O Namoradinho Da Minha Mãe
Capítulo 87
- Da sim – ele sorriu – agora tenho que ir – ele me abraçou novamente, e me deu um beijo na bochecha. Retribui, e fomos andando até seus pais, e uma outra garota.
- Oi Julia – sua mãe disse sorrindo. Ela também estava chorando, é.
- Olá – sorri. Bom, pelo menos tentei.
- Ju, essa é a Leila – Dudu disse segurando na mão da garota.
- Oi Leila – sorri.
- Oi Julia – ela sorriu – prazer em conhecer você.
- Igualmente.
- Ela é minha amiga, e acompanhante de intercambio – Dudu sorriu.
Acompanhante? Tá então ne.
- Ah sim – sorri.
- Vamos Dudu? – Seu pai disse chegando perto – já estão chamando seu voo.
- Vamos Leila – Dudu Sorriu – e tchau Julia – ele veio e me abraçou novamente – eu te amo, não se esqueça disso
- Eu te amo muito – o abracei forte – me liga quando chegar – disse quando nos soltamos.
- Todos os dias – ele disse, mandando um beijo no ar. Ele se despediu de seus pais e de Emilio, e entrou na sala de embarque. Sua mãe estava se derretendo em lagrimas, e eu quase, há.
Eles foram, o avião saiu e a vida continuou, é.
- Emilio, pode me deixar em casa? – perguntei enquanto seguíamos pro estacionamento.
- Logico, vamos comigo – ele disse segurando minha mão, e fomos andando. Sua mãe nos olhava com os olhos brilhando. Nossa.
Entramos no carro, e eu permaneci em silêncio.
- Tá vendo Ju, como sou uma boa pessoa? – Emilio começou a dizer enquanto dirigia.
- Eu te pedi um favor, e você fez – sorri – obrigada.
- De nada, mas acho que eu merecia outro tipo de agradecimento...
- Do tipo o que? – o olhei com os olhos semicerrados.
- Do tipo... hm, um beijo, quem sabe – Ele sorriu.
- Nem pensa, você tá com outra, esqueceu? – sorri.
- Outra?
- É, a garota que você estava agarrando hoje, ou já se esqueceu? – revirei os olhos.
Ele pensou um pouco, e depois respondeu.
- Ah tá, sei quem é – ele sorriu – é mesmo. Mas nada impede – ele sorriu de novo.
- É por essas e outras que eu nunca te dei, nem vou dar chance – disse cruzando os braços e me virando para a janela. Ele ficou confuso, mas não disse mais nada.
Ele me deixou em casa, e me despedi apenas com um “obrigada”. E mais nada.
Minha mãe não estava em casa, ninguém estava em casa. Peguei o telefone e liguei para ela, avisando que havia chegado.
Fui para o meu quarto, e fiquei mexendo na internet um pouco, até minha mãe chegar.
- Oi filha, como foi? – ela sorriu na porta.
- Ah, deprimente ne – falei olhando um pouco triste.
- Hum, não fica assim, você tem muitos amigos do seu lado – ela sorriu – agora vou tomar um banho e sair com seu pai.
- De novo?
- Aham, hoje vamos jantar – ela sorriu.
- Hmm, aham, sei, jantar ne... – falei olhando desconfiada, e ela riu.
- É.
- Então, boa sorte, vai bem linda pra poder fisgar o Ricardão! – disse e ela riu saindo do quarto.
- Pode deixar, rawr – ela riu e fechou a porta.
Tomei um banho, e vesti meu pijama. Depois fui comer alguma coisa, e dormir.
I’m overboard, and I need your Love, pull me up, I can’t swim on my own (8)
Acordei com o telefone tocando. Atendi.
Telefone on
- Alo?
- Bom dia – era o Gabriel.
- Hoje não esqueceu ne?
- Claro – pausa – eu hoje não dormi demais.
- Awn
- Ju, eu estava pensando em uma coisa… será que posso… quer dizer, esquece. No sábado eu falo.
- Nossa, então tá ne
- É. Te vejo daqui a pouco?
- Sim sim, beijo.
- te amo
Telefone off
Me levantei da cama, e fui pro banheiro. Tomei um banho, e terminei de me arrumar. Desci pra cozinha, minha mãe estava sentada na mesa.
- Bom dia mãe – sorri.
- Bom dia Ju.
- Como foi ontem?
- Foi muito bom – ela sorriu.
- Muito ne – dei uma risada, e sai pela porta.
- Já vai?
- Vou sim – sorri.
- Boa aula
- Obrigada – respondi e sai de casa. O Gabriel estava sentado na calçada do outro lado da rua, então eu atravessei correndo, e pulei em seus braços. Nós caímos deitados no chão.
- Você tá louca? – ele riu.
- Louca por você ne? – dei uma risada, e um selinho nele.
E aqui vai um trechinho da nova fic, se chama The coup (título e personagens ainda em teste, e pode haver mudanças)
POV Kate
Depois de uma noite mal dormida, acordei cedo. Vi a correspondência: conta do meu cartão de credito, conta de água, conta de luz, conta do telefone... todas atrasadas. E finalmente, mais não menos importante, o ultimo envelope que incrivelmente não era conta atrasada. Sem remetente, sem selo, sem carimbo algum, havia só meu nome escrito, Kate. Achei estranho a final nunca recebo cartas sem remetente, nem as meninas. Achei melhor abrir, poderia ser algo importante. Rasguei o envelope rápido, dentro havia um pequeno bilhete, escrito á mão, num papel qualquer.
“Kate,
Meu amor, sei que está precisando disso. Pague suas contas atrasadas e compre alguma coisa para você.
Bjos, mamãe e papai.
Ps. Como seus pais temos o dever e obrigação de te perdoar. Filha volte logo pra casa, sentimos muito a sua falta.”
Olhei dentro do envelope e achei um cheque com 10 mil. Com isso pagaria todas as contas atrasadas, finalmente conseguiríamos quitar a divida que tínhamos com o aluguel do apartamento e sairíamos do vermelho, finalmente. Pena que não sou assim, certinha de mais, prefiro ir ao shopping fazer compras e gastar esse dinheirinho em um vestido chique, um salto de marca, uma bolsa cara, para ir á festa hoje à noite. Estou com o pressentimento de que nessa festa vou encontrar um homem rico pra quem sabe casar e sair dessa pobreza com contas atrasadas e dependendo do dinheirinho que a Anelize ganha dos pais que moram em Paris, na França. Rasguei o bilhete, peguei o cheque e o botei na minha bolsa. Larguei as contas na mesa e sai.
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