O Ladrão Da Meia-noite

Perfume Almiscarado (Pt.01, Baile.)


[Elesis Narra]

Finalmente havia chegado o dia do grande baile de máscaras. Eu estava ansiosa... Quem sabe que tipo de rapazes eu poderia conhecer hoje... Hihi.

Comecei a vestir meu vestido, arrumei meus cabelos, deixando-os soltos, e ajeitei minha máscara, claro. As máscaras das garotas tinham detalhes dourados, e dos garotos, prateados.

Assim, iniciei minha caminhada pelo corredor, até o salão principal. Havia muitas garotas bonitas... Mal pisei no salão, um rapaz (Mascarado, claro) de cabelos azuis e compridos, presos num rabo-de-cavalo baixo, estendeu sua mão a mim, chamando-me para dançar. Aceitei sem hesitar, e ele começou a caminhar lentamente ao meio do salão, de mãos dadas comigo. O azulado colou nossos corpos, colocando uma de suas mãos em minhas costas e a outra segurando minha mão longe do corpo.

Logo começamos a dançar graciosamente, mas admito que eu não sabia dançar e pisava no pé do rapaz constantemente. Fiquei contente ao ver Mari e Arme dançando também.

– Como se chama senhorita? – Perguntou o azulado enquanto dançávamos.

– E-Elesis... – Respondi timidamente.

– Prazer... Sou Ronan.

– Hm... Que nome bonito... – Sorri um pouco.

– Hm... Que olhos bonitos... – Disse ele com timbre brincalhão, fazendo meu rosto enrubescer levemente.

Alguns minutos depois, os músicos fizeram uma pausa. Nesse intervalo, um rapaz moreno e mascarado se dirigiu a mim, estendendo sua mão, chamando-me para dançar. Ronan tentou protestar, mas o moreno colocou um de seus dedos em frente a seus lábios, pedindo silêncio, enquanto me puxava a seu encontro. Aquela pose de dançar logo se repetiu, mas me senti levemente estranha.

Uma música iniciou a tocar novamente, destacando na introdução o grande piano branco de cauda que havia. O corpo do moreno começou a se movimentar, levando o meu a movimento também. Um arrepio percorreu meu corpo quando senti seus fios negros de cabelo roçar em minha orelha e sua respiração bater em meu pescoço. Aquele perfume almiscarado era muito familiar... Era do...

– V-Você... É o ladrão da meia-noite...? – Sussurrei.

– Preciso mesmo responder?