A garota de cabelos castanhos era forte e muito rápida, mas sozinha nunca conseguiria levar a jovem menina de cabelos pretos por mais de 5 metros.

–Ela não vai conseguir. -sussurrou Sebastian para Alice mas quando olhou para a garota ela não estava mais ao seu lado. Estava no labirinto.

–Droga Sebastian. -falou a menina enquanto pegava Esther pelas pernas ajudando a alta de cabelos castanhos. -Você é o mais forte aqui. -agora os muros se encontravam apenas a dois metros de distancia um do outro.

–Não posso me arriscar. Talvez ela esteja morta.

–Vem logo! -falou pela primeira vez a menina dos cabelos castanhos.

Alice perdeu o equilíbrio e caiu no chão soltando as pernas de Esther. A menina do cabelo castanho percebeu que seria em vão, então soltou a menina, ajudou Alice a se levantar e correu para dentro do labirinto.

Os três ficaram lado a lado olhando o muro, que estava apenas um metro aberto, fechar.

–Me acompanha! -gritou Sebastian puxando a menina do cabelo castanho pelo braço e então correu para o labirinto.

Os dois eram muito fortes levantaram Esther com facilidade e correram para a Clareira que se encontrava a uns 10 metros de distancia. No meio do gigantesco muro de pedra coberto de heras apenas uma fresta de 90 centímetros se encontrava aberta e diminuindo a cada segundo. Correram. Gritaram. 5 metros da clareira. 4 metros. Foi quando a coisa mais asquerosa que Alice já tinha visto na vida apareceu atras de Sebastian.

–Corre Sebastian. -gritou a menina apavorada. Mas a coisa era muito rápida e se aproximava dos três com facilidade.

Agora aquilo se encontrava a uns 15 metros de distancia de Sebastian que era a pessoa que estava mais longe da entrada da Clareira. Sebastian entrou entre o muro logo após Alice e Esther. A coisa se aproximava exibindo garras e serras de seu corpo sem forma e gosmento. 50 centímetros aberto. O muro já encostava nas costas de Sebastian quando o monstro pegajoso encostou nele uma espécie de agulha.

–Ahhh! -gritou Sebastian em um grito agonizante de dor, jogando Esther para dentro da Clareira que caiu em cima da menina dos cabelos castanhos. Rapidamente Alice se aproximou observando o ferimento da menina desacordada.

Sebastian se distanciou da coisa gosmenta após o muro entala-la por ser bem maior que um humano.

–Vai Sebastian! -gritou Alice.

Sebastian ainda se movia, ainda que lentamente devido a proximidade dos muros, quando saltou em direção a Alice e as demais meninas dentro da Clareira. Os seguintes segundos passaram como dias para todos os presentes, exceto, é claro, Esther que estava desacordada. Sebastian no ar, o muro se fechando, a coisa gosmenta e cheia de serras soltando grunhidos. Foi quando Sebastian caiu, do lado de dentro da Clareira, que se ouviu um som de esmagamento. Aquela terrível coisa que havia picado Sebastian tinha sido brutalmente esmagada.

–Sebastian. -gritou Alice saltando no chão enquanto puxava o garoto suado para um abraço demorado, desajeitado, e inexplicável, até por que, eles tinham acabado de se conhecer. Talvez, eles já se conheciam antes, ou talvez, Alice já havia se apegado a ele por ser a primeira coisa de que lembra além de seu nome. Mas a questão era que: nem ela sabia o porquê mas estava soluçando no ombro de seu novo amigo.

–Achei que você morreria. -falou a loira entre soluços.

–Eu também. -respondeu Sebastian devolvendo o abraço. Aquilo mostrou a todos que naquele terrível lugar, até o mais arrogante tinha um lado sensível.

Depois de um longo tempo cuidando do ferimento de Esther a menina dos cabelos castanhos cortou o silencio.

–Sou Natalie.

–Prazer, Alice. -respondeu estendendo sua mão para ela. -Este é Sebastian e está sobre suas pernas é Esther. Estamos aqui o mesmo tempo que você está.

–Ótimo, e quanto aquela menina loira perto da Caixa?

–Vamos esperar ela acordar para que possamos perguntar para ela mesma. -falou Sebastian se metendo no assunto.

Antes que Natalie pudesse responder alguém apareceu sabe-se lá de onde.

–Não vão precisar esperar tanto. -falou a menina loira a quem Sebastian se referia. Ela não parecia bem, estava desesperada. -Vocês me sequestraram! -gritou ela tentando agarrar o pescoço de Sebastian que desviou e a imobilizou no chão.

–Estamos aqui pelo mesmo motivo que você. Agora me fale qual a única coisa que se lembra. -falou ele mostrando que apesar de magro era forte e ágil.

–Me solte! Meu nome é Carly! É tudo que sei! Eu juro!

–É. E nós também. -falou Sebastian soltando a menina com calma. -Esta é Alice, Natalie, e esta com sangue na face é Esther.

–Vocês precisam de um pedaço de pano e agua. -murmurou Carly para si mesma olhando para a cabeça de Esther. -Ei você. Sebastian não é? Me de sua camisa. Alice vá buscar uma daquelas garrafa de agua naquela Caixa.

Eles fizeram o que Carly pediu então ela limpou o ferimento e fez um curativo improvisado com a camisa de Sebastian.

–Ela vai ficar bem. -falou Carly soltando Esther.

–Ótimo. Vamos fazer um pequeno abrigo com aquele material que veio conosco. -falou Sebastian.

–Não agora. Precisamos descansar. Amanha de manha fazemos isso. -respondeu Alice.

–De acordo. -falou Natalie.

–Por mim tudo bem. -concordou Carly.

Todos dormiram no chão com medo e pouco conforto.

Ao amanhecer Carly notou um estranho barulho vindo da Caixa então foi verificar.

Quando chegou lá encontrou Sebastian já observando a Caixa que parecia estar fechada ou algo assim.

–O que faz aqui? -perguntou Carly.

–O mesmo que você. -respondeu Sebastian. -Todos ainda dor... -começou o garoto mas foi interrompido por um buraco se abrindo no chão.

Um menino com cabelos vermelhos e olhos verdes claros pulou para fora da Caixa. Ele era alto, bonito, mas não tão forte.

–Olá eu sou Sebas... -começou Sebastian mas foi novamente interrompido. Agora pela tentativa do ruivo e acertar um soco em sua cara.

Sebastian agarrou a mão do menino e o jogou para o chão.

–Por que todos tem que tentar me socar? -falou ele indo para o lugar onde o ruivo havia caído. -Então, como eu estava dizendo, eu sou Sebastian, está é Carly, lá estão Esther, Natalie, e Alice. Você lembra de algo se não seu nome? -continuou Sebastian com um tom de ameaça.

–Não. Só consigo lembrar que sou William.

–Você não parece bem. -falou Carly. Ela tinha um dom para cuidar de feridos ou doentes. -Tente se acalmar. Nos também só nos lembramos de nossos nomes.

Após uma apresentação e uma breve explicação de tudo o que havia acontecido, Carly, Sebastian, e William ouviram uma voz.

–Alô! Alguém! Me tirem de perto desse maluco aqui.

Sebastian pulou para dentro da caixa e viu dois meninos. Um estava animado e pedindo para ser tirado dali, este Sebastian imaginou ser o que estava gritando. Tinha cabelos loiros claros e brilhantes, olhos verdes como as matas, corpo pouco definido, e um pouco alto.

–Me tire daqui! Por favor! -falou o outro menino afobado e aparentemente em pânico.

Mas antes que pudesse esboçar uma reação Sebastian caiu desacordado sem nenhuma razão clara.