Ele sorriu e confessou:

–Já sabia!

–Como? perguntou ela absolutamente surpresa.

–Ora eu fiquei todos esses anos escondido mas tinha acesso a informações de sua família, sempre soube tudo sobre vocês!

–Então esteve por perto o tempo todo?

–Mais ou menos isso.

–E em nenhum momento pensou em me dar um sinal?

–Eu não podia, fiquei esses anos todos esperando que o Conrad caísse!

–Tem noção do quanto a culpa me corroeu, ou de quanto me doeu saber que tinha morrido, quantas vezes visitei seu túmulo? ela pergunta praticamente gritando e com as lágrimas já escorrendo sobre sua face, ele sente uma ponta de remorso, jamais desejou faze-la sofrer mas aquilo foi necessário e após segundos de reflexão falou:

–Sinto muito mesmo por seu sofrimento Victória, odeio vê-la assim mas já havia perdido tudo por nós dois uma vez e não poderia me dar ao luxo de correr riscos novamente!

Ela se contraiu e deixou um gemido abafado escapar, ele tinha razão era muito egoísmo de sua parte lhe exigir alguma coisa depois de ter ajudado Conrad a destruir sua vida, ele se aproximou secou suas lágrimas e a pegou pela mão a convidando para sentar afinal a conversa deles mal havia começado, sentaram ela respirou fundo procurando se acalmar e perguntou como ele sobreviveu e como viveu durante tanto tempo, ele explicou tudo detalhadamente e depois afirmou:

_Tem algo que preciso te contar!

–Oque?

–Conrad está morto!

–Como assim? pergunta ela totalmente surpresa.

–Ele morreu após fugir da cadeia.

–Morreu como?

–Eu o matei, exatamente da mesma maneira que ele mandou Gordon Murphy me matar anos atrás! revela ele soturno mas sem demonstrar a mínima culpa.