Voltamos para o dique, para pegar algumas coisas, quando do lado de fora ouvimos latidos.

-São os lobos da feiticeira, estão atrás de nós. –disse o Sr. Castor.

-Vamos pelos túneis que você e o texugo cavaram, vão dar na igreja não é? –disse a Sra. Castor.

-Na verdade vai dar na casa dele, mas agora não temos mais tempo para isso, vamos logo.

Corremos para os fundo onde eles abriram um alçapão, entramos, era um túnel imenso, começamos a correr o mais rápido possível, mas era difícil, pois o túnel era muito baixo e apertado. Os latidos começaram a ficar mais próximos, então Lucia disse:

-Os lobos, eles estão no túnel.

-Venham corram. –gritou o Sr.Castor.

Começamos a correr mais rápido, até que saímos do túnel, Pedro e Lukas pegaram uns barris que encontraram e colocaram na saída do túnel, quando olhamos em volta, realmente haviam texugos, mas eles estavam petrificados, o Sr. Castor, foi até um dele, e olhou com tristeza, a sra. Castor colocou a mão em seu ombro e disse:

-Sinto muito querido.

-Era meu melhor amigo.

-É isso o que acontece com os que se opõem à feiticeira.

Disse uma voz estranha, olhamos em volta e do nada surgiu uma raposa.

-Dê mais um passo traidor que eu mato você! –ameaçou o Sr.Castor.

-Calma calma. –disse a raposa- Eu sou um dos mocinhos.

-Pois se parece mais com um dos vilões. –retrucou o Sr. Castor.

-Uma leve semelhança familiar, mas então vocês não querem ajuda?

Pedro olhou para a boca do túnel onde o latido dos lobos se aproximava e disse:

-Qual o seu plano?

Nós subimos em uma arvore, enquanto a raposa esperava pelos lobos e iria mandá-los para outro caminho, quando eles chegaram, a raposa disse:

-Saudações primos.

-Não tente me enganar eu sei de quem você é aliado. –disse um dos lobos.

-Agora diga-nos para onde foram os humanos. –disse outro.

-E o que eu ganho com isso? –perguntou a raposa.

Um lobo mordeu deu dorso e a suspendeu, a raposa choramingou, e um dos lobos disse:

-Sua recompensa é viver, não é muito, mas é o bastante para você.

-Norte, foram para o norte. –mentiu a raposa.

-Farejem –disse o lobo.

Eles sumiram na floresta deixando a raposa ali, ferida. Pouco tempo depois descemos, pegamos a raposa e a levamos para um lugar coberto onde Sra. Castor foi tratá-lo.

-Pare de se mexer! –disse ela- está pior que o castor em dia de banho.

-O pior dia do ano. –disse o Sr. Castor.

-Os texugos estavam ajudando Tumnus, a feiticeira chegou aqui antes de mim. Não pude fazer nada. –disse a raposa e se levantou.

-Vai partir? –perguntou Lucia.

-O tempo é curto majestade e o próprio Aslam me enviou para reunir tropas. –respondeu a raposa.

-Você viu Aslam? –perguntaram os castores.

-E como ele é? –perguntou a Sra. Castor.

-Como sempre ouvimos falar. –respondeu a raposa- Bom, não disponho de mais tempo, devo partir agora mesmo, até logo majestades, castores.

Ele adentrou no meio da floresta, como já era tarde da noite, resolvemos dormir ali mesmo.

De manhã bem cedo, começamos a andar em direção ao acampamento de Aslam.