Sumário

Anne

1- Paixão.

2- Quando isso vai acabar?.

3- Tic-Tac.

4- Maldita hora.

5- Fora do normal.

6- Porque?,quando eu penso que tudo tá bom,piora.

7- Desistindo de tudo e de todos.

8- Mãe lá vou eu.

9- Viajando.

10- Conhecendo e Descobrindo.

Anne

“Nós somos do tecido de que são feitos os sonhos”.

1-Paixão

Eu sou uma pessoa digamos assim,dentro da normalidade,ok a quem quero enganar?,

Apenas sou uma menina de 17 anos,que não gosta de seu nome completo,ok,

Meu nome é Anna Sophie Miller,mas prefiro que me chamem por Anne,moro com meu pai no Brasil,embora queria estar com minha mãe que mora em ForksWashington EUA,Estou no segundo ano do ensino médio,na minha escola eu não sou do tipo popular,até porque aqui no Brasil não tem muita essa coisa de popular,digamos que sou conhecida apenas por minhas responsabilidades.

- Anna Sophie,preciso que você venha ao quadro para mim.

Ok,eu sei que não é o que você tinham pensado,mas escrever no quadro quando os professores não querem é uma coisa importante,a quem eu quero enganar,é uma coisa constragedora que não serve pra nada,ainda mais pra mim,eu não gosto de me exibir e nem falar em público,sou do tipo desastrada,não me preocupo muito com roupas,gosto dos meus moletons velhos,calça jeans,blusa comum,e é isso.

- Anne,olha só quem vem ali.

-Quem Lyliam?

- Olha é o Lucas.

Lucas era um menino que eu admirava desde pequena,estudamos desde o jardim de infância juntos,e desde então tento me aproximar dele.

-Você deveria falar com ele.

-Você está louca Lily?,além do mais meninas como eu não tem a mínima chance com ele.

- Tá brincando? Você é inteligente,divertida,fala 4 línguas,além do que é bonita.

-Bonita,só pode estar brincando,ele só gosta de meninas de nariz arrebitado e que usam rosa.

Charllote começou a rir,mas eu não achei nada engraçado,eu sei que não era isso tudo,bonita com certeza eu não era

Peguei um livro e comecei a ler,o nome do livro é sonho de uma noite de verão,eu adoro esse livro,então,continuei lendo,não teria aula,então fiquei sentada ali mesmo,quando senti alguém me catucando,me virei para ver quem era.

-Oi.

Ã?eu só posso estar sonhando,era ele,ele....e agora?

-Ah,ér...oi.

-Seu nome é Anne,não é?.

-É sim,e o seu é Lucas.

Ele arqueou a sombracelha,de um modo surpreso,eu acho que ele não esperava que eu soubesse o nome dele,isso fez com quem eu ficasse corada.

-Ok você me deixou eu desvantagem,já sabia meu nome e me conhecia,agora me pergunto como nunca falou comigo?

Fiquei paralisada,como?,eu falar com ele?,tive que rir,como eu iria falar com ele assim?

-Eu nunca...

-Não precisa responder,é que...eu estou te olhando a 1 ano e você nunca falou comigo,eu precisava falar com você sabe,eu não aguento mais,eu tenho que falar.

Ai meu Deus o que ele ia falar?,eu estava atônita,estava num sonho irreal.

-Pode falar.

-Eu sou louco por você,eu te amo,e não consigo mais esconder isso,todos a sua volta sabem disso,Lyliam não te contou?

-Não.

Lily iria ver,como ela pode fazer isso?,bem que uns tempos pra cá,ela ficou com essa histórinha de que ele pode gostar de você,poderia ter me poupado menos constrangimento.

-Então?

-O quê?

-Você aceita sair comigo.

Fiquei pensando se aquilo era o certo,porque achei muito estranho ele me chamar pra sair agora,mas o que eu tinha a perder?.

-Tá bom..então que horas vai me pegar em casa?.

-Hum...ás 18:00hs?

-Tá bom.

-Tchau.

Eu estava me preparando para me levantar,quando ele me puxou e me beijou na bochecha.

-Tchau Anne.

Sério?,isso é totalmente doido,ele chega,fala algumas coisinhas e me chama pra sair e eu aceito?.

O sinal bateu,corri,porque agora teria aula de geometria.

-Hei Anne,espera aí.

-Lily foi muito bom te encontrar.

-Agora não Anne,temos aula lembra?

-Ok,mas depois vamos conversar.

Entramos na sala,todos me olhando com seu eu tivesse ganhado na loteria,to achando essa coisa de sair com o Lucas muito suspeita,como ele poderia me amar a 1 ano?, eu perceberia,aquilo não passava de um sonho muito longe que eu nunca iria alcançar.

A professora deu uma pausa,então logo fui querer explicações da Lily.

-Lily,porque você não me contou que o Lucas está interessado em mim?.

-Eu não sabia de nada,mas,ele te contou alguma coisa?.

-Ai lily,não adianta mentir,ele me contou.

-Então tá,eu já sabia,mas eu queria que ele te contasse,fico feliz que ele tomou iniciativa.

-É,ele me convidou para sair.

-Boa sorte para você amiga,aproveite tudinho.

Saímos da escola,fui direto para casa,chegando lá me deparei com a minha madrasta,ai ela não gostava de mim e me destratava na frente dos outros,não entendo o que meu pai viu nela,claro ela era bonita,mas nunca vi tanta beleza ser ofuscada por tanta arrogância.

- Olá Silvia,meu pai chegou?

-Oi,não porque?.

-Tenho que avisar a ele que vou sair daqui a pouco.

-Com quem?,já está aprontando.

-Olha Silvia,não devo nada a você.

- Eu estou contando os dias para você fazer 18 anos e ir morar com renegada da sua mãe lá nos EUA,assim seu pai será todo meu.

-Tenho pena de você Silvia,acha que pode bancar a santa a vida toda,quando meu pai descobrir quem você é,você vai viver pior do que cachorro no lixo,vai se sentir tão imunda,você pensa que eu não sei que você traiu me pai?

-Cala a boca sua pirralha insignificante,faça o que quiser,depois se resolva com seu pai.

Eu estava chorando,não por ser insultada por essa louca com quem meu pai pretende passar o resto da vida,mas estava chorando de raiva,raiva por tudo o que eu passei perto dessa mulher que cada vez me fazia desejar fugir o mais rápido possível,mas é claro qu eu não faria isso,eu amo o meu pai e nunca faria uma coisa dessas.

Subi para o meu quarto,Rio de Janeiro é um calor infernal,pensando bem pode esfriar,então entrei na banheira e relaxei um pouco,coloquei alguns sais aromatizantes,fui procurar umas roupas,revirei tudo no meu guarda-roupa,no final acabei optando por um vestido lilás em cima do joelho um pouco justo tomara que caia e um all-star branco,no cabelo escovei,percebi que estava grande,batia até a cintura,já que era liso e encaracolado nas pontas,fiz um franja francesa e pronto,na maquiagem,fiz simples,quando acabei tudo peguei minha bolsa e desci.

- Anne.

-Já estou descendo.

Descendo as escadas me deparo com meu pai,ele estava de aparência irritada.

- Posso saber aonde a senhorita vai?

-Bom,um colega me chamou para sair,sabe,ir ao cinema,quis falar com o senhor mas a querida Silvia disse que eu podia ir e que você não estava em casa.

Como ela era venenosa,ela estava no sofá com um sorriso no rosto,acho que ela esperava vingança pelo que eu falei dela hoje,mas percebo que ela não me conhece o bastante para formular isso.

- Bom,não foi isso que ela disse.

Olhei para ela,quando meu pai virou para ela,o sorriso logo se desfez,substituido por um choro totalmente falso e uma cara que você teria dó.

- Leandro,ela me disse coisas horríveis,me destratou e ainda por cima me agrediu,não vê?

O que aquela louca estava dizendo?,eu bati nela?,quando olhei mais fundo ela tinha um corte no braço,que até então eu não tinha percebido.Ela própria se cortou ,só para meu pai não me deixar sair?,eu já estava vendo vermelho,agora ela estava fazendo meu pai se virar contra mim.

- Pai eu não fiz nada,ela está mentindo,você acha que eu cortaria ela?,ok que eu odeio ela,mas eu nunca faria uma coisa dessas.

Mirei ela nos olhos,a encarei para que ela desejasse nunca ter nascido.

- Você,meu pai nunca vai acreditar em você, acha que ele ama mais a você do que a mim?,gaste o seu tempo com coisas viáveis querida,pensa oque?,que meu pai te ama tanto assim?,com quem ele teve uma família?,me responde estúpida.

- Anne não fale assim com a Silvia.

- Como?,ela me destrata na frente das pessoas,faz da minha vida um inferno e eu não posso falar assim com ela?,como se não bastasse ainda ficou mais louca,como se pudesse,vejo que agora ela se corta para me culpar de algo.

- Anne,eu nunca te fiz nada,eu te amo.

Ok agora eu estava preparada para alcançar o pescoço dela,ou começar uma sessão de tapas.

-Nunca mais repita isso,você me entendeu?,sua mal caráter,falsa,cobra.

- Anne porque você odeia tanto a Silvia?

- Pai,lembra daquela vez que você teve de sair a negócios e eu fui logo em seguida dormir na casa da Lily?

-Sim,lembro.

Vi a cara da Silvia,ela sabia muito bem aonde eu queria chegar,meu sorriso foi crescendo cada vez mais,o medo dela estava me alimentando.

- Então ,eu tinha esquecido minha escova de dentes,aí voltei...

- Deixe Leandro,ela tem razão eu menti sobre o corte.

- Como assim?

- É que eu queria um pouco de atenção,mas não pretendia ir tão longe.

Ah ela não iria se safar assim,agora eu ia terminar tudo de uma vez só.

-não pai ela está mentindo,eu vou terminar de contar tudo querida,é uma bela história,e você é a protagonista.

- Então pai como eu estava dizendo,voltei para pegar minha escova de dente,de início pensei que Silvia estaria dormindo,mas então ouvi um barulho na cozinha andei devagar pensando ser um ladrão me escondi atrás da escada,quando então vi a minha querida Silvia sendo carregada para o alto da escada por um homem digamos..favorável,observação levada aos beijos para a escada.

- O que?

- Isso aí pai,e ainda tem mais,intrigada,eu subi as escadas e os segui,achando que ela teria a casa toda pra ela e ...pro garanhão ela deixou a porta aberta,e acredite eu vi tudo.

Meu pai estava chocado com tudo que eu falei,não conseguia decifrar tudo que se passava no seu olhar,ódio,tristeza somado com decepção.

- Você não tem como provar pirralha.

Eu admirava ela depois de tudo que eu contei ela ainda me chamava assim,a máscara estava caindo.

-Aí que você se engana,foi um belo show,eu gravei tudo sua idiota,você acha que eu falaria tudo isso pro meu pai sem provas?.

- Anne quero ver isso.

- Tá bom pai.

Mostrei tudo ao meu pai,ele ficou triste de imediato,pois no vídeo ela falava muito mal dele,e fazia juras de amor ao tal homem.

- Silvia,vamos dar um volta,agora.

Ela nem pestanejou,pegou a sua bolsa e foi logo para o carro.

- E Anne,pode sair com seu colega,não volte tarde ,e também não espere por mim.

Logo quando meu pai foi embora com a megera 10 minutos depois lucas chegou.

Meu coração estava aos pulos,ele estava lindo,assim que ele estacionou na calçada,eu tentei ficar mais calma possível e segui em diante.

Logo quando me aproximei do carro,ele saiu rapidamente e abriu a porta para mim.Me sentei apreensiva.

- Anne já te falaram como você está linda?.

- Não,o clima não estava para elogios hoje em minha casa.

- Oh que pena,sinto muito,o que quer que tenha acontecido,mas o importante é que você está aqui comigo.

- Obrigada Lucas,vamos?.

-Vamos.

Ele percebeu que eu estava um pouco nervosa e seguiu com o carro,logo chegamos ao shopping,com mais cavalheirismo Lucas abriu a porta mais uma vez para mim,ainda depositou um beijo demorado em minha mão,aquilo fez com que eu ficasse corada mais ainda.

- Adoro quando você fica assim.

- Assim como?.

Ele tocou na minha bochecha,e ficou acariciando.

- Corada, é engraçado,e deixa você mais linda ainda.

- Você me acha tão linda assim?.

- Claro,você é muito bonita,inteligente,e quer saber esse vestido está ótimo,você tem o corpo muito bonito.

Eu já estava roxa de vergonha,nunca ninguém me elogiou assim,apesar dos elogios dele ser um pouco insolente,eu gostei,porque eu não me achava tão bonita assim,comparada a segundas.

- Você está exagerando,eu não sou isso tudo,sou apenas uma menina normal,que não leva muito em consideração a moda,faço meu próprio estilo,ao contrário de algumas meninas de nossa escola,que parecem que nasceram em uma passarela.

Enquanto eu falava,ele me olhava como um sol,eu não entendia direito o que se encontrava no seu olhar,nesse momento ele pegou a minha mão e levou ao seu coração.

- Sente isso,você é uma menina especial,eu sabia disso desde o momento em que eu te vi,não tem noção mesmo de como mexe comigo?,aquelas meninas são superficiais,nem de perto conseguiriam um dia ser como você minha querida,é por isso que eu te amo,repare que eu disse que eu te amo,minha Anne.

Nesse momento eu estava sem chão,flutuando ou apenas sonhando,com aquilo poida ser real?.

- Você me ama,como?

- Eu te amo,desde o momento que coloquei meus olhos em você,minha linda,me encantou com seu jeito de ser,mas fiquei meio que retido com medo de você nunca me aceitar.

- Agora você foi um pouco tolo,eu te admiro desde o jardim de infância,conforme fui crescendo passei a te ver com outros olhos e aí me apaixonei,mas sabia que você nunca iria olha pra mim,vivia cercado por meninas lindas,então só nos sonhos eu poderia estar com você.

- Oh minha doce e querida Anne,Lily deveria ter te contado e ter te poupado dessa dor sem fundamento.

Ele foi se aproximando de mim,enquanto colocava a mão firme em minha cintura indo de encontro em meus lábios,assim me beijando,não consegui explicar a sensação,um sonho sendo realizado.

Ficamos bastante tempo assim,até que ficamos sem ar e nos separamos rindo.

- Você me deixa encabulada,as pessoas estão olhando Lucas.

- Eles estão com inveja,porque você é só minha.

- Sua?

- Sim,minha namorada.

- Eu não recebi nenhum pedido,ou estou enganada?

- Se é assim.

Ele subiu emcima de um banco que estava próximo,pegou um interfone de uma loja e começou.

- Anna Sophie Miller,você é minha vida,a razão por eu tolerar a escola e razão por estar vivo e complemente apaixonado por você,não consigo ficar nenhum minuto longe de você,sem sentir teu cheiro,sentir seus lábios nos meus,por isso te pergunto,aceita ser minha,somente minha namorada?

Senti as lágrimas torneando meu rosto,nunca ninguém tinha sido tão amoroso comigo,e ouvir aquilo da pessoa amada era de uma felicidade infinita.

- Aceito.

Todos que estavam em volta assobiaram,bateram palmas,para a cena,ele me abraçou e me recebeu com um beijo abrasador e logo depois segurou minha mão e seguimos para o cinema.

Vimos o filme,depois comemos uma pizza,passeamos um pouco,ele me contou coisas sobre a sua família e eu sobre a minha,começou a ficar tarde,então pedi que ele me levasse em casa,não esquecendo do lembrete do meu pai.

- Entregue,a pessoa mais linda e doce do mundo.

- Obrigada,ainda vai me deixar laranja de tanto elogio.

Eu estava saindo do carro quando ele me puxou de encontro a ele,seus lábios eram como mel nos meus,seu perfume,tudo nele era simplismente incrivel.

- Ok eu acho melhor eu ir.

- Até amanhã meu bem,tenha lindos sonhos,e saiba que eu te amo e nada nem ninguém vai nos separar.

- Eu também te amo.

Assim vi o carro dele ir se distanciando,quando carro dele virou a esquina,corri o mais rápido possível para casa,queria contar a Lily tudo o que aconteceu,e também saber notícias do meu pai e da megera oportunista da Silvia.

Entrando em casa,escutei uma discussão horrível,xingamentos,insultos e coisas horríveis que se possa imaginar entre elas eu ouvi a parte mas trsite para o meu pai.

- Eu nunca te amei Leandro,me casei com você,pelo dinheiro,aquele homem me dava tudo que eu precisava.

- Menos dinheiro imagino Silvia.

- Não ligo,isso porque amo mais a ele do que você.

Essa mulher estava passando dos limites.

- Silvia apartie de agora você não mora mais aqui,e não ficará com tanto dinheiro que imagina.

- Isso é o que você pensa.

- Não silvia,isso é o que você merece,não foi nenhum pouco sincera comigo.

- Essa casa é minha Leandro e você sair dela por bem ou por mal.

- Você ficou louca mesmo,a minha Anne tinha razão,desde quando esta casa te pertence?,você que vai sair.

- Aé?,já que não vou ficar aqui para contar história,você e sua querida pirralha Anne também não vão ficar.

- O que você está falando Silvia?

Olhei mais atentamente da porta e vi quando ela sacou a arma da bolsa,me desesperei,o que ia fazer agora?,ela estava prestes a matar meu pai e a mim.

- Adeus Leandro.

Num piscar de olhos ela atirou,eu não tive como conter meu grito de terror diante da cena que se seguia.

Ela ouviu e cogitou que eu estaria ali.

- Anne venha se juntar a seu pai.

- Sua imunda,ficou louca de vez não foi?,vai me matar?,você é mesmo uma burra não é?.

Agora eu teria que mentir,para salvar a mime ao meu pai.

- Eu liguei para a polícia,que aliás já deve estar chegando aqui,eu ouvi a discussão e liguei para eles.

- Acha que sou idiota pirralha,eu cortei a linha telefônica.

Eu olhei pro lado e vi o fio cortado.

- Mas....

Quando vi ela apontando a arma pra mim,corri,foi mais por impulso,me escondi no jardim peguei meu telefone e liguei para lily.

- Alô?

- Lily,me ajude,ligue para polícia ou qualquer outra pessoa,a Silvia atirou no meu pai e agora estou escondida,porque ela quase atirou em mim.

- Anne...

- Faça isso,tchau.

Estava um silêncio horrível,como eu iria adivinhar se aquela louca estava perto o bastnate para me acertar,foi então que eu tive uma idéia,iria ligar para o Lucas.

“ Lucas,preciso de sua ajuda,minha madrasta atirou no meu pai,e agora está atrás de mim pra me matar,estou escondida no jardim,venha o mais rápido possível e tome cuidado.”

Mandei a mensagem e esperei quieta alguém vir me ajudar.

Sebti alguém se aproximando pelas flores,só que estava escuro não consegui ver direito quem era,quando a pessoa chegou perto o bastante,eu deu um soco em seu rosto,fui segurada e amordaçada.

Não conseguia ver quem era,a pessoa não dizia umasó palavra,a essa altura eu já estava chorando,fui levada a um carro,quando foi ligada a luz,reconheci imediantamente a pessoa que tinha me salvado.

- Não chore minha princesa,tudo vai se resolver,tenho que te dizer que você é forte,quase me deicou sem queixo.

Não consegui conter meus soluços,eu estava chorando muito alto,foi então que o Lucas me beijou,mas foi um beijo intenso,senti a mensagem daquele beijo,ele estava ali para me proteger,me emocionei,ele se preocupava mesmo comigo,mas agora eu precisava salvar meu pai,entã não entrei muito no clima e me separei dele carinhosamente.

- Lucas ela ficou totalmente maluca,atirou no meu pai,precisamos salvar ele daquela louca.

- Eu sei,mas você não entra lá dentro mesmo,deixa que eu resolvo tudo,não aguentaria te perder.

- Me perder?

- Claro,pelo que você me falou essa mulher não está em seu juízo perfeito,então o plano é o seguinte,Lily está vindo pra cá,com o pai de dela que é da polícia,essa mulher me conhece?.

-Não,eu só falei que ia sair com um amigo,suponho que ela não vá desconfiar que é você,na verdade ela tem a opinião igual a mim,resumindo ela me acha um patinho feio e que um menino como você nunca olharia sequer para mim.

- Já lhe falei que você é linda,não ligue para essa mulher,ela concerteza ela tem inveja de você,porque você é amada e querida por todos.

- Mas meu pai a amava muito.

- Eu sei,mas ela tinha ciúme de você,pois sabia que ele te amava mais.

- Isso não é desculpa pelo que ela fez,ela pode ter matado meu pai e ainda o traiu.

- Ok,mas vou lhe explicar mais sobre o plano,eu vou apertar a campainha e perguntar por você,como a lily está vindo,logo depois que eu entrar para lhe esperar a Lily também vai entrar.

- Estou entendendo,mais aonde o pai dela entra nisso?

- O pai dela vai fingir que algum sócio de seu pai,ele fala Inglês,e a aparência dele ajuda com esse disfarce,então a Silvia vai cair que nem um patinho,terá alguns policiais escondidos no jardim e logo ali.

Ele apontou para a frente da rua,eu não conseguia enxergar muito,pois estava escuro,só acenei que sim com a cabeça e continuei a escutar.

- E você vai ficar aqui no carro.

- Mas e o meu pai?,eu não quero ficar aqui enquanto você banca o herói lá dentro,eu não sou tão frágil quanto parece.

Eu estava fervilhando,todos estariam lá dentro tentando ajudar,e eu estaria aqui dentro do carro dando uma de princesinha indefesa inerte,eu não viciada em adrenalina,eu só quero salvar mei pai e ver aquela louca atrás das grades.

- Calma Anne,não precisa ficar brava,se bem que você fica ainda mais atraente.

- Isso não é hora pra isso Lucas,sinceramente...

- Tá bom,já estou indo, e você não vai comigo.

Eu estava bufando de raiva e irritação,eu queria ir ajudar,o Lucas com toda aquela proteção,eu queria ver o que ia acontecer.Primeiro observei o Lucas tocando a campainha,logo em seguida,a vibora atendeu,e para a minha surpresa ela o deixou entrar,talvez até com outras intenções,pois ele era muito bonito.

Depois de uns 10 minutos vi a Lily,fazendo a mesma tática do Lucas,eu já estava ficando impaciente os dois lá dentro,sem o pai da Lily.

Tudo estava calmo demais lá dentro,e eu já estava impaciente e pronta para entrar lá dentro,quando o pai da Lily chegou,ele me avistou de longe,me pergunto como ele conseguia me enxergar naquele escuro,acredito que seja obra de muito treinamento.

Liguei o rádio para esparecer minha mente,pois já não aguentava mais esperar tanto,estava tocando uma balada romântica,eu nem gosto desse tipo de música,quando então estava me preparando para desligar o rádio,ouvi barulhos de tiro,eu queria sair,mas uns polícias que estavam no jardim fizeram sinal para que eu ficasse no carro,eles entraram,e mais barulho de tiros,logo após cheou algumas viaturas e uma ambulância,eu estava desesperada.

Saí correndo do carro,eu tinha que ver o que estava acontecendo,quem sabe ajudar em algo,abri a porta da casa,a primeira visão que tive,tudo estava destruido e não tinha ninguém a vista,fui a cozinha onde meu pai tinha sido baleado,mas não encontrei ele,entrei em desespero,respirei fundo para tentar me acalmar,mas era muita adrenalina muita pressão,eu estava voltando para a sala,quando todas as luzes apagaram,eu estava rezando para que a essa altura a Silvia tenha sido presa,me sentei no sofá esperand que qualquer um de meus amigos e o meu namorado chegasse ali para me alertar.

- Ora veja,se não é a felizarda da Anne,que agora tem um namorado digamos.....maravilhoso.

- Silvia?

- E mais quem seria?,aqueles seus amigos estúpidos e seu namoradinho acharam que poderiam me prender.

Ela ria discaradamente e zombava de mim,tentei me lembrar do que Lucas tinha me falado,que ela tinha muita inveja e ciúme de mim.

- O que você achou do meu namorado?

- Ele é muito bonito,desconfio que alguém pode estar tentando pregar uma peça em você,pois ninguém do nível de beleza dele se interessaria por alguém totalmente.....estranha e mal vestida como você.

Me manti calma,refulei minha respiração não podia entrar no jogo dela.

- Ele é mesmo maravilhoso,mas hoje nós brigamos,porque ele me disse que estava apaixonado por minha madrasta.

Fingi estar triste e totalmente desolada e parecia que ela estava acreditando,agora a luz de emergência tinha ligado e só assim consegui vê-la,me aproximei fingindo querer consolo e rendição.

- Silvia,ele te procurou?,estou perguntando porque depois que eu fugi de você ele me ligou pra falar isso,e como eu tinha dito a ele que você e meu pai iam se separar,ele com muito atrevimento me disse que viria aqui tentar ver se tinha alguma chance.

Comecei um choro copioso,mas que não era totalmente falso,era de desespero eu tinha que enrolar ela,para quem tivesse que chegar para ajudar, chegasse.

-Pirralha está me fazendo ficar com pena de você,tenho que te dizer que realmente ele é muito bonito,mas que eu nunca nem me deitaria com um moleque.

Ri internamente,ela achava que ele se deitaria com ela?,que patética.

- Mas você não conhece ele,historinhas e ladainhas e depois você entraria no jogo e acredite se deitaria com ele.

Eu tinha que entrar no jogo,e acho que estava me divertindo até um certo ponto.

- Acredite,sou mais esperta que ele pirralha,é mais fácil eu enrolar ele com as minhas “historinhas” do que ele me envolver em suas ladainhas.

- Pode ser,mas ele não me ama,não me quer,me iludiu e agora quero ser igual a você.

Eu via que estava funcionando pelo olhar dela,que arregalou os olhos diante do que eu falei,eu sabia que se jogasse sujo iria funcionar,então comecei a chorar soluçando pra dar ênfase.

- Menina acho que caio nessa?,quer ser igual a mim?,se bem que na sua situação nada me agradaria mais do que ter um pessoa pra despachar todas as minhas sujeiras,e você não pode contar pra ninguém que foi eu que atirei em seu pai.

Ela estava rindo?,a raiva me consumiu ,mas me mantive estável,mas eu já tinha contado aos meus amigos sobre ela,tenho que sair dessa.

- Ela não vai aceitar,inveja mata Silvia,mas acho que você não vai morrer por esta circunstância.

Me virei para ver quem era o dono daquela voz,meu pai?,mas...mas..ele estava no chão ferido e agora estava em pé de frente para nós duas apontando uma arma.

- Pai?

- Ora,agora teho dois para matar,isso não é bom,vou ter que chamar o Carlos.

- Você é petulante Silvia acha que vai matar a mim e a Anne?.

- Não só acho como tenho certeza.

Nesse instante a luz de emergência apagou,mas que droga,aonde está a sorte?,me abaixei instintivamente esperando que tivesse alguma sorte,pelo menos hoje.

- AHHHHH,você me atingiu,mas veja só.

Logo em seguida ouvi 2 tiros,eu estava em estado de choque,não consegui me mover,mas então finalmente a bendita luz de emergência voltou,olhei em volta e nada achei.

- Aí está você,meu amor,me desculpe,por favor,não tive como parar aquela louca ....ele..

Lucas estava chorando?,o que tinha acontecido pra isso tudo?.

- Calma,me conta devagar o que aconteceu lucas,meu pai..

- Foi ferido,como você disse,mas depois a luz sumiu,a louca da sua madrasta nos amarrou eu e lily,depois eu não consegui me desamarrar,aí ouvi os tiros,o pai da lily,os policiais e tudo..

- Lucas,onde está meu pai?

O silêncio se alastrou na sala,que agora,tinha eu,o Lucas e alguns policiais.

- Responde.

Agora eu gritava,queria saber o que aconteceu com meu pai.

- Ele se feriu.

Lucas estava branco,algo me dizia que meu pai não estava bem,mas pensei no melhor,ele estava em algum hospital e a Silvia ,bem,..ela merecia morrer,mas não queria isso mas também não acreditava que ela poderia algum dia se tornar uma pessoa boa.

- Bem,então em que hospital ele está?

- Ele não está em nenhum hospital.

- Então onde ele está?.

- Anne,saiba que você tem a mim,e a Lily,mantenha a calma.

- Mas que droga,eu não vou me acalmar,e me diga agora aonde está me pai.

- Ele morreu.

- Oquê ,desculpe,não entendi direito?

- Anne...

- Não,traga meu pai,eu sei que ele está aqui,eu vi,traga ele,Pai.

Eu não queria acreditar,meu pai morto?,não,comecei a chorar muito,as lágrimas trilhavam caminhos em minha face,tudo misturado,dor,magoa,perda,tristeza e mais dor.

-Sinto muio Anne,eu tentei,juro que tentei mas não consegui chegar a tempo,vem aqui,me abrace.

Eu o abracei,mas nada,nem o conforto do abraço do Lucas iria me acalmar ou afastar a dor que se alojou em mim,chorei e chorei,porque nada agora me importava,só um detalhe..

- A Silvia,ela morreu?

- Não,ela foi baleada,mas foi de raspão,depois dela sair do hospital,o delegado falou que vai levá-la para o presídio.

Eu não acredito,ela matou meu pai,e ainda saí assim?,eu não queria que ela morresse,mas a raiva estava me dominando e naquele momento a vingança me consumia,então logo afasteia idéia que me vinha na cabeça.

- Bom,Lucas,espero que ela mofe nesse presídio,para o bem dela.

Fiquei ali abraçada como Lucas,por uns 10 minutos depois liguei para o hospital para falar com a Lily,ela estava bem e quando eu contei que meu pai tinha falecido,ela ficou perplexa,chorou e me deu condolências.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.