está meio cambaleante e então assume a forma de uma mariposa e voa até meu bolso também, no mesmo em que está a joaninha.

Quando eu libero o gato que ronronou raivoso para o mogadoriano eu o vejo se aproximar das cinzas e começar a urinar feliz no montinho que o alien deixou ao ser morto e fico perplexa pela perversidade do bichano.

— Você está bom para ser o animal do Nove ou da Um... – murmuro comigo mesma.

Nove

Os outros vão me matar! Sabia que estava esquecendo uma coisa, e só me lembrei quando ouvi o tremor que Andrian mandou. Esqueci o sinalizador para Conrad disparar contra a base mogadoriana. Agora eu terei que improvisar.

Tento procurar pelo monte de cinzas mogadoriana, mas o idiota do binóculo não tinha um canhão. Tenho vontade de me socar pela minha borrice, pelo pela escada e vejo se o cara que estava dormindo não tinha um e também não. Será que é tão difícil encontrar um mog armado hoje em dia?

Decido ser mais abusado e saio da torre de vigilância deles e andar pela parte exterior da base. Procuro descaradamente por alguém, mas aparentemente os meus amigos mogadorianos do bem estão atraindo toda a atenção para eles e ninguém está na parte externa da base. Estou ficando irritado já com isso, estou na parte B da missão B, já é sacanagem.

— Ei mog-bundões! To afim de lutar! – berro em plenos pulmões, não é possível que não tenha um mogadoriano em toda a parte externa da base.

Fico em pé no meio da base fingindo estar checando um relógio imaginário sarcasticamente até que aparece um esquadrão mogadoriano sendo guiado por um soldado mog que deve ter pelo menos uns 2 metros e 10. Esse cara iria fazer um estrago na liga de baquete dos humanos, junto com ele dois mogadorianos com canhões e mais um grupo com espadas e adagas. O mog carregava uma espada gigante negra que lembrava vagamente a espada de Adam e a carecona feia dele era cheia de tatuagens estilizadas.

— Até que enfim! – falo dando um sorriso largo de alegria, estou realmente feliz por ter ação. – Achei que iria ficar esperando a noite toda.

— Estamos com uma infestação de ratos de Lorien, rapazes! – o mogadoriano grandão vocifera para os seus subordinados, presumo que ele seja o líder.

Os mogadorianos ligam os canhões e vejo o brilho azul da morte se preparando para sair deles. Dois disparos são lançados, um de cada arma e vem ferozes para me matar.

Isso é perfeito!

Puxo o cano prateado do meu bolso e o aciono. Ele começa a se expandir até chegar à altura de mais ou menos um metro e meio de metal lorieno avermelhado e mortal, preparo meus pés para o impacto e consigo rebater o primeiro disparo para cima que começa a voar em direção ao céu como um cometa invertido. Enquanto ao segundo dispara, uso minha telecinese para pará-lo no ar e fico sorrindo para o mogadoriano, uso minha telecinese para empurrá-lo de volta contra o mog que o disparou em mim.

Ele fica parado observando o disparo ir acertá-lo como um idiota, mas antes que pudesse ser atingido o grandalhão desembainha a espada e bloqueia o disparo com ela. Um mogadoriano que protege seus subordinados, isso é novidade para mim.

— Gostei de você grandão! – eu digo estalando o pescoço e me preparando para o combate.

O mogadoriano me olha com uma cara séria de um jeito frio, claro. Mogs não se divertem lutando, esqueci que são programados para isso, mas eu quero espancar esse grandalhão aí. Só que mogs não lutam justo e os bundões que ajudam eles vão ficar atrapalhando, vou ter que me livrar deles primeiro.

— Calado seu verme. – ele rosna para mim e faz um sinal para os outros me atacarem.

O esquadrão mogadoriano avança cima de mim com todos os soldados com espadas e adagas na frente e os dois com os canhões atrás. Vou ter que me contentar em aquecer com os fraquinhos antes de pegar o peixe grande.

Antes que o choque de armas comece o meu plano parece que deu certo. Um bombardeio explode a torre de vigilância e os mogadorianos param espantados sem prestar atenção em mim. Até que Conrad sabe entender quando nós temos que improvisar. Aproveito esse momento e pego o meu colar com pedras verdes e o arremesso bem de baixo das pernas dos mogadorianos, está na hora do show.

Os mogs olham para elas atônitos sem perceber o que significam até ser tarde demais. As pedras começam a girar lentamente e depois mais rápido até formar um buraco negro que começa a sugar todos os mogadorianos próximos a ela. O mog grandalhão berra para que se afastem, mas até ele sente dificuldades para conseguir se manter de pé, para falar a verdade, estou fazendo esforço para conseguir me manter seguro também.

Quando vejo que todos os subordinados já foram sugados e que mesmo usando minha telecinese para me manter sob o solo não estou mais conseguindo me manter estalos os dedos e o colar expulsa tudo que sugou fazendo chover uma nuvem de poeira e adagas mogadorianas para todos os lados. Tive que me jogar no chão para não ser atingido e por pouco um canhão não acerta minha cabeça, se não fosse minha telecinese eu estaria perdido.

Ouço o mogadoriano grandalhão urrar de raiva e vejo que tem uma adaga de um subordinado abatido cravada em seu ombro direito que ele nem parece notar.

— Opa, acho que isso deveria ser do seu namorado! – eu debocho me levantando e coloco o meu cajado em posição de combate. – Agora somos nós dois.

O mogadoriano cospe no chão. Ele nem parece se importar comigo, não quer me desafiar e isso só me empolga mais, porque eu quero derrotar esse cara. Quero vê-lo virar poeira e saber quer fui eu que o derrotei.

Avanço contra ele usando toda minha velocidade e o mogadoriano nem saiu do lugar ainda. Ele pega a espada e desenha um arco no ar com ela me bloqueando exatamente no lugar onde eu iria acertá-lo com meu cajado. Nossos golpes soltam faíscas quando se acertam. E ficamos nos encarando por alguns momentos, tento usar mais força no golpe para fazê-lo reagir, mas a força desse cara é fenomenal e ele nem sequer se mexe.

— Amigão, o que você é? – eu pergunto incrédulo. – Ta comendo muita papinha de pinken?

Uso minha telecinese para afastar a espada do meu cajado e me movo com destreza em volta dele, dou um salto sobre sua cabeça e movo meu bastão com um golpe em noventa graus para acertar seu pescoço. O mogadoriano rola para o lado em uma velocidade incrível e me bloqueia novamente e acerto um golpe de telecinese em seu rosto. Fazendo-o recuar alguns centímetros para trás.

Movo-me de novo para ataca-lo e agora ele acerta com o cabo da espada na barriga e soco no rosto que me faz voar no chão. Fico zonzo e só tenho tempo para rolar para o lado quando o vejo urrar e cravar a espada no chão fazendo surgir uma rachadura onde estava com a sua espada gigantesca.

Esse cara é um monstro, não sei como ele faz isso, mas a força dele é muito grande. Eu preciso derrota-lo. Uso meu cajado para ficar de pé e cuspo sangue enquanto ele usa o pé para tirar a espada cravada do chão. Dessa vez nenhum de nós está sorrindo.

Corro para cima do mogadoriano e ele também faz o mesmo. Ouço outro barulho de um míssil sendo acertado em algum lugar próximo, certamente Conrad está se divertindo do jeito dele. Dou um grito de guerra indo para cima do mogadoriano e sinto o vento levantar meu cabelo selvagem e ouço ele fazer o mesmo.

O mogadoriano move a espada gigantesca em uma estocada que certamente poderia me atravessar ao meio se eu pudesse ser atingido por ela. Uso minha telecinese na espada para reduzir a velocidade do ataque e salto sobre ela. O mog fica me olhando sem muita reação enquanto corro pela sua arma que passa ainda pelo ar e salto de novo com o cajado levantado.

Flexiono os meus braços e solto um berro. Cravo o meu cajado na cabeça do mogadoriano e uso toda minha força do ataque, sinto o meu golpe atravessar toda a carne mog e sair do outro lado. Eu largo o cajado e me afasto um pouco. O golpe entrou no olho dele saiu no final das costas dele.

O mog ainda está vivo e me olha tentando se aproximar para continuar lutando, isso me deixa um pouco chocado. Não esperava esse tipo de atitude dele. Ele quer me vencer, já está morto. Sinto respeito por esse mogadoriano. Uso minha telecinese e trago o canhão de um dos subordinados mortos até mim e disparo no peito dele. Só ouço a enorme espada cair no chão.

Adam

Os disparos de Andrian não param em nenhum minuto. Cada mogadoriano novo que parece ele acerta em seu peito com uma precisão invejável, até mesmo eu que tenho uma boa precisão fico admirado, fico imaginando quando irei conseguir atirar assim que nem ele, sem falar do Legado. Por mais que para ter esse poder tenha sido preciso a Um morrer. É incrível isso poder fazer tudo tremer só de pisar no chão ou socar.

Somos cercados e Andrian dá um tapa na parede fazendo uma viga ceder em cima dos de um grupo de mog que nos perseguia. Ela parte o grupo de mogadorianos ao meio e os faz cair para o fundo da base, provavelmente, na parte mais inferior dela.

Estamos tentando chegar até o local onde ouvimos a explosão, lá será a nossa saída. Se tudo ocorrer bem, mas como estamos com a Garde, nada ocorre conforme o plano então certamente não iremos fazer as coisas desse jeito.

— Sutekh! – ouço a voz de Droccus berrar atrás de nós e em seguida vários tiros.

Somos alvejados por uma saraivada de balas de canhões que nos obriga a correr e nos jogar atrás de uma das portas mais próximas enquanto sacamos nossas próprias armas e nos preparamos para revidar o fogo inimigo.

— Você sabe como arranjar belos fãs! – Andrian fala de me maneira sarcástica e coloca a cabeça para fora.

Dois disparos quase o acertam, mas ele consegue se jogar para dentro da base antes que pudesse ser atingido e dá dois disparos às cegas torcendo para acertar alguém. Consigo ver o grupo de Droccus na posição que estou do meu lado da porta são 6 mogadorianos todos encolhidos na rampa armados.

Disparo três vezes com minha arma e duas vezes acerto o corrimão de descida da rampa, no terceiro disparo eu consigo acertar de raspão a cabeça de um nascido artificialmente. Acho que ele chega até a gritar. Isso é bastante pouco e estamos encurralados nessa situação.

— Eu acho que tenho um charme encantador, deve ser coisa de Adam! – falo da mesma maneira sarcástica olhando para ele.

Nós dois ficamos nos encarando e viramos ao mesmo tempo para a porta e começamos a atirar juntos. A equipe de Droccus aproveita para tentar nos matar, os tiros quase me acertam só que perfuram a parte de trás do meu sobretudo. Andrian envia um abalo sísmico exclusivo somente naquela direção e a rampa onde eles estavam se escondendo para atirar em nós começa a desabar. Aproveito essa oportunidade e abro fogo com minhas duas armas, abato dois nascidos artificias com tiros na testa e continuo atirando até que fico sem balas.

Droccus abre fogo contra mim e sou obrigado a me jogar contra o chão e correr engatinhando procurando abrigo entre as grades para bloquear as balas. Outro tremor acontece e ouço um barulho de metal sendo rompido e em seguida quando me levanto vejo a rampa caindo para o abismo da base se chocando contra os vários andares abaixo se prendendo no em algum. Para o nosso azar Droccus conseguiu sobreviver, ele conseguiu se jogar para fora da rampa antes que ela caísse.

— Isso ainda não acabou! – ele vocifera para mim, acho que vai tentar saltar para o meu lado e por um momento quero que faça isso. Irei mata-lo com minha espada assim como fiz com Ackbar.

— Temos que ir, Adam. – Andrian me intervém colocando a mão em meu braço e me puxando para perto da outra rampa. – Precisamos encontrar Dois e Nove e dar o fora daqui com a Chimera.

Infelizmente eu concordo com ele, dou as costas para Droccus. E começamos a descer pela rampa seguindo pelos corredores estreitos. Acho que com todas os tremores e os bombardeios os mogadorianos ainda não sabem para onde focar seus ataques. Nosso plano está dando certo, espero que continue assim pelo menos até Droccus conseguir chegar há um comunicador, não terá como eles saberem nada do nosso plano de ataque.

Quando descemos pelo segundo andar seguido pela rampa vejo que uma porta está começando a ser aberta e chuto-a com força. Um urro é ouvido por nós e vejo uma mão pálida presa se debatendo. Andrian a explode com sua arma enquanto eu puxo uma granada, nós nos olhamos e ficamos preparados mentalmente para o que teremos que fazer.

Ele bate com a mão na porta e envia uma onde sísmica para dentro do corredor, provavelmente jogando todos que estão lá dentro no chão. Eu puxo o pino e abro a porta, tem seis mogadorianos e 1 kraull caído no chão, estão tentando se levantar, mas eu arremesso a granada e fecho a porta antes que consigam fazer qualquer coisa e fecho. Seguramos a porta de ferro e ouvimos o Bum da explosão.

Continuamos a percorrer o caminho sem nos preocuparmos com os inimigos, sabemos o que aconteceu com todos eles. Estão mortos. O meu povo e eu os trai, agora não tem mais volta, e irei continuar com isso até o fim, tenho que sair daqui com os outros. Com o meu povo e o de Andrian agora.

Chegamos até rampa que ele fez desabar com um tremor. Ela está impedindo o caminho para passarmos e meu corpo estremece, isso é péssimo. Não temos como sair e provavelmente teremos que enfrentar uma equipe de mogadorianos prontas para nos atacar daqui a pouco.

— E agora? – pergunto berrando para Andria, estou prestes a sugerir que ele mande um tremor para tentar derrubar essa coisa enquanto procuro desesperadamente por mais alguma granada.

A rampa começa a ficar vermelha na nossa frente e depois a abrir um buraco nela. Isso não é algo normal, é preciso um calor extremo ou um raio muito poderoso para abrir um rombo desse tamanho numa estrutura de metal dessas. Estamos os dois perplexos, de repente a estrutura é partida ao meio.

Onde outrora havia a estrutura agora está uma garota de cabelos ruivos cacheados com um casaco rosa, ela tem alguns machucados e percebo que está protegendo com as mãos de maneira excessiva as regiões dos bolsos do casaco. Estão a seguindo um lobo gigante de olhos dourados e um tigre um pouco fora de forma, por cima dela passa um falcão que pousa numa grade próxima de nós.

— Oi gente! – a número Dois fala e posso ver que ela está aliviada em nos encontrar, a recíproca é mútua. Ainda mais por ter encontrado as Chimeras.

— Só duas? – Andrian pergunta já ficando pálido de preocupação. – O que aconteceu com as outras?

Também fico preocupado. Nos arriscarmos desse jeito por duas Chimeras? Tudo bem que serão de grande valia, mas estamos quase nos matando e eu acabei de destruir toda minha reputação aqui para isso. Maggie nos olha de e sorri, acho que deve ter algo relacionado com seus bolsos que está protegendo com tanto cuidado.

— Estão dormindo. – ela coloca o dedo no lábio como se quisesse que fizéssemos silêncio. – Tem mais cinco comigo.

— Cinco! – gritamos ao mesmo tempo.

Por sete Chimeras realmente essa missão valeu a pena. Agora precisamos achar o Nove, nosso garoto de fuga com o barco e darmos no pé dessa base para nunca mais voltarmos. Só nos restar saber para onde seguirmos, isto eu deixei a cargo de Andrian

Ouvimos barulhos de tiros e gritos de mogadorianos, em seguida urros de do que parece ser um piken. Nós nos olhamos, a resposta parece ser óbvia de onde devemos seguir. O andar de baixo está havendo um combate e onde tem um combate muito provavelmente está a nossa equipe de demolição ambulante da Garde chamado de Nove.