O Equilibrio Entre Os Mundos

O último até logo a Hogwarts


Sabe, já estava ficando comum eu acordar no hospital, dessa vez eu abri os olhos e não estava sozinha, Harry estava ao meu lado sentado na cama da enfermaria colocando seus óculos, eu abri mais meus olhos e sentei me também:

–Harry...

Ele se virou para mim e disse:

–Você acordou agora também?

Apenas assenti e perguntei:

–Como se sente?

–Bem, não sinto dores, e você? Está bem?

Fiz que sim com a cabeça, olhei para uma mesa ao pé da minha cama, estava cheia de doces, e a mesinha de cabeceira ao meu lado também, assim como a de Harry. Entreolhamos-nos e sorrimos, antes que eu pudesse me questionar de quem eram, Dumbledore entrou no recinto e disse:

–Boa tarde crianças. Vejo que já estão acordados. Devem estar felizes com os presentes que receberam de seus admiradores.

Eu e Harry trocamos olhares confusos e perguntamos:

–Admiradores?

–Sim sim. Como vocês sabem, o que aconteceu no terceiro andar com o professor Quirrel é segredo absoluto, ou seja, todos já sabem.

Nós rimos.

–Como saímos de lá professor? Hermione lhe enviou a coruja?

–Eu já estava de volta antes mesmo que ela me enviasse. No momento em que cheguei no ministério senti que havia algo errado, já que o ministro não havia me convocado, então voltei na mesma hora para cá, encontrei seus amigos Rony, Hermione e Lukas no caminho para cá, e o senhor Darwin me conduziu de volta para onde vocês estavam e precisavam de ajuda, mas pelo que me pareceu, vocês se saíram muito bem com a tarefa.

–Lukas? Rony, Hermione e ele estão bem? Rony estava machucado. Eles estiveram aqui? Como eles estão?

–Estão todos muito bem Melissa, se acalme.

–Mas e a pedra?

–Se acalmem meninos. A pedra foi destruída.

–Destruida? – perguntei.

–Sim, meu amigo Nicolau e eu tivemos uma conversa, e achamos que seria melhor assim.

–Mas então... ele vai morrer não vai? – perguntou Harry.

–Sim ele vai. Mas ele tem poção o suficiente para deixar seus negócios em dia.

–Mas como a pedra veio parar comigo? Eu me lembro de estar olhando para o espelho e ...

–Sabe? Só uma pessoa, que quisesse a pedra, não para usa-la, poderia te-la. – ele olhou para mim e sorriu – Essa foi uma das minhas mais brilhantes idéias.

–Senhor, como eu sabia que a pedra estaria com Harry?

–Por que você não desejava ter a pedra minha querida, e sim protege-la.

–Mas então, sem a pedra, Voldemort, não pode mais voltar não é? – perguntou Harry.

Olhei apreensiva, mas depois de algumas coisas que li e pelo pouco que sabia, duvidava que a resposta fosse o que eu esperava:

–Eu receio que haja outras maneiras dele voltar. – respondeu Dumbledore. – Mas não por hora. Pois ele viu que não será tão fácil destruir os decendentes dos Potter, Flanning e Darwin.

Eu e Harry sorrimos, então algo me veio a cabeça.

–Senhor, por que o professor Quirrel não suportou que Harry o tocasse?

–Minha querida, assim como a sua mãe, a mãe de Harry se sacrificou por ele, se sacrificou por amor a ele, e isso deixa uma marca, não uma cicatriz, mas algo que está entranhado em suas veias e sua alma. Amor. Assim como seus poderes Melissa, que mesmo não estando aqui, você recebeu ajuda de seus pais, eles te deram forças, e assim como Lukas não podia ser atingido pelos feitiços de Quirrel, pois sua mãe, deu a vida por um ultimo feitiça, um feitiço tão poderoso, que protegeu seu filho, mesmo anos depois. O amor de seus pais por você Melissa, te levou a fazer as escolhas certas, a mãe de Lukas deu proteção a ele, mas a sua mãe, deu poder a você. Ela e seu pai lhe guiaram para a salvação, não apenas sua, mas a de seus amigos, que no momento era seu desejo mais profundo.

–Senhor, meu pai, o homem de longos cabelos loiros que vi no espelho, quem é ele? Ele não é humano, eu sei que não.

–Receio que terá que descobrir isso sozinha minha querida, sua historia não é fácil. Ainda não é hora.

Sabendo que não obteria mais respostas cessei minhas perguntas, Dumbledore se levantou e olhou uma caixinha de feijoezinhos de todos os sabores e exclamou:

–Ah! Feijoezinhos de todos os sabores. Quando era jovem, tive o desprazer de esperimentar um com um gosto nada agradável, mas acho que não tenho risco com um delicioso caramelo. – ele pegou um e colocou na boca. – Que pena. Cera de ouvido.

Eu dei um leve riso, e ele saiu do recinto, Harry se virou para poder me olhar e perguntou:

–Como sabia que eu estava com a pedra?

–Minha mãe. – respondi e ele pareceu confuso. – Quando estava me olhando no espelho vi meus pais, e ela estava com a pedra na mão, mas apontava para você, quando levou a mão ao bolso naquela hora eu logo interliguei as coisas.

–Inteligente.

–Nessas horas que Lukas e Hermione fazem falta. – eu brinquei.

Rimos um pouco e Madame Pomfrey entrou na enfermaria com alguns medicamentos, nos fez vários e vários exames, mas permanecemos na enfermaria a noite. Na manhã seguinte bem cedo, nós fomos liberados, corremos para o salão comunal da Grifinória, não tinha ninguém nos corredores da escola, mas antes de chegarmos ao salão, no tomo da escada que dava entrada para a Grifinória, Rony, Hermione e Lukas estavam ali, eles se viraram e abriram grandes sorrisos, Lukas correu para baixo com os outros dois em seu encalço e me abraçou forte:

–Como se sente?

–Um pouco amassada agora, mas estou bem. – brinquei com ele.

Ele me soltou e deu risada, Hermione e Rony me deram abraços também, perguntei se estavam todos bem e eles afirmaram que sim. Passamos o dia conversando sobre o ocorrido, nos sentíamos incríveis, durante o dia, varias pessoas nos cumprimentavam e nos parabenizavam pelos feitos.

Mas, quando chegou a noite, estávamos meio desanimados, mesmo com todos os nossos feitos, Sonserina havia vencido a taça das casas, a pontuação já estava contada, e o grande salão estava decorado em verde e prata com grandes serpentes. Como era o ultimo dia estávamos todos com nossos chapéus, conversávamos animadamente na mesa da Grifinória, muitos perguntavam o que havia acontecido e como derrotamos um professor, estava até que divertido.

Então a professora McGonagall nos pediu um minuto de silencio, era hora de anunciar os vencedores, da taça das casas. O Professor Dumbledore se levantou e começou a fazer seu discurso:

–Mais um ano se passou em Hogwarts, e eu espero que vocês tenham aprendido tanto o quanto puderam. E agora, já é hora da taça das casas ser entregue, a classificação é a seguinte, em quarto lugar está Grifinória, com 312 pontos. – houveram desanimados aplausos e ele continuou – em terceiro lugar está Lufa-Lufa, com 352 pontos. – mais aplausos. – Em segundo lugar, Corvinal, com 426 pontos. – a essa hora os sonserinos já estavam bem animadinhos – E, em primeiro lugar, Sonserina, com 472 pontos.

A mesa da Sonserina explodiu em vivas e alunos batendo na mesa. Dumbledore teve que levantar mais o tom de voz para que pudesse falar:

–Sim sim. Muito bem Sonserina muito bem. Mas, devido aos recentes ocorridos, devo acrescentar alguns pontos de ultima hora.

O salão se fez silencio, todos se entreolhavam confusos, e eu resmunguei:

–Ele não pode estar querendo dizer...

–Para a senhorita Hermione Granger, pelo excelente uso da lógica, quando seus amigos corriam grave perigo, eu lhe concedo vinte pontos. – a mesa da Grifinória soltou vivas, Hermione sorria encabulada, nós a parabenizamos e Dumbledore continuou – Ao senhor Ronald Weasley, pela melhor partida de xadrez que Hogwarts jamais viu em muitos anos, vinte pontos. – eu ouvi os gêmeos gritarem “Esse é o nosso irmão!” e Percy gritar da mesa dos monitores “É ele! É o meu irmãozinho!” Rony sorria orgulhoso. – Ao senhor Lukas Darwin, pelo estremo companheirismo, e pela lealdade pelos seus companheiros mesmo quando sua vida estava em risco eu concedo vinte pontos. – eu vi Lukas ficar vermelho depois sorrir levemente enquanto a mesa da Grifinória gritava parabenizações a ele, olhei por cima de seu ombro e vi Malfoy muito perplexo, e dei um sorriso mais triunfante ainda – Para o senhor Harry Potter, pela sua fibra e excepcional coragem ao enfrentar alguém mais poderoso que ele, eu concedo à casa Grifinória cinqüenta pontos. – a mesa explodiu em vivas, dei tapinhas nas costas de Harry que estava puro sorrisos. – E para senhorita Melissa Flanning, que pôs seus desejos, depois de sua real vontade de salvar seus amigos, que colocou a própria vida em risco para salvar aqueles que ela ama, eu concedo a casa Grifinória, cinqüenta pontos. – a nossa mesa explodiu em vivas, tínhamos empatado com Sonserina, deveria haver um desempate ou duas taças não sei, eu abri um sorriso muito grande enquanto eu ouvia pessoas gritarem meu nome e me parabenizarem, mas para a surpresa de todo o salão pelo que me parece, pois todos se calaram quando Dumbledore continuou – É preciso muita coragem para enfrentar os inimigos, e mais ainda para enfrentar os amigos, portanto, eu concedo a Neville Longbottom dez pontos. – Neville estava branco, nunca havia recebido pontos para Grifinória, e agora ele havia nos dado o ultimo ponto para a vitória. Todos lhe davam tapinhas nas costa e eu gritei um parabéns a Neville que ainda estava perplexo demais para falar alguma coisa. – Acho que se estiverem certos os meus cálculos, deve haver uma mudança na decoração. – e com um bater de palmas o salão ganhou as cores e o brasão de nossa casa, e por fim Dumbledore deu o anuncio final. – Grifinória ganha, a Taça das Casas!

Acho que mesmo da floresta proibida se ouviam os nossos gritos, que ate mesmo Lufa Lufa e Corvinal nos parabenizavam, principalmente pelo fato de ter ganhado de Sonserina, o salão explodiu em vivas e chapéus, varias pessoas me parabenizaram, eu dei abraços em mais pessoas que posso contar, eu sorri triunfante ao ver que Malfoy estava perplexo demais para se manifestar.

Aquela fora a melhor noite da minha vida.

Na manha seguinte, estávamos preparados para ir embora, mas Hagrid apareceu na Grifinória e nos pediu que o acompanhasse até o grande salão. Dumbledore estava lá sentado no centro da mesa, caminhamos até ele.

–Os chamei aqui para lhes informar que não partirão com os outros no trem, nem voltarão para Nárnia hoje.