—Obrigado Suzanna. - disse gentil para minha secretária assim que ela me serviu uma xícara de café forte e sem açúcar, do jeitinho que gostava, enquanto estávamos em mais uma reunião com o corpo administrativo da rede de hospitais.

Estava me esforçando ao máximo para me concentrar no teor da reunião, mas era impossível quando a minha cabeça só conseguia pensar na conversa que tive com meus pais e meus irmãos ontem à noite.

Meu instinto me dizia que os quatro estavam escondendo algo de mim, que resultava na pressão que meu pai estava sofrendo para me tirar da administração da rede de hospitais, um cargo que havia assumido a menos de três meses.

Decidi que iria colocar os quatro contra a parede hoje mesmo, para que me contassem a verdade, pois tinha o direito de saber o que estava acontecendo, principalmente se isso me envolvesse.

—De nada Ethan, deseja mais alguma coisa? - Suzanna questionou solicita me tirando dos meus pensamentos e neguei com a cabeça, tomando um pouco do meu café e suspirando satisfeito, por sentir o gosto amargo e saboroso da bebida encorpada, que havia aprendido a gostar com o meu pai, um grande apreciador de um bom café.

O café sempre teve o poder de me deixar alerta, ainda mais depois de uma madrugada cansativa e prazerosa, como a que tive ontem. Foi impossível não sorrir ao relembrar de como minha noite havia sido maravilhosa, ao lado daquela morena que encontrei no Brasileiro, as lembranças da noite passada foram capazes de me fazer esquecer por um momento, as desconfianças que sentia em relação a minha família.

—Por acaso estamos lhe entediando ou falando alto demais, Ethan? - Oliver, neto do meu primo Abbot, questionou sarcástico e voltei minha atenção para ele.

Apesar de Oliver ser da família, ele nos odiava.

Parecia ser uma regra geral dos Abbot odiar os Thompson, mas sabia que toda aquele ódio era alimentado por Silvestre, afinal, se meu pai não tivesse aparecido anos atrás, ele herdaria todo o patrimônio que meu avô paterno iniciou e meus bisavôs deram continuidade.

De uma coisa nenhum dos Abbot poderia reclamar, depois que meu pai assumiu sua herança a empresa da família deixou de ter apenas sede na Inglaterra, para possuir filiais no mundo inteiro transformando o sobrenome Thompson, em sinônimo de sucesso no mundo coorporativo.

—Não Oliver, estou achando o assunto extremamente interessante. Principalmente a variação de custo dos monitores de sinais vitais, eles triplicaram de um mês para outro. -destaquei olhando em seus olhos e ele me olhou sério.

—Por acaso está insinuando algo, Ethan? - Oliver questionou sério sem desviar os olhos dos meus.

— Não sou homem de insinuar e você sabe muito bem disso, Oliver. Se tivesse alguma dúvida sobre sua conduta profissional, estaríamos tendo essa conversa no conselho de ética da empresa. - disse sério, uma coisa era não gostar de Oliver outra era colocar em dúvida, ainda mais sem provas, a sua honestidade na frente do conselho administrativo.

—Ótimo. O aumento dos monitores de sinais vitais se deu pela atualização que os mesmos sofreram, resultando na elevação de preço. Isso será melhor explicado na página cinco, se puderem, por favor, ir até ela. - Oliver pediu e concordamos antes de irmos até a página solicitada por ele, na qual possuía uma planilha descrevendo todas as novas funções do monitor, assim como a comparação de preços de vários fornecedores.

Depois de uma reunião exaustiva, na qual resolvemos inúmeras questão emergenciais da sede e das filiais da rede de hospitais pedi a Oliver que permanecesse na sala, pois precisávamos conversar com o mesmo, o que não lhe agradou muito.

—O que foi? Vai me passar um sermão, porque sugeri que meu chefe passou a noite anterior na farra e acordou de ressaca? - Oliver questionou sarcástico e respirei fundo tentando controlar o meu temperamento, que estava louco para lhe dar uma resposta à altura.

—Não, Oliver. Só quero que pare com suas insinuações durante a reunião do conselho administrativo da rede de hospitais, a minha vida fora dessas paredes não interessa a ninguém daqui. A única coisa que interessa dentro delas é a minha conduta profissional, como médico e administrador. - disse severo e ele me olhou sério enquanto cruzava os braços.

—Não é o que o conselho administrativo do Conglomerado anda pensando ultimamente. - meu primo disse e estreitei os olhos, percebendo que ele sabia muito mais do que queria dar a entender.

—O que você sabe que não está me contando, Oliver? - questionei olhando em seus olhos e ele negou com a cabeça.

—Eu nada, mas se fosse você, perguntaria para a sua família. Porque tenho certeza, que eles devem saber muito mais do que nós dois. - ele sugeriu misterioso antes de deixar a minha sala com o ar vitorioso, por ter plantado em mim a semente da desconfiança.

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—Pela sua cara, você deve ter chegado em casa de madrugada ontem e dormido umas quatro horas de relógio. A noite pelo menos valeu a pena? - Edgar questionou assim que se sentou na minha frente, na mesa que costumávamos almoçar todos os dias no refeitório do hospital.

—Sim, valeu a pena cada segundo. - disse malicioso e meu amigo revirou os olhos enquanto ria, mas fiquei sério de repente lembrando das minhas desconfianças, enquanto olhava a comida intocada na minha bandeja, algo raro.

—O que houve? Você ficou todo sério de repente e mal tocou na comida, o que não é normal. Nunca o vi dispensar uma boa comida. - meu amigo disse preocupado e suspirei antes de concordar com a cabeça.

—Meu instinto me diz, que está acontecendo alguma coisa. Algo que todo mundo sabe, mas não quer me contar...Meus pais e meus irmãos mais velhos, sabem do que se trata e o Oliver acabou de dar a entender na sala de reuniões, que o conselho administrativo do Conglomerado está exigindo que meu pai me demita.- expliquei e Edgar ficou desconfortável de repente, o que me deixou ainda mais desconfiado.

—Isso deve ser impressão sua, já o Oliver nunca foi com a sua cara. - Edgar disse sem olhar nos meus olhos e me inclinei em direção a mesa, para ver melhor seus olhos verdes.

—Não é impressão minha, Edgar, minha própria mãe confirmou ontem o que Oliver acabou de me dizer. E pelo jeito, você também sabe o que está acontecendo. - disse sério e meu amigo suspirou antes de olhar nos meus olhos, foi quando vi que ele realmente estava me escondendo a verdade. -Edgar, se você sabe o que está acontecendo, quero que me diga agora.

—Isso não vale a pena, Ethan....É melhor você nem saber. - meu amigo desconversou e o olhei sério.

—Quem deve julgar isso sou eu, Edgar. Se você se considera meu amigo, precisa me dizer a verdade. - implorei angustiado olhando em seus olhos verdes e meu amigo respirou fundo, antes de balançar a cabeça concordando.

—Antes de tudo, quero que saiba que não lhe contei porque sei que seria incapaz de fazer algo assim, e não iria preocupá-lo com boatos sem fundamento.

—Agora você está me assustando, o que estão dizendo de mim por aí, Edgar? -implorei desesperado e meu amigo respirou fundo, tomando coragem para falar.

—Espalharam por todo Conglomerado, que você dormiu com todas as funcionárias da empresa, tirando as mulheres da sua família e algumas funcionárias de idade avançada. - meu amigo disse indignado e fiquei chocado diante desse boato, completamente maldoso e sem fundamento, que haviam espalhado sobre mim na empresa da minha família.

—Isso é mentira. Jamais fui pra cama com uma funcionária do Conglomerado. Se tem duas coisas que são sagradas pra mim, é o meu juramento de Hipócrates e o meu local de trabalho. - disse furioso e alto demais, atraindo a atenção das pessoas que também estavam almoçando no local.

—Sei disso, Ethan, mas você precisa ter calma. - meu amigo pediu e sorri furioso, me levantando da cadeira em que estava sentado.

—Calma é uma virtude que não possuo e você sabe bem disso, Edgar. - disse tremendo de raiva e indignação, enquanto meu amigo se levantava da cadeira alarmado.

— Há eu sei disso, por isso estou preocupado. Onde você vai, Ethan?

—Vou tirar essa história a limpo, agora mesmo. - disse determinado seguindo para fora do refeitório, ignorando os apelos do meu amigo, enquanto caminhava furioso em direção ao prédio administrativo da empresa.

Sabia que a uma hora dessas Ária ainda estava na sua sala, pois ela só saia para o almoço daqui há meia hora, uma oportunidade perfeita para que pudesse arrancar a verdade da minha irmã mais velha.

Furioso, sai do elevador que abriu no andar da presidência e agradeci aos céus pela secretária da minha irmã não estar em sua mesa, provavelmente ela já devia ter saído para o almoço, me dando a oportunidade perfeita para surpreender Ária não lhe dando tempo de inventar uma desculpa rápida, que pudesse justificar o porquê todos estarem escondendo algo de mim.

Entrei com tudo na sala, empurrando a porta de uma vez e sorri surpreso, ao ver que a minha família estava ali reunida.

Ótimo, poderia descobrir toda a verdade de uma vez.

—Que susto, Ethan, isso lá é jeito de entrar na minha sala? - minha irmã questionou com a mão no coração e ignorei seu comentário, enquanto olhava seriamente para as quatro pessoas que confiava cegamente, que haviam olhando nos meus olhos e mentindo pra mim ontem à noite.

—Ethan, filhote, o que aconteceu? Por que está tão transtornado desse jeito? -mamãe questionou preocupada assim que percebeu meu estado de espirito.

—Como tiveram a coragem de mentir pra mim? Porque não me contaram a verdade quando perguntei? Mas não, vocês preferiram esconder de mim, como sempre fizeram. - gritei com raiva olhando para eles que se entreolharam, o que me deixou ainda mais furioso. - Droga, parem com isso. Parem de selecionar o que posso ou não saber, não sou mais criança para que me protejam de tudo, se não perceberam sou um homem feito e tenho todo o direito de saber, o que andam falando de mim pelas costas. Que tipo de família é essa, que esconde coisas dos outros?

—Ethan, filhote, só queríamos te proteger. - mamãe disse culpada e neguei com a cabeça.

—Eu dispenso esse tipo de proteção dona Leah. Vocês não me contaram porque acham que ainda sou um filhotinho indefeso, que precisa de proteção e cuidado. Mas olhem pra mim...Não sou mais uma criança, tenho vinte e sete anos, sou adulto perante a lei e posso resolver meus próprios problemas. - disse furioso enquanto olhava para eles.

—Sabemos disso filho, julgamos que não era certo preocupa-lo com boatos maldosos. Nos desculpe se fizemos mal, estávamos apenas tentando lhe proteger. -papai disse calmo e rosnei furioso, por perceber que jamais deixaria de ser o caçulinha indefeso para a minha família.

—Não preciso de proteção doutor Thompson, preciso que me contem a verdade de uma vez. -exigi furioso enquanto os olhava decepcionado por terem mentindo para mim daquela forma.

—Ethan, filhote, por que não respira fundo e tenta se acalmar um pouco?! Antes de nos sentarmos para conversarmos. - mamãe sugeriu e neguei com a cabeça furioso.

—Não quero respirar fundo e muito menos sentar, para conversar com nenhum de vocês. Vocês traem a minha confiança e depois querem fazer uma sessão terapêutica em família, para expressarmos nossos sentimentos?! Não mesmo dona Leah. - disse indignado com a sua sugestão e mamãe me olhou magoada.

—Já chega meu rapaz, entendo que esteja com raiva por termos mentido, mas não irei permitir que seja grosso com a sua mãe. Se quer ser tratado como adulto, pare de fazer cena como uma criança mimada, Ethan Harry. Quero que peça desculpas agora para a sua mãe. - papai exigiu severo e sorri sem humor negando.

— Não vou pedir desculpas nenhum doutor Thompson, se sou mimado, a culpa é de vocês que sempre me protegeram de tudo por ser o caçula. -apontei severo olhando para todos e vi a magoa tomar conta dos olhos dos meus pais.

—Ethan, você tem razão em ficar com raiva de nós, mas isso não justifica que seja cruel com os nossos pais. - Benjamin disse sério e o olhei com raiva.

—Droga, não estou sendo cruel. Estou sendo sincero...Vocês sempre me deixaram de lado, porque acham que sou de cristal e sempre relevei isso, mas dessa vez não. Eu tinha o direito de saber, algo que envolve o meu nome e que pode acabar com a minha carreira. Mas não, vocês preferiram esconder a verdade de mim, quem sabe até não tenham ficado em dúvida se não transei mesmo com todas as funcionárias da empresa, não é verdade? - questionei furioso olhando para os quatro que balançaram a cabeça em negativo.

—Claro que não. Ethan, conhecemos você desde que nasceu, sabemos o quanto ama a sua profissão e o seu local de trabalho e que jamais faria algo para prejudicar a nossa família. - Ária disse suave enquanto me olhava nos olhos e sorri negando.

—Não é o que parece. Nenhum de vocês teve a coragem ou a dignidade de me contar a verdade quando perguntei, preferiram ficar calados fingindo que não estava acontecendo nada demais. Enquanto todo a empresa me julgava pelas costas como um libertino...Vocês não tinham o direito de fazer isso comigo. - disse entre lágrimas enquanto eles me olhavam arrependidos.

—Ethan, nós só queríamos te proteger...- meu irmão começou a dizer entre lágrimas e o interrompi furioso.

—Não preciso da sua proteção, Benjamin...Não sou seu filhote. Eu precisava da verdade e não de proteção...E você é o pior de todos... Podia até relevar, o fato dos nossos pais e da nossa irmã mais velha esconderem isso de mim, mas você...Você não. Nós dois crescemos juntos, éramos amigos e confidentes...Sempre estive ao seu lado, seria capaz de dar a minha vida pela sua, sem pensar duas vezes e como retribuição, sou traído dessa forma?! Que tipo de irmão é você? - questionei entre lágrimas enquanto olhava magoado para o meu irmão mais velho.

—Me perdoe, não fiz por mal, Ethan...Escondi a verdade porque te amo e não queria que sofresse. - Benjamin pediu entre lágrimas enquanto me olhava culpado.

—Quem ama não engana e muito menos mente, Benjamin. - disse chorando enquanto olhava para o meu irmão mais velho, a pessoa uma das pessoas que mais admirava e que havia quebrado a minha confiança.

—Nos desculpe querido, só estávamos tentando lhe proteger, não pensamos que poderíamos lhe magoar tanto. - mamãe pediu chorando enquanto me olhava e meu coração se apertou em vê-la chorando daquela forma, mas a magoa era mais forte para que os perdoasse.

—Me desculpe mãe, mas não dá para perdoar vocês pelo que fizeram. - disse sincero enquanto enxugava as minhas lágrimas.

—Ethan, amor, você tem razão em ter raiva de nós. Não devíamos lhe esconder algo tão grave, mas sabíamos que tudo isso não passava de um boato, por isso sua mãe e eu, decidimos que seria melhor resolver tudo em sigilo, evitando que se preocupasse com algo sem importância. - meu pai disse com a sua costumeira calma e paciência e grunhi furioso, deixando minha mãe alarmada que por instinto ficou na frente do meu pai, protegendo-o de um possível ataque.

Como se eu fosse machucar o meu pai?!

Nem dominado por toda fúria que houvesse no mundo, seria capaz de fazer mal contra o meu pai...O homem que admirava desde que nasci.

—Esse boato sem importância, como os quatro classificaram, pode acabar com a minha carreira, nem mesmo o sobrenome Thompson, pode me proteger de sofrer um processo administrativo e judicial, por causa disso. Vocês pelo menos cogitaram tal hipótese?

—Sim. Por isso estamos tentando resolver essa história longe do conselho, porque sabemos que se isso chegar até os acionistas, Abbot jogará todos contra você e não terei outra alternativa a não ser demiti-lo.- Ária disse enquanto me olhava com preocupação e concordei a contra gosto, porque era a mais pura verdade.

Esse boato seria um prato cheio para Abbot, que faria questão de ser o primeiro a solicitar meu afastamento, como consequência seria instalado uma auditoria, responsável por rever todas as minhas ações profissionais e pessoais durante os meses que fiquei a frente da chefia da rede de hospitais, uma ação pela qual passei antes de assumir meu atual cargo.

Sabia que outra auditoria investigativa, provocada pelos boatos que estavam correndo por toda a empresa, prejudicaria a imagem do Conglomerado podendo até arruinar toda a credibilidade profissional do local que minha família construiu durante os anos, algo que jamais permitiria que acontecesse ainda mais por minha causa.

Mesmo sendo inocente de todas aquelas acusações, sabia que só podia tomar uma única decisão, para proteger tudo o que minha família havia construindo antes de eu nascer. Sem dizer uma palavra tirei o crachá da empresa, que estava no bolso da calça que usava, me aproximei da minha irmã e o coloquei em suas mãos enquanto todos me olhavam confusos.

—O que significa isso, Ethan? -Ária questionou confusa enquanto me olhava nos olhos ainda com meu crachá em suas mãos.

— Posso relevar que me julguem e me ataquem, a opinião dos outros nunca me importou, mas não vou admitir colocar na lama a credibilidade de anos dessa empresa ou reputação da nossa família, apesar dela ter me escondido a verdade. Por isso me demito, Ária. - disse sério enquanto olhava em seus olhos castanhos escuros que estava cheio de lágrimas.

—Mas eu não aceito a sua demissão. - minha irmã disse entre lágrimas enquanto olhava para os nossos pais. - Pai, mãe, vocês precisam fazer alguma coisa. Não podem deixar que meu irmão, se sacrifique por causa de um boato estupido.

—Sua irmã tem razão, filhote, você não pode se responsabilizar por algo que não fez seria injusto com você. Por favor, espere até encontrarmos uma solução para isso. - mamãe disse e todos concordaram.

—Não posso, seria egoísta da minha parte prejudicar tudo o que meu avô construiu e vocês deram continuidade.

—Ethan, meu amor, não decida nada de cabeça quente. Vamos nos sentar e conversar um pouco. - meu pai pediu suave e balancei a cabeça negando.

—Não tem conversa, papai, estou decidido e não voltarei a atrás...E acho bom começarem a procurarem meu substituto, tanto para o hospital quanto para o casamento. -disse olhando para o meu irmão que me olhou confuso.

—O que quer dizer com isso, Ethan? - Ben questionou me olhando nos olhos, preocupado com o que iria falar a seguir.

—Que não vou ficar ao seu lado no altar. Que não vou ser padrinho do homem, que olhou nos meus olhos e mentiu pra mim...Que não vou bancar o seu irmão, sendo leal e companheiro, quando traiu a minha confiança. Me desculpe, mas não posso mentir desse jeito...Espero que você e a Melissa sejam felizes. - desejei olhando nos olhos do meu irmão antes de sair da sala de Ária, deixando todos sem reação diante das minhas palavras.