Fui trancar a porra do portão, e ele agarrou a chave. Fiz força pra tirar, e consegui, só que em compensação, a toalha foi pro chão. As pessoas que estavam na rua olharam pra mim, e começaram a rir. Joguei de uma vez a chave pelo muro.

“Julia, você me paga!” pensei comigo mesmo, puxei a toalha rapidamente, e fui correndo até meu carro. As pessoas olharam ainda mais quando em viram entrando no meu carro super discreto (qq). Fechei a porta rapidamente, e evitei de abrir o vidro, para não olharem pra mim quando estiver parado no sinal. Liguei o ar condicionado, numa temperatura quente, porque eu estava batendo queixo de frio. Dirigi tranquilamente até minha casa, e entrei rápido na garagem. Desci do carro, tirando a toalha que não se prendia em meu corpo de jeito nenhum, e fui andando tranquilamente, porque afinal, estou dentro da minha casa.

Subi as escadas, e passei na porta do quarto do Dudu, indo em direção ao meu.

FIIIIU-FIIUU – ouvi um assobio.

Olhei para trás, Eduardo estava na porta do seu quarto, com a boca aberta e rindo.

– UUUUUUI, Delicia! Vem ni mim gatinho – ele gritou.

– Vai á merda Eduardo! – falei, mostrando o dedo no meio, e comecei a rir.

– oow, hum, que vontade de te comer cara. – ele riu.

– Idiota, para tá, isso é constrangedor – falei, entrando no meu quarto.

– Não não, parei, volta aqui. – pausa – o que aconteceu? – ele perguntou indignado, parando pra pensar, e voltou a falar – Não me diga que você, a Julia, sozinhos em casa e... OOOOOOOH – ele colocou a mão na boca. – Você não fez nada com ela ne? – seu rosto mudou para: ciúmes. Hum, então quer dizer que tem algum caroço nesse angu ai ne? Vou procurar saber, isso não tá me cheirando muito bem.

– Cara, você só eleva as coisas na malicia. Eu simplesmente me molhei e tive que tomar um banho quente, - que por sinal estava frio – e não tinha roupa. – Disse, e entrei no meu quarto, fechando a porta, e indo direto ao banheiro.

Entrei, e tirei aquele short ridículo, em sentindo livre outra vez. Entrei no chuveiro, e coloquei ele na temperatura máxima, porque eu já estava até ficando roxo de frio.

Sai enrolado na toalha, e vesti uma roupa de frio, qualquer uma que eu achei jogada no meu closet. Fui para meu computador, e fiquei mexendo no twitter, no Facebook, etc etc etc, alguma coisa que me tirasse daquele tédio. Meu celular apitou, peguei ele, e havia um lembrete.

”Casa do Fernando, trabalho de biologia – 10,0 pontos. 15:00 ”

Dei um pulo da cadeira, como assim? Eu tinha me esquecido completamente.

Olhei no relógio, eram 14:50. Eu tinha 10 minutos para chegar na casa do Fernando, que é do outro lado da cidade. Troquei de roupa rápido, calcei meu tênis alternativo em menos de 30 segundos, e já estava lá em baixo.

– Ué? Cadê a roupa de gostoso? – Eduardo perguntou, dando uma mordida no pão.

– Quer ela? Eu te empresto, já que gostou tanto, você vai ficar gatão – mostrei o dedo do meio e sai rindo.

Entrei no meu carro, e dirigi, passando muita raiva com o transito, e cheguei na casa do Fernando em 15 minutos. Bom, foi quase um recorde para mim.

Fim da narração de Emilio

Acordei com meu celular tocando, olhei no relógio e era 18:00.

Peguei o celular.

Telefone on

– Quem me acorda?

– É a Rafa. Te acordei?

– Não, eu estava só descansando e sonhando ao mesmo tempo

– Ah, desculpa, então eu ligo depois.

– Não! Fala, eu já acordei mesmo.

– Então... era só pra te perguntar uma coisa...

– Fala Rafaela...

– Eu só tenho uma duvida...

– Fala Rafaela...

– É só uma duvida...

– FALA RAFAELA! – falei mais alto.