– Mãe! - a jovem gritou de dentro de seu quarto.
– Que foi, filha ? - a mãe berrou de volta.
– Acho que cataram minha caneta lá na escola !

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Pedro Bittencourt era um menino de 13 anos, porém aparentava ter alguns anos à mais. Tinha o cabelo castanho-claro que ele próprio dizia que algum dia já fora loiro e olhos azuis bem claros. Não era nem alto, nem baixo. Tinha a altura certa para todas as garotinhas conseguirem adorá-lo. Seu humor não era lá dos melhores, na verdade, acabava com todos os seus relacionamentos. Ele era muito infantil, tanto que cansava. Uma vez, namorara a irmã de seu melhor amigo. O namoro não durou, porque logo a garota descobriu que ele já estava com outra. Pedro recebera uma boa porrada de seu amigo e saíra correndo feito uma menininha. Mas isso é um segredo entre eu e você, leitor.
Já havia me esquecido! Falando em segredos, tudo na vida de nosso galã estava correndo bem ( menos as notas, mas ele não se importava com elas ), se não fosse seu ’’pequeno’’ segredo. Ele era um jovem bonito, rico, com vários amigos e fangirls que fariam de tudo por ele, mas o que ninguém sabia era que ele tinha uma obsessão. Uma obsessão que ninguém jamais vira até os dias de hoje: Ele era um ladrão de canetas.