- Ai filha, que lindo, parabéns, - ela dizia sem parar – vocês estão lindos, são perfeitos, eu sabia que isso ia acontecer! – ela continuou dizendo, sem parar de me abraçar. Assim que ela me soltou, pude ver em seus olhos que ela estava chorando.

Meu pai havia se levantado, e dado um aperto de mão em Gabriel. Tenso. Minha mãe depois se direcionou a ele, e o deu um abraço forte.

Ficamos um tempo conversando nós quatro ali na sala, até meu pai se levantar, junto com minha mãe.

- Também temos uma novidade – eles sorriram. Olhei desconfiada, e minha mãe deu um risinho.

- Ah é? O que? – perguntei.

- Nós também estamos juntos, de novo! – minha mãe disse sorrindo, e deu um beijo em meu pai.

- Ai que lindo mãe – disse batendo palmas. Gabriel também me acompanhou, com algumas palmas. Depois de pararmos, os dois ainda se beijavam. Olhei pra Gabriel, ele olhou pra mim, e resolvemos nos juntar a eles, é.

Passei meus braços devagar por sua nuca, e ele começou a me beijar, me segurando pela cintura. Era lindo, parecia cena de filme, os pais e a filha com o namorado no maior amasso dentro de casa, é.

Perdi o tempo, me concentrei apenas naquele beijo, era perfeito, Gabriel era perfeito.

- Caham – ouvi uma tosse, e empurrei ele de leve rindo. Olhei pro lado, minha mãe e meu pai estavam olhando para nós.

- Vão se aproveitar do momento ne? – ela riu.

- Não podíamos servir de vela – Gabriel falou, e nós rimos.

- Então gente, vamos sair pra almoçar? – meu pai perguntou olhando o relógio.

- Vamos, to morta de fome – disse colocando a mão na barriga.

- Então vamos – minha mãe sorriu, e nós saímos de casa. Fomos até uma churrascaria, para almoçar, os quatro.

- Então, o que vai querer? – minha mãe perguntou.

- Num sei, eu quero rodízio – disse mordendo a boca – hoje eu estou com muita fome – sorri.

- Então vamos comer rodízio – meu pai sorriu, e ficamos esperando.

Durante todo o percurso do garçom, eu comia mais. E mais. Acho que comi um boi inteiro no total.

- Credo Julia, você vai explodir – minha mãe disse assustada assim que eu peguei meu oitavo pedaço de picanha.

- Me deixa comer mãe, eu estou com fome – disse mordendo um pedaço grande e mastigando devagar.

- Credo, tá comendo pra nós quatro – Gabriel disse, e riu.

- E um a mais, se for somar – meu pai completou, e todos rimos.

- Engraçadinhos – disse balançando a cabeça negativamente.

Depois de comermos, eu comi mais um prato de sobremesa, e um sorvete. E ai eu estava explodindo.

- Vamos? – minha mãe sorriu.

- Vamos – disse, e Gabriel passou sua mão por minha cintura, e saímos andando.

Fomos para casa, e meus pais ficaram na sala.

- Vamos lá pra casa? – Gabriel sorriu.

- Vamos, um minuto que eu vou no banheiro – sorri, e fui correndo ao banheiro.

Depois, o encontrei no portão, e fomos para sua casa.

- Oi mãe – ele sorriu.

- Oi Martha – sorri.

- Quer dizer, sogra ne? – o pai dele chegou sorrindo na sala.

- É – sorri, me sentindo ficar vermelha.

- E como foi? – seu pai perguntou.

- Ah, foi bom... ne Ju? – Gabriel sorriu.

- Foi sim – sorri.

- Parabéns para os dois, agora vão, podem ir aproveitar – Martha olhou desconfiada para nós, e rimos.

Subimos as escadas rindo, e trocando alguns selinhos, e o Joãozinho nos parou no corredor.

- E agora, você é namorada dele ne? – Ele olhou pra mim sorrindo.

Seus olhos eram idênticos aos do Gabriel.

- Sim sim – disse rindo.

- Eu sabia! – ele falou feliz, e saiu correndo pro seu quarto de brinquedos.

Entramos no quarto de Gabriel, e nos sentamos na cama. Ele ligou a TV, e ficamos vendo algum programa tedioso, e conversando. Ele se deitou em minha barriga, e ficou fazendo carinho. Aquilo me fazia cócegas de leve, era bom, muito bom.

- Nossa Ju, comeu tanto que até engordou – ele riu.

- Nem, não posso – disse colocando a mão na barriga.

- Da ultima vez que te vi não estava assim – ele sorriu, passando a mão devagar na minha cintura.

- Não, não me fala que eu to gorda não – disse – senão não posso comer balas, e eu estou viciada em balas – falei rindo.

- Quer balas? – ele olhou assustado.

- Agora não, mas geralmente lá pras seis a vontade vem – eu disse e ele riu.

Ficamos mais um pouco conversando, e o dia se transformara em noite, com uma lua cheia linda brilhando no céu.

- Tenho que ir – falei sorrindo.

- Tá bom. Até amanhã, pode ser? – ele sorriu.

- Até amanhã – disse o dando um ultimo beijo, e sai pelo portão. Atravessei a rua, e cheguei em casa.

Fui direto para meu quarto, tomei um banho, e vesti meu pijama. Me deitei na cama, e liguei a TV.

Eu estava com sono.

“Oi. Só pra dizer boa noite. Te amo s2 “

mandei uma mensagem para Gabriel, e coloquei o telefone no criado mudo. Ele apitou logo depois.

“Eu te amo mais. Boa noite, sonhe comigo, MINHA Julia s2”

Li, e reli várias vezes. Depois, coloquei de volta no criado mudo, e me virei para o canto. Não conseguia dormir, estava com fome.

Me levantei da cama, e abri a porta do quarto. Desci as escadas, a casa estava silenciosa. Eram oito da noite, e minha mãe não estava. Deve ter saído com meu pai, aposto.

Entrei na cozinha, e fui direto á geladeira. Peguei requeijão, e passei em duas fatias de pão de forma. Enchi um copo com coca-cola, e fui pra sala. Liguei a TV, coloquei em um filme, e fiquei comendo. Depois, acabei dormindo, estava exausta.