[...] Viviane

— O quarto da Bia é o da frente. - Digo sem mostrar reação alguma.

— Eu sei muito bem qual é o quarto da Bia. - Ele diz me fitando da cabeça as pés.

— Então oque você quer? - Perguntei curiosa e receosa. - Já sei, a pizza já chegou? - Pergunto.

— Não, a pizza ainda não chegou. - Ele diz olhando para a minha boca.

Que safado!

— Então o que você quer? - Repito.

— O que nós dois queremos..

Não entendi o que eles quis dizer, ou melhor, tive medo de entender. Sem falar nada se aproximou de mim, eu fiquei estática, ele fechou a porta e assim colou seus lábios nos meus, sua boca explorava cada canto da minha boca, era como se eu tivesse passado dois meses no deserto e finalmente ter encontrado água..

Sua língua se enroscava na minha em uma dança sensual e excitante, seu gosto me inebriava aos seus gemidos, quanto mais profundo o beijo se tornava, mais me atiçava a ir mais fundo. Minhas mãos se enroscavam em seus cabelos escuros e me surpreendia com a maciez deles.

As mãos dele deixaram minhas coxas e começaram a subir por meu corpo, contornando cada traço de minhas costas, cada pequena curva.. E eu me arrepiava com cada toque.

O beijo ficava mais urgente suas mãos se tornavam mais bruscas, ele apertou minha cintura com certa força, o que me fez gemer; logo ele desceu uma de suas mãos perigosamente até minha bunda, onde apertou sem dó...

[...] Eduardo

Eu sabia o quanto aquilo era errado, que não daria em nada, que só me traria problemas. Só que na mesma intensidade que era errado, era ótimo. Sentir a sensação de perigo, e a adrenalina percorrendo meu corpo, aumentava cada vez mais o desejo.

Minhas mãos deslizavam pelo seu corpo, cada toque, cada contato de pele trocado, era como se passasse uma corrente elétrica por mim. Fiz menção para Viviane encaixar suas pernas na minha cintura, e ela o fez, o beijo estava ficando cada vez mais quente e molhado, eu sabia que não iria aguentar ficar só nisso, então resolvi parar antes que me arrependesse.

— O que a gente tá fazendo é errado. - Digo com a respiração ofegante.

— E daí? - Viviane respondeu com uma voz sexy, logo em seguida me deu um selinho. - Você se importa? Porque eu, não me importo nenhum pouquinho.

— E se alguém chegar? - Perguntei de olhos fechados enquanto beijava seu pescoço.

— Ninguém vai chegar, confia em mim! - Disse descendo do meu colo e me puxando para a cama.

Eu realmente queria parar aquilo, mais era impossível, o desejo e o tesão era maior que a culpa. Resolvi jogar o mesmo jogo que Viviane estava jogando. O melhor a se fazer era parar de pensar e agir.

— Promete que isso vai ficar só entre nós? - Digo interrompendo os beijos, Viviane assentiu e me agarrou.

Eu já me encontrava em cima dela beijando seu pescoço e dando leves chupões e mordidas, depois fui descendo até seus seios continuando o mesmo processo. Acariciava lentamente a parte inferior de sua coxa, ela se contorcia a cada toque meu. Viviane tirou minha blusa, e eu a dela, ela estava com um sutiã vermelho de renda que valorizava ainda mais seus seios, o que a deixava muito sexy. Nenhum de nós queria ficar só nós beijos, decidi tirar seu short, em questão de segundos a mesma estava só de lingerie. Ambos estavam loucos de desejo um pelo outro, ela me encarou por um instante e sorriu invertendo as posições, ela alternava entre beijos e arranhões sobre meu tórax, foi descendo e descendo, quando me dei por mim, estava gemendo. Fomos interrompidos por leves batidas na porta.

Fodeu! Pensei pra mim mesmo.

[...]Viviane

Eu não conseguia raciocinar direito, eu estava quase, ou melhor, estava indo para cama com o meu cunhado? Que tipo de pessoa eu sou? Uma bitch? Não, nunca.

Duda me olhou assustado, também fiz o mesmo. Levantei rápido da cama e comecei a me vestir junto a ele. Quando começamos a ouvir outras batidas na porta.

— Estamos ferrados! - Duda falou nervoso pondo a blusa, não acredito que essa Coca é Fanta.

— Faz assim.. - Explico fazendo um coque frouxo. - Entra no banheiro e fica quieto que eu vou enrolar, e.. leva essa almofada também. - Digo vendo seu membro ereto.

— Beleza. - Ele sorri, idiota.

Esperei o Duda entrar no banheiro e comecei a arrumar minha cama, ela estava toda bagunçada, com certeza se alguém visse desconfiaria. Abri a porta dando de cara com a Bia, que olhou para quarto todo.

— Você viu o Duda? - Bia perguntou entrando no meu quarto.

— Educação mandou um abraço. - Disse irônica. - Vai ver se ele não tá no seu quarto te esperando.

— Não está, já procurei. - Respondeu suspirando. - Ele deve está no jardim..

Quando ia responder, ouvimos Miranda gritar do pé da escada dizendo que a Pizza já havia chegado. Bia sai do quarto, mas logo volta.

— Você não vem? - Perguntou Bia desconfiada.

— Claro. - Digo olhando para local onde Duda estava, fechando a porta.

[...] Eduardo

Assim que Vivi e Bia saíram do quarto, respirei fundo, não sabia como reagir agora na frente dela, melhor, delas. O pior é que se a Bia não tivesse nos interrompido, até onde chegaria? Lavei meu rosto e devolvo a almofada para a cama. Não pude deixar de sorrir ao lembrar de momentos antes com a Vivi.

Desci as escadas dando de encontro com Bia e Miranda conversando animadamente.

— Onde você estava amor? - Bia perguntou assim que desci o ultimo degrau.

— No seu quarto ora, onde mais eu estaria? ­- Bia continuou me encarando desconfiada.

— No meu quarto você não estava, quando eu cheguei fui lá e não tinha ninguém!

— Por acaso você foi no banheiro? ­- Perguntei ansiando pela resposta. Semicerrou os olhos, Bia negou.

— ­ Ah, então pronto. - Respondi e logo ela me beijo, me senti estranho, mas não como antes.

Hoje o dia foi cheio, ainda fico imaginando como tudo aconteceu em um dia. Conhecer Viviane, sentir ciúmes da minha cunhada, quase transar com a Vivi. Tudo com uma única pessoa. Não pode ser real. Minha vida está de pernas pro ar.