O Pesadelo
O ódio da família
Tammy chega à casa junto com seu namorado Paulo, eles são recebidos por Viviane e levados até o quintal. Narayani e Freddy ficam brincando com alguns bonecos sentados no chão.
Hélio avisa sobre o churrasco estar pronto e leva as carnes e linguiças para mesa, Felipe os observa da janela do quarto com um olhar triste, uma lágrima escorre pelo seu rosto. Aline põe o prato de comida e senta-se a mesa, Cláudia senta-se ao seu lado.
- E então, como está o namorado? – Pergunta Cláudia.
- O Gabriel? Ele está bem – Diz Aline – Deve vir pra cá amanhã.
- Filha quer mais carne? – Pergunta Viviane.
- Não, obrigada! – Responde Aline, num tom alto para Viviane ouvir.
- Eu vou chamá-lo – Diz Viviane, para Hélio.
- Não! – Ele a impede com o cotovelo – Deixe-o lá! Não quero que ele estrague esse momento!
- Ele precisa comer – Diz Viviane.
- Ele vai descer quando tiver fome.
Viviane ignora as últimas palavras de Hélio e dirija-se até a mesa, ela senta de frente para Aline e da a primeira garfada.
- Eu vou no banheiro, volto já – Diz Paulo.
- Não demora! – Grita Tammy.
Paulo entra na casa pela cozinha, então caminha até o corredor de acesso a escada, subindo, passa em frente ao quarto de Felipe, o garoto não estava lá. Paulo continua a caminhar e vai até o banheiro, ele abre a porta e vai até o vaso sanitário, Felipe fica parado na porta observando-o de costas, ele segura um bastão de baseball, Felipe bate com o bastão na parede, Paulo olha para trás.
- Felipe?... Ai droga! – Ele fecha as calças – Desculpa, eu... Foi mau pela porta...
Felipe continua com uma expressão séria.
- Ei, cara... Ta tudo bem? – Pergunta Paulo.
Felipe da um passo dentro do banheiro, ele fecha a porta.
- Wow, pra que isso? – Paulo olha para o bastão – Larga isso... – Ele estica os braços tentando acalmá-lo – Felipe... É sério cara, por favor, que você está fazendo?!
Felipe põe uma máscara branca em frente ao rosto.
- Gostei, ficou bonita em você... Agora eu... Vou sair – Diz Paulo, ele estica o braço para maçaneta.
Felipe rapidamente puxa o bastão para cima, quebrando o cotovelo de Paulo, o osso rasga a pele e ele cai no chão jorrando sangue.
- AAAAAAAAHHHHHHHHHHH – Grita Paulo, com muita dor.
- Vamos ligar o som, ta tão quieto aqui – Diz Aline, pondo o som no volume máximo, no quintal.
Felipe se aproxima dele e pisa no osso do braço.
- AAAAAHHHHH MAIS QUE MERDAAAAAA – Grita Paulo, a saliva escorre por sua boca de tanta dor – Por favor... Por favor, pare... Pare...
Felipe retira o pé do osso, o sangue vai se espalhando com frequência no chão.
- ALGUÉM ME AJUDAAAAA – A voz de Paulo vai falhando no final – Por favor – Ele não para de chorar.
Felipe bate com o bastão me suas costas, Paulo da um grito, ele bate novamente, e mais duas vezes. Paulo está com a cabeça caída no chão, ele não consegue se levantar.
- Por favor... Eu não... Eu não mereço isso cara... Por favor – Diz Paulo.
Felipe fica circulando por ele.
- Chega... Eu preciso de ajuda... Por favor – Diz Paulo, chorando, olhando para o osso exposto.
Felipe bate com o bastão em sua cabeça.
- AAAAAAAAHHHHH – Grita Paulo, seus gritos são abafados pelo som do rádio.
Narayani que tinha ido ao quarto de Felipe, ouve os gritos de Paulo, curiosa, volta para o corredor olhando em direção ao banheiro.
Paulo cospe um pouco de sangue, Felipe então passa a bater diversas vezes na cabeça de Paulo, o crânio dele vai afundando e escorrendo sangue, Felipe fica de frente para ele e bate mais uma vez com muita força, o olho de Paulo é cuspido para fora da cabeça.
Narayani avista Felipe de costa matando Paulo, ela arregala os olhos, Felipe vira-se rapidamente para a porta, ela põe a mão na boca, seus olhos ficam cheios de lágrimas.
Felipe estica o braço segurando na maçaneta, Narayani sai correndo, no instante em que ele a abre, não havia ninguém no corredor, Felipe caminha por ele usando a máscara branca.
Narayani está atrás da porta do quarto de Aline; em frente ao banheiro; ela fica encostada na porta chorando.
- Paulo ta demorando – Diz Tammy.
- Será se ele achou o banheiro? – Brinca Cláudia.
- Eu vou lá vê – Diz Tammy.
- Não demora, a carne já está quase pronta – Diz Hélio.
- Tudo bem! – Tammy caminha para cozinha.
Hélio está atento à churrasqueira.
- Hélio vem comer – Viviane o chama.
- Já estou indo – Ele afasta-se e vai para dentro da casa.
Na cozinha, Hélio vai até a pia, ele abre a torneira e molha as mãos, quando vai pegar o sabonete, não tinha nenhum. Ele resmunga, fecha a torneira e caminha para o segundo andar.
- Tammy? – Ele a chama.
Dando de ombro vai até a despensa, abre a porta e adentra no cômodo, sem que perceba, Felipe pega um gancho na parede, Hélio está de costas procurando o sabão, Felipe sobe no banco encostado na parede.
- Achei! – Diz Hélio, pegando o sabão.
Ele apaga a luz e vira-se, um passo para o corredor e Felipe finca o gancho em seu maxilar, Hélio arregala os olhos pondo as mãos no gancho, o sangue vai saindo rapidamente, Felipe puxa o gancho e o joga para trás, Hélio cai morto no chão, Felipe se aproxima do corpo, segura o gancho e o puxa para trás com força o gancho rasga a pele do queixo de Hélio, no entanto fica preso no osso, Felipe o retira com cuidado, abre à boca de Hélio, segura sua língua, o encara com muito ódio e a arranca com toda a força possível.
Tammy saindo do banheiro do primeiro andar, ela olha para a escada e chega ao segundo, a despensa está fechada, Tammy caminha pelo corredor e para em frente a porta.
- Paulo? – Pergunta Tammy.
Narayani olha para trás rapidamente, arregalando os olhos.
- Paulo abre – Diz Tammy, ela gira a maçaneta e abre a porta.
Deparando-se com Paulo morto no chão em cima de uma grande poça de sangue, Tammy põe as mãos na boca dando passos para trás.
- Não...
Narayani abre a porta e corre até sua irmã, ela a puxa para o quarto de Aline e tranca a porta.
- Tem um garoto aqui, ele matou o Paulo eu o vi – Diz Narayani desesperada.
- O que? – Tammy fica com medo – Temos que sair...
- Não! – Diz Narayani, chorando – Ele vai te pegar!
- Nara quem é esse garoto?
- Eu não sei... Ele usa uma máscara...
- Uma máscara? – Tammy fica surpresa, logo pega seu celular e liga para polícia – Te-tem um maluco aqui na casa, precisamos de ajuda...
Felipe desce a escada devagar, Aline entra no banheiro do primeiro andar e tranca a porta, ela põe as roupas em cima do vaso sanitário, seu celular fica na pia, ela se despi e entra na banheira. Seu celular recebe uma mensagem.
- Quer um bombom? – Pergunta Viviane, indo para cozinha.
- Sim, eu aceito – Diz Cláudia, seguindo-a.
Viviane entra na cozinha e pega dois bombons em cima da bancada, ela entrega um para Cláudia, Freddy entra correndo.
- Eu quero também – Ele pede.
- Eu já pego mais pra você – Diz Viviane.
Cláudia da a primeira mordida e engole, então arregala os olhos rapidamente.
- Cláudia? – Pergunta Viviane – Ta tudo bem?
- Mãe? – Freddy fica preocupado.
- Vai chamar seu tio, eu vou dar água pra ela – Diz Viviane.
Cláudia abre a boca e uma gilete está fincada em seu céu da boca, ela põe a mão e a sente com o dedo, o sangue vai saindo devagar.
Cláudia passa a chorar, Viviane se aproxima com o copo de água, Cláudia da uma tossida, apenas sangue espirra na mesa em sua frente.
- Ai meu deus – Viviane fica em pânico – Calma, calma...
Cláudia tossia muito e apenas saia sangue, ela apoia-se na mesa sem parar de tossir, seus olhos ficam fechados com força e ela não para de chorar.
- Cláudia beba, beba – Diz Viviane.
Cláudia bate com o braço no copo e o deixar ser quebrado no chão, Viviane da passos para trás, Cláudia da mais uma tossida e cospe outra gilete, em seguida cai morta no chão, um pouco de sangue passa a escorrer de sua boca.
- Ai meu deus... Não, não... – Viviane agacha-se em sua frente chorando muito – Por favor... Que isso? Não pode ser...
Viviane levanta-se rapidamente e pega seu bombom, ela o abre e encontrar duas giletes no meio, ela arregala os olhos.
- Não pode ser! – Diz Viviane, tremula.
Viviane corre para sala. Felipe sai de trás da bancada e vai até a gaveta da cozinha, logo a abre e com cuidado pega um facão de cozinha bem afiado, ele o admira.
Viviane está no celular desesperada com o hospital, Felipe entra na sala com a mão para trás, escondendo o facão. Aline olha para o lado ouvindo o choro de sua mãe.
Freddy bate contra a porta do quarto de Aline desesperado por ter visto o corpo de Paulo, Tammy abre a porta.
- Freddy, graças a Deus – Diz Tammy, abraçando-o – Cadê a Viviane?
- Eu não sei, a mãe passou mal e vim chamar o tio Hélio, mas não o encontro – Diz Freddy – Eu vi o Paulo!
- Precisamos sair daqui – Tammy corre até a janela – Tem a piscina logo ali embaixo, vocês precisam pular.
- O que? – Narayani fica em pânico – Eu não sei nadar!
- Narayani agora não é hora disso – Diz Tammy.
- Eu te pego, deixa eu ir primeiro – Diz Freddy.
Felipe se aproxima de sua mãe, levanta a mão com o facão e o enfia nas costas.
- AAAAAAAHHHHHHHHHHHH – Grita Viviane.
Felipe puxa o facão e a deixa cair, Viviane vai se arrastando no chão, ele fica em cima dela, puxa seu cabelo para trás, levantando sua cabeça.
- Meu filho... – Diz Viviane, chorando.
- Não sou mais! – Diz Felipe, em seguida corta sua garganta.
Ele levanta-se e deixa Viviane sangrar no chão. De repente ouve um barulho na piscina, ele olha para trás rapidamente, usando aquela máscara branca que só mostrava seus olhos.
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