Capítulo 9- Minha intuição não costuma falhar.

POV. Ágda

—Não me deixes agora, Loki.- eu sussurrava entre dentes pelo esforço.

O veneno usado em Lok se espalhava rápido pelo organismo e fazia a vítima arder em febre. Consegui estabilizar e o veneno estava mais lento, mas a febre não diminuia e Loki delirante, começava a resmungar coisas desconexas.

— Thor...Thor me perdoe. – falava com esforço.

Terminei de passar um pano por sua testa e deixei que Thor entrasse.

—Como ele está? – perguntou sem me olhar, sentando-se ao lado do irmão

—Com febre e delirando, a verdade é que depende dele. – encarei o rosto pálido. – Vai levar mais algum tempo até a maçã sagrada chegar e até la, vai da vontade dele de viver.

—Ele é o Deus da trapaça, não vai se entregar para a Morte tão fácil.- dizia mais para si mesmo do que para mim.

O moreno pareceu reconhecer a voz e voltou a balbuciar.

—Thor...Thor, eu tentei.- Os olhos abriram, mas não conseguiam focar.- Eu tentei me redimir, por Frigga, eu-

—Descanse irmão.

— Eu sinto muito, por Frigga... quer-queria salva-la...- sua voz mais ofegante não era bom sinal. – Eu sinto...por ter ... ter demorado tanto para fazer o certo.

— É preciso esquecer isso.-Thor segurava sua mão .- esqueça tudo, já ficou para trás.

Voltei a passar o pano por sua testa, enquanto Thor ainda falava com o irmão.

— ..Vamos esquecer todos os mal-entendidos, você é a única familia que me resta Loki, vamos recuperar o tempo perdido quando acordar. Por favor, não me deixes irmão, não me deixe sozinho no mundo.

Klaus apareceu carregando a maçã sagrada, e pedi a ele que retirasse Thor, precisaria de concentração para extrair o veneno.

Sozinha novamente, pousei minha mão no rosto suado de Loki.

—Não nos deixe príncipe, minha intuição me diz que ainda temos assuntos inacabados,- ergui as mangas do meu vestido me preparando.- que ainda vamos dançar, sorrir, e talvez você trapacei algumas vezes, mas não me deixe agora principe e sou capaz de criar um país por ti.
...

Horas mais tarde eu agradecia internamente por minha intuição nunca falhar, estava exausta, mas o príncipe de Asgard ficaria bem.

—Não entendo o porquê você se esforçou para salva-lo.- resmungava Klaus jogado em uma das minhas poltronas.

—Ele salvou minha vida.

— Não foi só por isso.

Klaus estava desconfiado e era inútil tentar esconder algo do meu melhor amigo

—É a sensação, o borbulhar...Minha intuição disse que precisava salva-lo.- O loiro me olhava cético.- É como sei que algo vai acontecer. Olho para Loki e sei que tem alguma coisa para acontecer ainda entre nós.

Klaus deu risada e levantou para sair do quarto, mas parou no meio do caminh

—Logo o Deus da trapaça? Não dava para guardar essas borbulhas para um sujeito normal? – Ele tentava soar indignado , mas estava zombando de mim

—Você sentiria ciúmes igual.- respondi entrando na brincadeira, mas Klaus já tinha saído.

Já era tarde da noite, quando sai do meu quarto em direção ao quarto onde Loki que estava dormindo.Deixei minha mão descer pelo seu rosto, de repente olhos verdes me encaravam e sua mão segurou meu pulso no lugar.

—Então sua intuição diz que temos assuntos inacabados?- Falou com um sorriso de canto, Loki puxou minha mão até sua boca e deu um beijo casto na minha palma. – Fale mais sobre aquela parte de dançar e construir um país por mim.

—Você estava delirando de febre.- tirei minha mão do seu rosto.Ele riu divertido.

—Depois de uma quase morte não precisamos fingir que você não está atraida por mim.- Tinha um olhar malicioso e parecia se divertir as minhas custas.

—Você que está.- Respondi e acabei surpreendida pela resposta.

— E se estiver?