Legal, ele ia me convidar pra festa. Pra mesma festa que eu vou com o Dudu. Pera, pra mesma festa! É, isso não vai dar muito certo...
Desci as escadas correndo, Rafaela estava quase esgoelando a campainha.
- Calma, calma, não quebra que eu preciso dela — gritei, e desci as escadas da cozinha, passando correndo pelo jardim.
Abri o portão, e ela pulou em cima de mim.
- Ju — Rafaela gritou, e se pendurou em meu pescoço.
- Louca, eu não te aguento — falei, e logo em seguida, caímos no chão.
Começamos a rir.
- O que deu em você? — perguntei, me levantando e rindo.
- Sei lá, vontade de pular em alguém — ela riu, pegando em minha mão e se apoiando para levantar.
- Tinha que ser em mim é? — ri.
- Você estava mais perto — ela falou, e entramos dentro de casa.
Entramos e subimos as escadas, fomos direto para meu quarto. Ela jogou sua mochila em cima da minha cama, e se esparramou na poltrona. A meu armário.
Peguei um jeans claro, uma camiseta amarelo-fluorescente mais larguinha, uma espécie de casaco/cardigã/ponche sei lá o que era aquilo, preto, e um Nike dunk preto com alguns brilhinhos. E um óculos, eu estava sentindo falta dele. Mas até semana que vem eu já estaria com lentes de contato, até que enfim.
Entrei no banheiro e me troquei rapidamente, passei uma maquiagem de leve, apenas blush, rímel e gloss, e sai.
- E então, o que tem pra me contar? — Rafaela sorriu — Ah, e amei a roupa.
- Obrigada — sorri — e é...

- o que?
- É sobre uma coisa...
- Julia, tá me deixando curiosa — ela levantou uma sobrancelha.
- É sobre eu... e o Gabriel.
- O que? — ela arregalou os olhos.
- Sobre o que a gente estava conversando ontem no telefone... — falei. Estava tentando chegar no ponto da conversa. Eu não iria chegar e falar de uma vez, é.
- Sobre você ainda ser... virgem? — ela arregalou os olhos.
- É, sobre isso mesmo... — senti meu rosto ferver, provavelmente já estaria vermelha.
- Uau! Você e ele... vocês dois...
- hm, é. Não sou mais virgem — falei de uma vez. Me senti corando mais ainda.
- Não brinca?
- Não estou brincando — tentei sorrir.
- Ai que lindo Ju — ela gritou — eu te falei, que ia rolar, ah, que lindo, vocês dois, que lindo! — ela falou tudo rápido, ficando sem fôlego.
- Calma Rafa — ri — não foi nada demais.
- Não, imagina, nada demais — ela revirou os olhos.
- É... nada demais — ri — tá, um pouco mais do que nada demais.
- Mas e ai, gostou? — ela riu.
- Muito — dei uma risada.
- Doeu? — ela riu mais.
- Muito — ri de novo.
- E ele?
- Muito — brinquei — O que tem ele?
- O que ele falou?
- Que foi um dos melhores momentos da vida dele... — dei um suspiro.
- Ele também era virgem? — ela abriu a boca.
- Não — sorri.
- Que lindinhos — seus olhos brilharam.
- Mas chega de blábláblá ne, e vamos pro shopping. — disse puxando seu braço.
- É, to com fome — ela riu.
- Grande novidade ne? — a fuzilei
- Nem é — ela riu. Peguei minha bolsa, ela pegou seu casaco, e saímos andando.

Chamamos um táxi, e fomos. Entramos no shopping, e fomos direto á praça de alimentação. Eu pedi um sanduíche do Burger King, e ela pegou um no McDonald’s. Nos sentamos na mesa, e ficamos comendo.
- Mas e ai, como pretende ir hoje? — ela falou.
- Não sei... — pausa — por isso mesmo te trouxe, você vai me ajudar — sorri.
- Sabia — ela riu — mas como quer ir?
- Bom, está meio frio ne...
- É... Eu estou indo com um short de cintura alta, uma blusinha, um casaquinho, acho que um cardigã, e um scarpin com meia fina — falou.
- Não tenho a mínima de como vou...
- Você podia ir com... vejamos... uma calça de couro — ela falou, e eu comecei a rir — tá rindo de que?
- To me imaginando com uma calça de couro — ri — vou ficar parecendo um sushi! — falei, e ela começou a rir.
- Mas vai ficar linda.
- Tem certeza?
- Aham. Uma jaqueta de couro também, cinto bonitinho, uma camiseta básica por baixo, e uma Ankle Boot, pronto tá perfeita! — ela sorriu.
- Podemos procurar, há — dei um sorriso
Terminamos de comer, e fomos pras lojas. Ela comprou a sua roupa, e depois fomos procurar a minha.
Compramos a tal calça de couro, a camisa, os acessórios, e a Ankle Boot. A jaqueta eu iria roubar da minha mãe K
Depois de tudo, fomos pra minha casa, já eram 17:00, e tínhamos que nos arrumar.
- Quem toma banho primeiro? — ela perguntou.
- Você toma aqui, e eu vou pro banheiro da minha mãe — falei, pegando minha toalha e minhas coisas.
- Tá ok gata — ela disse, e entrou no banheiro.
Fui para o banheiro da minha mãe, e tomei um banho bem demorado. Lavei os cabelos, e enquanto tomava banho, ficava pensando no que aconteceu, em tudo.