O grandioso teatro da ópera estava mergulhado em um silêncio solene, como se as paredes escuras guardassem segredos profundos e as cortinas vermelhas velhas preservassem histórias esquecidas. No centro do palco, um imenso lustre pendia do teto, seus cristais cintilantes parecendo estrelas capturadas, esperando para descer sobre a plateia em um espetáculo de luz e música.

Nas primeiras fileiras, os assentos vermelhos estavam vazios por enquanto, aguardando os espectadores que em breve preencheriam o teatro. Nos bastidores, uma agitação silenciosa preenchia o ar, com músicos afinando seus instrumentos e cantores ensaiando trechos de árias apaixonadas.

Em um camarote oculto, nas sombras, um homem misterioso observava cada movimento com olhos intensos. Sua figura enigmática estava envolta em um manto negro, e sua presença parecia quase etérea. Ele era conhecido apenas como "O Fantasma", uma lenda que pairava sobre a ópera como uma sombra silenciosa.

Seu olhar fixou-se em uma jovem soprano, Christine, cuja beleza e voz transcendiam a realidade. Seu coração batia acelerado enquanto ela se preparava para subir ao palco, seu vestido esvoaçante como um sonho. O Fantasma a observava com uma mistura de adoração e tristeza, como se seu coração guardasse memórias de um passado distante.

A cortina finalmente se ergueu, revelando um cenário deslumbrante que transportava o público para um mundo de fantasia. As notas musicais enchiam o ar, e Christine começou a cantar, sua voz preenchendo cada canto do teatro como um chamado apaixonado.

Enquanto a ópera se desenrolava no palco, os fios do destino começavam a se entrelaçar, ligando passado e presente, amor e mistério. A plateia estava encantada, mas nenhum deles poderia perceber as forças invisíveis que os uniam naquela noite mágica.

A Ópera das Almas Perdidas estava apenas começando, e as sombras do passado dançavam em harmonia com as esperanças do futuro, criando uma teia complexa de emoções e destinos entrelaçados.