Entramos no quarto e lá estava Lilian, ela abriu um sorriso lindo quando viu Bryan entrar no quarto, era amor, apenas um amor puro e verdadeiro. Depois que Bryan a beijou, eu fui cumprimentá-la, dei um beijo na testa e Lili quase chorou, ela amava quando eu fazia isso, dizia ser um sinal de irmandade.

– Onde eles estão? - Ela perguntou sorrindo.

– No berçário, são lindos, muito saudáveis e sapecas. - Bryan respondeu todo bobo.

– São gêmeos Lili, dá pra acreditar? Lembra quando eu te disse que sua barriga era grande demais para ser um bebê só e você riu de mim? Disse que eu tava louca, que era impossível ser gêmeos porque as ultrassonografias que você fez não aparentava nem um pouco ser dois bebês? Acertei mais uma vez hahaha.

– Para de ser convencida, e daí que eu não percebi que tinha dois bebês na minha barriga? E daí se eu sentia chutes além do normal para um só bebê e nem desconfiei? E daí se eu sou bur...

– Olha quem veio visitar a mamãe, estão com muita fome hein Lili, prepare-se para satisfazê-los. - Uma enfermeira entrou no quarto trazendo nos braços eles, tão fofinhos, tão mordíveis!

Lili segurou os dois, toda sem jeito, mãe de primeira viagem já é difícil, imagina ser mãe de primeira viagem de G-Ê-M-E-O-S?! Imaginou o sufoco? Pois é.

– Tô ferrada hein, logo dois para amamentar, para dar banho, pra trocar as fraldas ... eca, trocar fraldas vai ser com o Bryan, ou você dona Jessi, é a madrinha, vai ter que fazer sacrifícios também... - Lili falou enquanto tentava arrumar uma posição tranquila para amamentar os bebês.

– Eu sei, eu sei... Mas mudando de assunto, e os nomes? Já escolheram? - Falei acariciando as pequenas mãozinhas da menina.

– Brittany, o dela será Brittany. - Lili falou com os olhos querendo lacrimejar. Esse era o nome da mãe dela, que faleceu quando ela tinha 17 anos, num acidente de carro.

– Brittany... amei, minha pequena Britt. - Bryan falou sorrindo lindamente olhando para ela. - O dele, deixa que eu escolho... hum, quero que combine com Brittany... já sei! Brendon, meu molecão Brendon.

Lili e eu sorrimos com a alegria de Bryan, tava na cara que ele estava muito mais babão pelo Brendon, do que pela Britt.

– Brittany, Brendon, Bryan, nossa, combinou mesmo! Que família da pesada hein . - Falei gargalhando.

– Olááá... posso entrar?! - Olhei para trás e era Bruno na porta.

– Claro né Bruno, venha ver seus afilhados. - Lili falou sorrindo.

Bruno entrou no quarto e me deu um beijinho rápido.

– Quem diria hein... Mal conseguia imaginar Bryan casado, pai de um bebê e agora tô aqui, vendo Bryan casado, com uma mulher linda e pai de gêmeos. - Bruno falou apertando a mão de Bryan.

– Ai essa doeu, mas é sempre assim, todos vão se surpreender quando eu contar a novidade. - Bryan falou sorrindo, aliás, sorrisos era o que não faltava naquele quarto.

– Já escolheram os nomes? - Bruno perguntou.

– Já sim, Brittany e Brendon. - Falei me abraçando à Bruno.

– wow, Brittany e Brendon, parece nome de atores famosos, tipo Mary Kate e Ashley Olsen sabe?! Imagina que louco eles daqui a uns sete anos, na tela dos cinemas atuando como os gêmeos de uma comédia e ...

– Nossa, tá viajando Bruno, para com isso. Você brisa demais, nunca vi igual. - Lili interrompeu a fantástica imaginação de Bruno.

– Toma bonitão. - Bryan falou debochando de Bruno.

– Ah, mas fala sério, pode acontecer!!! - Bruno falou dando um soquinho no ombro de Bryan.

– A hora da visita acabou, só será permitida a presença de um de vocês aqui com ela. - O obstetra que fez o parto entrou falando com todos nós. - Tudo bem Lili? Sem dores? Algum incoveniente?

– Nenhum problema doutor, obrigada.

– Bom, então eu e Bruno vamos indo nessa. - Falei dando um beijinho em Lili e aproveitei para sentir o cheirinho de meus nenéns, tão gostosinhos gente, dava vontade de levar pra casa.

– Tá meio tarde já... ah, antes de sair, a festa foi ótima, apesar de ter que acabar antes do combinado, não fazia sentido ficar lá sem os noivos né?! E os convidados mandaram parabéns pelos bebês. - Bruno falou pegando minha mão.

– Obrigada Bruno, não sei o que seria de mim sem vocês. - Lili falou sorrindo discretamente. - E Jessi, obrigada por tudo, por ter ficado comigo na sala de parto, por ter surgido em minha vida, eu te amo, irmã.

Meus olhos encheram-se de lágrimas naquele momento, nos despedimos deles e eu fiquei de passar logo pela manhã lá, para levar as coisinhas dos bebês e roupas para Lili. Fui para casa com Bruno, estava esgotada.

– Posso ficar por aqui? - Bruno falou com cara de cão sem dono.

– E ainda pergunta? - Respondi dando-lhe um beijo.

– Ótimo, porque mesmo que você dissesse não, daqui eu não ia sair. - Bruno falou me puxando para dentro do apê.

Ficamos nos beijando por um bom tempo, Bruno com suas mãos quentes sob minha cintura era enlouquecedor, mesmo depois de oito meses de namoro, eu sentia como se fosse o nosso primeiro beijo.

– Tô cansada, vou tomar um banho... - Falei com um ar um tanto quanto provocante.

– Não faz isso comigo... - Bruno falou com um sorriso maroto.

– Isso o quê? - Falei puxando-o pela gravata, deixando-o cara a cara comigo.

– Isso, de ficar me provocando... isso de ficar me colocando cara a cara com você e não deixar eu te beijar como se fosse o último dia de nossas vidas, isso de fic...

– Shhhhhh... - Falei tapando a boca dele. - Não peça permissão, apenas faça. - Falei jogando ele no sofá e caminhando em direção ao banheiro.

Depois de um dia lindo, porém, cansativo, eu acho que mereço uma noite de prazer, não acham? Entrei no banheiro, me despi e entrei no box. Liguei o chuveiro no bem morno e fiquei ali, sabendo que logo mais ele também viria.

Na mosca! De repente vi a porta se abrir e Bruno entrar no banho junto comigo.

– Falei pra não fazer isso comigo... - Bruno falou me pressionando contra a parede.

– Faço... - Falei beijando-o.

Sentir bruno comigo era a melhor coisa do mundo, me sentia desejada e amada de verdade, como nunca na vida havia sido antes. Ficamos no banho por longos minutos, não sei se era a temperatura do chuveiro ou se era nossos corpos colados que estavam em chamas.

– Vem comigo. - Falei vestindo o roupão e dando o de Bruno.

Fui para a cozinha e preparei uns sanduíches para nós comermos, afinal, eu estava morrendo de fome e definitivamente, sanduíche era a coisa mais prática a se fazer naquele momento.

– Hm, a Britt é tão fofinha né?! Cabelinho fininho, igual o da mãe. - Falei enquanto dava mordidas no sanduíche.

– Linda mesmo, uma bonequinha. Mas e o Brendon, espertão demais para um recém nascido. - Bruno falou enquanto dava goles no suco.

– Tô até vendo ele daqui a alguns anos jogando bola com Bryan. - Falei sorrindo olhando pro nada.

– A gente já pode encomendar um se você quiser... - Bruno falou me olhando maliciosamente.

– Para de ser bobo. - Respondi sorrindo.

– Por quê? Imagina que lindo nós com um ou dois... vai que vem gêmeos. Que louco. - Bruno viajava demais, né?!

– Que louco é você falando essas coisas. - Minhas bochechas já queriam formigar com aquele assunto.

– Vamos pro quarto? Tô louco pra deitar. - Bruno falou me puxando pela mão.

– Deitar? Uhuum, vou fingir que acredito. - Sorri timidamente.

– A gente pode fazer outra coisa se você quiser... - Era engraçada a forma dele ser malicioso e romântico ao mesmo tempo.

– PARA SEU BOBO! - Falei alto e corri na direção do meu quarto.

Bruno correu logo em seguida, fechei a porta antes dele entrar.

– aaaah, assim não vale. - Bruno falou batendo de leve na porta.

Gargalhei e falei: - Para abrir, só me dizendo as palavrinhas mágicas, aquelas três que você sabe que eu amo ouvir...

– Você é sexy. - Bruno falou gargalhando também.

– Idiota.

– Não são essas? Hm... ah já sei... eu sou seu. - Bruno era terrível.

– Hum... gostei dessas aí, mas ainda não são essas, vou dormir sozinha, na minha cama imensa, sem ninguém para abraçar de madrugada... ah que pena... - Falei ironicamente.

– Eu te amo.

– Opa, não ouvi direito, repete mais alto... tem muito barulho lá fora (mentira!)

– E-u-t-e-a-m-o. - Bruno falou pausadamente, que bonitinho.

Abri a porta e ele me olhou de cima a baixo, como um lobo querendo atacar a presa.

– Não vai entrar? Vou fechar de novo... - Falei o olhando fixamente.

Bruno me puxou para perto dele e me beijou de uma forma que não dá para explicar. Empurrei a porta para que se fechasse e Bruno foi me guiando até a cama, por entre seus beijos quentes e desejáveis. Nem preciso dizer que não deu trabalho nenhum, afinal já estávamos só de roupão...

Fui jogada na cama rapidamente e quando me dei conta, já estávamos nus, completamente entrelaçados um ao outro. Bruno realmente sabia como satisfazer uma mulher, era sexy, quente e enlouquecedor de uma forma carinhosa, apaixonante e envolvente.

– Eu te amo. - Falei entre suspiros.

– Eu sei. - Bruno falou cheio de si enquanto beijava meu corpo por completo.

– Convencido, idiota, chato, irritant...

– SEU. - Bruno falou me olhando nos olhos.

– Meu. - Falei retribuindo o olhar.

Aquela noite, havia sido uma das melhores da minha vida. Vestimos peças confortáveis para dormir, conversamos mais um pouco sobre nossos afilhados e pegamos no sono, agarradinhos.