- Oi meu bebe – sussurrei, beijando sua testinha. Ele dormia feito um anjinho – que saudades meu nenis. A mamãe passou tanto tempo com você, e agora a gente se separa ne? É, eu também estou com saudades – sorri, brincando com ele.

- O papai está dormindo? – ela perguntou – ele não vai querer ver? – sorriu.

- Emilio – disse o cutucando devagar – acorda.

- Oi, oi? – ele perguntou confuso, se sentando direito na cadeira e passando a mão pelos cabelos. Assim que olhou para mim, sorriu feito uma criança boba, e olhou para o bebê.

- Então vamos? – ela sorriu.

- Vamos – disse meio sem jeito de segurar o bebe. Ela o arrumou, e o colocou mamando em meu seio esquerdo. Ele dava alguns suspiros, e não parava de mamar.

- Estava com fome – ela riu.

- Fominha – Emilio riu.

- Muito fominha – ri, olhando para ele.

Ele abriu os olhinhos, e eu pude ver que eram azuis, mesmo não tendo cor definida ainda. Eram claros, lindos. Seu narizinho, parecia com o de Gabriel. Sua boca, como a minha, um pouco menor e mais franzida. E seus olhos também. Seu cabelo loiro muito fino, e quase invisível. Ele era perfeito, sim.

Ficamos mais um tempo ali, apenas observando o bebê, e a enfermeira me deu as instruções do que fazer depois de mamar. Ela iria nos deixar á sós. É.

- Só uma perguntinha antes – a enfermeira disse com um papelzinho enfeitado na mão – qual o nome do bebê? – sorriu.

- Emilio? – perguntei – acho que está na hora de me dizer, não?

- Tá bom – ele mordeu o lábio – meu filho se chama... tantan.

- Fala logo – ri.

- Gabriel Wood Skoldberg Surita – ele sorriu, passando o dedo sobre a mãozinha fechada do bebe.

Gabriel?

Não aguentei, e senti meus olhos cheios de lagrimas novamente.

- O que foi Ju? – ele perguntou, secando minhas lagrimas.

- Não, é que... – disse, suspirando e as lagrimas não paravam de descer – é perfeito – sorri.

- Jura?

- Sim. Meu Gabriel.