[...] Viviane

Assim que chegamos ao shopping, meu pai foi abrir a porta para Miranda, eu, minha querida irmã e seu namorado. Quando saímos do carro Beatriz passou seu braço de uma maneira possessiva na cintura de Duda, como sempre fazia, e ele passou o braço em volta de seus ombros e deu um selinho em seus lábios.

Revirei os olhos e fiz como que se fosse vomitar.

— Estava pensando no que iremos fazer mais tarde. - Beatriz sussurrou maliciosamente em seu ouvido e nada discretamente, aposto que era pra eu ouvir.

Filha de uma...

— Vivi?

— Eu? - Perguntei ao escutar meu nome, saindo completamente de meus devaneios.

— Vamos minha filha? - Perguntou meu pai, eu apenas assenti com a cabeça.

[...] Beatriz

Após almoçar, fizemos um pouco de tempo até a nossa cessão começar. Já estávamos na sala de cinema esperando o filme Meu passado me condena começar. Particularmente, eu não vejo graça nesse filme e pra ser sincera, em nenhum outro que seja Brasileiro. Não gosto de filmes nacional, acho que eles forçam muito a barra em fazer humor, talvez eu que seja crítica de mais. Enfim, de tanto o Eduardo e a "querida" Viviane insistirem, a maioria venceu.

— Seus pais não vem assistir, amor? - Perguntou Duda.

— Não, minha mãe queria ir na inauguração da loja de uma amiga.

Suspiro e cochicho em seu ouvido. – Ou seja, somos só eu, você e uma sala escura de cinema. - Digo com uma voz sexy e um olhar provocativo. Se eu queria provocar a Viviane? É claro que não, isso seria a apenas um bônus a parte.

Eduardo sorri maliciosamente, quando ia se pronunciar Viviane o interrompe.

— Já vi que vou ficar de vela. - Diz Viviane se levantando, pra onde essa maluca vai?

— Pra onde você vai Vivi? - Pergunta Eduardo a indagando.

— Vou sentar em outro lugar. Prefiro morrer do que segurar vela pra vocês, kisses! - Viviane responde mandando beijinhos no ar.

Que ridícula.

— Deixa ela ir, amor! - Digo virando o rosto dele para o meu.

— Ela é sua irmã, Bia. Vai que ela resolve desaparecer ou, sei lá. - Eduardo diz.

Deus te ouça Eduardo! - Penso

— Você não se importa? - Ele pergunta.

Não!

— Ela já é bem grandinha, sabe oque faz e sabe se cuidar. - Cochicho depositando pequenos beijos em seu pescoço. Duda pareceu meio desconfiado, mas logo me puxou para mais perto de si, nossos corpos estavam colados, hora ou outra o clima iria esquentar, a qualquer momento sairia faísca pelo cinema inteiro.

Ele esqueceu rápido que a Viviane poderia se perder, não?

[...] Viviane

Resolvi sentar em outro lugar, eu não nasci pra segurar vela, muito menos para a Beatriz.

— Posso me sentar aqui? - Me perguntou um menino, ele aparentava ter uns 18 anos, era alto com cabelos pretos, em uma de suas mãos carregava uma porção média de pipocas caramelizadas. Minhas prediletas.

— Claro! - Digo com um sorriso amarelo.

— Sou Juca, e você é? - O garoto diz sentando ao meu lado.

— Viviane, mas prefiro Vivi. - Digo, ele sorri.

— Você quer pipoca? - Ele pergunta erguendo aquelas deliciosas pipocas caramelizadas.

— Só porque são minhas prediletas. - Respondo sorrindo e pegando algumas pipocas.

— Bom, já é um bom começo - Ele diz sorrindo maliciosamente.

O Juca me parecia ser uma pessoa legal, atrevido, mas legal. Uma boa companhia para quando se não está fazendo nada.

[...] Juca

Vivi não era alta, mas também não podia chamá-la de baixinha. Seu corpo não era nada parecido com o corpo das garotas da escola consideradas bonitas. Seu sotaque era muito sexy, nunca tinha conhecido alguém tão linda igual a ela. Seus cabelos cor de mogno eram ondulados e compridos, caindo levemente como uma moldura em seu rosto. Por falar em rosto, que rosto... Delicado em formato de coração e seus olhos era extremante verde mel. Eu estava apaixonado pela beleza da menina, estava completamente desligado que nem ha vi me olhando com uma das suas sobrancelhas erguida, que inclusive a deixa ainda mais sexy, se possível.

— Você está bem Duca? Quer dizer, desculpa, Muca? - Perguntou Vivi vendo meu estado, eu parecia um viciado que acabou de fumar e agora está vivendo no paraíso.

— S.. Sim! - Respondi gaguejando. - Quer dizer, não. - Me recomponho - É Juca. - Ela ia falar algo, mas a interrompo - Vivi, você têm namorado?

— Not. - respondeu envergonhada, sorri vendo ela cora, olhei em seus olhos e paralisei. Percebi que nós estávamos muito próximos, sem perceber, fui aproximando nossos rostos até nossos lábios se esbarrarem.

— Posso? - ­Murmurei deixando minha respiração bater em seu rosto.

Demorou um pouco, mas ela assentiu. Levei minha mão até o seu maxilar e selei nossos lábios. Pedi passagem e ela entreabriu os lábios, dando-me passagem. Senti meu coração acelerar. Colocou suas mãos em meus ombros e deu uma leve arranhada nos mesmos fazendo-me arrepiar. Quando descolamos nossos lábios nossas respirações eufóricas bateram uma contra o rosto do outro. Céus! O que essa garota está fazendo comigo? Formos interrompidos por

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