O Namoradinho Da Minha Mãe
Capítulo 74
Dormi feito uma pedra, até acordar com meu despertador.
Hey girl I'm waiting on ya I'm waiting on ya C'mon and let me sneak you out… (8)
Peguei meu celular e desativei o despertador. Hoje eu não estava nem um pouco afim de ir á aula.
Fechei os olhos e voltei a dormir.
– Julia, cadê você?! — ouvi minha mãe gritar.
Me virei pro canto, e voltei a dormir.
– Julia, morreu? —minha mãe abriu a porta do quarto devagar.
Ouvi os passos dela vindo até mim.
– Julia! — ela começou a me sacudir.
– oi, oi, oi mãe, já acordei — abri os olhos.
– Você tá atrasada!
– Num vou na aula hoje não...
– Por que?
– To sem vontade mãe, serio mesmo.
– Tem certeza?
– Tenho — em virei pro canto.
– Só hoje — ela saiu do quarto.
Voltei a dormir, até acordar mais ou menos umas 11:40 da manhã.
Acordei com um susto, e fui direto pro banheiro. Tomei meu banho, e vesti uma roupa qualquer. Um short jeans velhinho e curto, e uma regata branca.
Desci as escadas calmamente, e fui almoçar.
– Até que enfim — minha mãe disse quando entrei.
– Nossa, dormi tanto assim? — perguntei, olhando pro relógio.
– Aham — ela riu — filha, estou indo daqui a pouco.
– Já? — arregalei os olhos.
– É. — ela sorriu — o Ricardo vai passar aqui
– Ah... — me sentei na mesa com meu prato e comecei a comer.
– Volto no domingo — ela sorriu — a tarde.
– Tá ok mãe — sorri, e voltei a comer.
Comi devagar, e depois fui colocar os pratos na pia. Lavei todos com cuidado, e não me molhei.
Ouvi uma buzina de carro.
– Deve ser o Ricardo — minha mãe disse, assim que saiu do banheiro.
– Quer que abra? — sorri.
– Não, já to indo mesmo — ela puxou uma malinha pequena — Se cuida ok filha? — me deu um beijo na testa.
– Pode deixar mãe.
– Qualquer coisa me liga?
– Ligo — sorri, e a abracei.
Ela saiu correndo, e eu acenei para meu pai, de dentro de casa.
O portão se fechou, e ouvi o carro indo embora.
Bom, a casa era só minha, o que eu podia fazer?
Abri o portão, e atravessei a rua. Bati no interfone da casa de Gabriel, e uma criança atendeu.
– Quem é? — a voz era a mesma de seu irmão.
– Oi pequeno, o Gabriel tá ai? —perguntei.
– Tá, você é a namorada dele ne?
– não não — dei uma risada — é a Ju, chama ele pra mim?
– Tá vendo, é você mesmo — ele saiu gritando, e desligou o interfone. Eu esperei alguns minutos quando Gabriel apareceu.
– Oi meu amor! — Gabriel disse, abrindo o portão correndo e me abraçando.
– Oi meu lindo — encostei nossos narizes, roçando um no outro.
Rimos.
– O que houve?
– Aonde?
– Eu, você vindo aqui em casa...
– Preguiça de te ligar e... — pausa — eu to tão sozinha em casa — fiz cara de carente.
– Sozinha? —pausa — fica aqui então — ele sorriu.
– Tá, só preciso trancar o portão — me soltei dele, e fui até o portão.
Fechei, e voltei para o outro lado da rua correndo de encontro a ele.
– Minha mãe viajou... — sorri.
– E você está definitivamente sozinha?
– É. Mas eu tenho um cartão de crédito, computador e televisão. Como poderia ficar triste? — sorri, enquanto subíamos as escadas de sua casa, que davam para o corredor do segundo andar.
– Hm, não sei...
– Ah, e já ia me esquecendo... tenho você, agora que não fico triste mesmo — o abracei de lado, e rimos.
– Eu num falei que você era namorada dele?! — seu irmão chegou, apontando para nós abraçados.
– Mas nós não somos namorados pequeno — afaguei suas bochechas — a gente é só... amigo — disse, e Gabriel riu.
– Isso ai Joãozinho — Gabriel riu — agora deixa a gente em paz, vai brincar — ele virou o pequeno pelos ombros, e o empurrou até seu quarto.
O garoto vivia em um mundo de brinquedos azul. Nunca vi tanto brinquedo na minha vida.
– Tchau — ele disse, rindo, e se jogando no meio dos bichinhos de pelúcia.
– Crianças — Gabriel revirou os olhos enquanto seguíamos para seu quarto.
– Mas ele é uma gracinha.
– Demais — ele riu e fechou a porta.
– O que vamos fazer? — perguntei sorrindo, me sentando em sua cama.
– Não sei — pausa — quer ver filme? — ele sorriu.
– Quero — sorri.
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