O Diário das Irmãs Martins

Denny...Denny...Denny...


"A chave para a sobrevivência de se estar numa cozinha é a negação. A gente nega que tá cansado, nega que tá com medo, nega até o quanto que a gente quer ter sucesso. E, mais importante, a gente nega que estamos em negação. A gente só enxerga o que quer e só acreditamos naquilo que queremos e assim dá certo. Nós mentimos tanto que as mentiras começam a parecer verdade. E negamos tanto, que a gente não consegue reconhecer a verdade quanto tá na nossa cara."

[...]

— Paulina, traga as vieiras? - o chef Saul Juanes me pediu, todo dia naquela cozinha era um desafio, eu corria à todo instante. E sabia que Saul via potencial em mim para ser algum dia uma sous chefs, e eu faria o possível para conseguir.

Toda noite, após fecharmos o restaurante, Saul me ensinava técnicas na cozinha e me deixava aprender pratos distintos do mundo todo, como ele viajava antes de se estabelecer em Toronto.

— Como vai você e Carlos Daniel? - eu preparava um prato da Escócia - Gratin escocês de salmão - tradicional e ele queria saber do meu relacionamento, dou uma olha olhada rápida para ele e continuo fazendo o prato. - Estão brigados? - novamente perguntou.

— Terminamos. - respondo. - Podemos nos concentrar no prato? - questiono a Saul que se cala e me ajuda a preparar o salmão.

No hospital, Peter e Coleen haviam voltado a se falar, numa manhã Coleen seria a interna da doutora Teddy Brewster, cardiologista - era um caso especial. Teddy a chamou para fazer as rondas naquela manhã.

— Qual o caso? - Teddy questiona já sabendo quem era o paciente.

— Paciente Daniel Morgan, 33 anos, na lista para um transplante de coração por uma doença coronária grave. Já realizou três cirurgias para que pudesse se manter na lista e voltou reclamando que sente falta de ar. - Coleen disse.

— Nossa... - o paciente disse. - Por favor, me chame de Denny. - replicou.

— É, ele odeia que o chamem de Daniel. - Teddy comenta. - Denny, você sabe que deverá ficar aqui até que seu caso melhore pelo menos 2%, não sabe? - a doutora pergunta.

— Relaxa, estou indo e vindo. Não me importa mais. - Denny diz e Teddy e Coleen sorri para ele.

— A doutora Torres vai vir verificar o seu estado de hora em hora.

— Perfeito. Assim terá a chance de se apaixonar por mim. - ele comenta.

— Ok garanhão! - Teddy brinca e saí do quarto. Coleen fica para supervisionar e seguir à disposição da doutora.

— Posso saber seu nome, doutora Torres? - Denny pergunta.

— Coleen. - ela diz.

— Coleen Torres, uau! Um belo nome. É daqui?

— Não. Vim do Texas, EUA. - Ok Denny, volto daqui há uma hora. - Coleen avisa à ele.

— Mal posso esperar. - ele replica, Coleen dá um sorriso e sai do quarto.

Na terapia de casal, Carlos Daniel Leda sempre ouviam atentamente o que a terapeuta tinha a dizer, mas nunca conseguiam manter-se para salvarem o casamento. Toda manhã, Carlos Daniel caminhava perto do terreno, era um lugar perfeito.

Mas, naquela manhã, em sua caminhada matinal, ele encontrou Paulina caminhando com Finn, e parou em sua frente.

— Paulina! - diz seu nome, e ela paralisa. - Finn! - troca pelo nome do cachorro e se aproxima para lhe fazer carinho. - O que fazem por aqui? - Carlos Daniel pergunta.

— Eu precisa falar com você. - ela responde. - É sobre o Finn. - completa.

— Ah, claro. O que houve?

— Nada, eu só achei que Finn, e eu... precisávamos caminhar e... ele vive preso em casa.

— Quer caminhar comigo? - Carlos Daniel pergunta. - Quero dizer, nós podemos caminhar com Finn aqui, de manhã. Pode ser? - novamente pergunta.

— Claro. - Paulina responde. - Como amigos.

— Amigos. - repete.

Leda contou para Lizzy sobre a transa com Carlos Daniel, e explicou o quanto havia sido estranho.

— A terapeuta disse que não podemos transar até nos resolvermos. - Leda contou. - Eu esperava que depois da transa, estivéssemos bem. Me sinto péssima, ele nem falou comigo hoje. - complementou.

— Transei com Steven hoje. - Lizzy contou.

— Saí daqui. - Leda pediu. - Não está me ajudando. - completa.

Elizabeth pega o prontuário de um paciente e sussurra "Foi bem!" e saiu andando até o quarto de um paciente.

— Eu odeio você. - Leda grita para ela que dá risada e continua andando.

Naquela manhã Leda trabalhava com o residente Alex Stevens, o residente "galinha" do hospital, e que ela achava muito atraente.

No trabalho, Jeremy e Ethan foram almoçar e conversaram sobre Megan ter rompido a amizade colorida.

— Falei que para mulher é mais complicado. - Ethan diz.

— Somos amigos ainda. Para mim está tudo bem. - Jeremy diz.

— Você não quer namorar ainda? Digo, quem sabe vocês não podem namorar? - Ethan propõe.

— Megan é minha melhor amiga, entende? Não vou namora-la. Não quero. - replicou, foram para onde Lina trabalha, no restaurante de Saul Juanes e almoçaram.

Voltaram quarenta minutos depois e Megan lhe perguntou se ele não queria ir com ela ao parque para ajuda-la a conseguir um namorado, e Jeremy aceitou.

Quando saísse do trabalho, a encontraria no parque que iam quando começaram a se ver.

Coleen havia voltado para ver como Denny estava e logo entraria numa cirurgia com a doutora Teddy.

— Como está se sentindo Denny?

— Ótimo. - ele responde ao vê-la. - Eu fico sem ar toda vez que a vejo. - Denny ironiza. É complicado para ele respirar. A insuficiência cardíaca dele o impossibilitava de fazer qualquer coisa.

— Você adora uma piada, não é Denny? - Coleen perguntou à ele.

— É o meu único charme, doutora Torres. Quero fazer um pedido.

— Pode pedir. Quer que eu chame a doutora Brewster?

— Não. Quero pedir um encontro, com você Coleen. Quer sair comigo? - perguntou.

— O que?

— Saía comigo. Sou charmoso, bonito, rico. Sou doente, eu sei disso. Mas, vou ficar melhor quando receber outro coração. - Denny completa.

— Denny, é... Médicos não podem namorar pacientes. - Coleen replica.

— Quem está pedindo em namoro. Você é muito rápida Coleen Torres, nem demos o primeiro beijo ainda. - Denny brinca, e encosta seu corpo no travesseiro estava com falta de ar.

— Descanse Denny, depois conversamos sobre isso. - Coleen lhe respondeu.

— Posso ter chance então, Coleen? - questionou. - Tudo bem se eu te chamar pelo primeiro nome?

— Claro, pode me chamar apenas de Coleen. - ela responde e fica na porta pronta para sair.

— E, a minha chance? - ele pergunta novamente.

— Denny, é complicado. Médicos não podem, você é...

— Doente?

— Não... um paciente. Olha, preciso ir. - bipam ela. - Não estou fugindo. Volto para falar com você.

Paola naquela manhã, evitou Douglas o dia inteiro no apartamento, ligou para Adelina e queria encontrar-se com ela, sentia muita falta da mulher que a criou e esperava apresentar François à ela.

— Ok François, a Adelina vai nos esperar na cafeteria perto da minha outra casa. Daqui há uma hora, se pegarmos o trem, chegaremos lá antes e eu posso te mostrar onde cresci. - disse para ele e lhe deu um selinho, estava animada para mostrar um pouco da sua vida para François.

— Amor, não posso irr... - ele puxava sempre um "r". - Douglas me convidou para mostrar o estádio de baisebol. - François lhe replicou.

— O que? Mas, amor. - colocou sua mão na cintura dele. - Não vamos passar o dia juntos? Vamos voltar amanhã para França.

— Sei... É que Douglas nos convidou hoje cedo, você estava se arr...arr... trocava-se em seu quarto, e eu aceitei. Talvez Adelina possa ir conosco. -François diz à ela e Paola o solta, e o observa enquanto François retira sua camisa para tomar banho.

— E, vou ligar para Adelina nos encontrar no estádio, onde ela não saía, imagino! - Paola resmungava.

— Você já conhece o estádio? - François pergunta ligando o chuveiro e Paola está distraída discando o número de Adelina.

— Sim, ele me levava lá com alguns amigos. - ela acaba dizendo sem pensar.

— Não sabia que se conheciam já anos. Nunca me disse sobre ele na França. - François diz. "Oi?", Paola pergunta esperando Adelina atender e se dá conta do que disse, enquanto François entra no chuveiro.

— Ah, é... não éramos amigos próximos por isso não contei antes! - ela lhe dá aquela desculpa e foi salva por Adelina atender o telefone. Conversa com ela um tempo marcando o local do estádio e desliga. Assim que põe o telefone na cama, sussurra "Douglas, não é?" e saí do quarto à procura dele.

Desce as escadas e o vê assistindo televisão, Paola pegou o controle e desligou sem pensar, ele olhou para trás e a viu, ficou sem entender.

— Um estádio de baisebol, sério Douglas? Por que está atrás de François? - perguntou irritada.

— Vocês tinham planos? - Douglas perguntou e comeu um pedaço de chocolate.

— Ah, tínhamos. E, esse é o chocolate que Lizzy deu para mim. - lhe disse.

— Nossa, desculpe. - Douglas levanta do sofá. - Toma o seu chocolate. - estendeu à mão com o doce na metade.

— Você é ridículo Douglas! Tão imaturo. - Paola diz e vai para a cozinha, Douglas a segue.

— Ridículo? Imaturo? Foi você que nem mencionou meu nome para o seu namorado.

— Achei que nunca mais iria te ver, e você me beija e marca encontro com François.

— Com vocês! Mas, o problema não foi esse. - ele a pega pela cintura. - O problema é o beijo. Posso dar outro se quiser, é só pedir. - ela olha para os lábios dele e a tentação de querer beija-lo.

— Me solta, François está tomando banho! - Paola o empurra e fica de frente para ele.

— E você tem namorada, Kate Jensen. Não se lembra dela? - pergunta.

— Kate não é minha namorada. - ele afirma.

— Você disse que namorava, Douglas.

— Não, eu disse que conheci alguém. Mas não a pedi em namoro. Só existiu uma que eu ainda gostaria de casar! - Douglas afirmou, e Paola ficou sem palavras. - Diga que ama François e eu paro de ir atrás de você, Paola.

— Eu amo. - ela diz.

— Olhe nos meus olhos e diga, "Eu amo o François, e é com ele que eu enxergo um futuro." - Douglas pede, Paola olha em seus olhos e fica ali olhando, Douglas se aproxima, mas Paola não diz nada. - Por favor diga se é isso o que você sente, e eu desisto de nós.

— Não preciso lhe provar nada Douglas. Eu o amo. François é maravilhoso, me respeita e está apaixonado por mim.

— Você não disse! - Douglas replica à ela, e a beija, Paola deixou se sentindo atraída totalmente. E, no chão da cozinha, Paola e Douglas ficaram juntos novamente.

Carlos Daniel havia aceitado o emprego na faculdade, e aquele foi o seu primeiro dia. Havia acabado duas pinturas e iria expor no mesmo estúdio e ganharia uma grana ainda enorme se vendesse alguma obra.

— Bom dia turma! Meu nome é Carlos Daniel e eu serei o novo professor de Literatura. O campus me ofereceu esta maravilhoso oportunidade de poder passar a vocês o mundo maravilhoso de poetas. Então, antes se apresentem. - ele pede à sua turma.

Todos se apresentaram, os oitenta alunos, e Carlos Daniel falava sobre o primeiro poeta romancista que estudariam - Ernest Hemingway - quando uma de suas alunas questiona sobre o seu livro, "Um Belo Desastre".

— Foi inspirado em alguém?

— Qual o seu nome? - Carlos Daniel pergunta. - Desculpe, ainda não gravei.

— Kourtney McGuire. - ela diz.

— Bom, Kourtney, sim, foi inspirado em alguém. - responde à ela. Outro aluno questiona.

— Licença senhor, Lucas Thompson. Vi uma notícia de que o senhor estava escrevendo um novo romance. Era para Paulina?

— Lucas, como você sabe o nome dela? - perguntou um pouco nervoso com a situação.

— Eu vi a entrevista quando sua namorada apareceu de repente. - Lucas lhe respondeu.

— É, eu também vi! - alguns alunos disseram.

— Bom, o novo romance não é inspirado em Paulina. Sinto desapontá-los. - Carlos Daniel disse. - Vamos nos concentrar em Ernest Hemingway - mostrou o livro "O Velho e o Mar"

Paulina negava o cansaço dentro da cozinha, toda a pressão que sentia e toda noite ela e Saul Juanes treinavam novas técnicas. Mas, Paulina não queria voltar para o apartamento, ali era o seu lar.

Porém, naquela noite Saul Juanes não poderia ensinar à ela tinha um compromisso, e como sempre, Paulina e Jilian se encontraram no apartamento para conversarem. E Emily foi junto.

— Conversou com Mark?

— Eu não gosto que Mark me escondeu isso. E ele não vai lutar mas vai sai salvar vidas. Eu queria ser cirurgiã, então deixa ele salvar vidas por nós dois. - Jilian respondeu. - Emily não sobe aí, quer cair e me deixar com dor de cabeça? - gritou para sua filha.

— Por que? - Emily andou até Jilian.

— Por que o que? - Jilian pergunta à ela.

— Por que você tem dor? - abraçou a perna de Jilian que mexeu em seu cabelo.

— Porque a mamãe fica preocupada se você cair. Aí se você cai a mamãe vai pro hospital com você e vou ter dor de cabeça de preocupação. - Jilian explicou. - Você quer me deixar com dor de cabeça, Em?

— Não mamãe. - Emily respondeu. - Tô com sono. - disse em seguida.

— Vamos pra casa? - perguntou à Emily que foi até o colo de Paulina. Fez que "sim" com a sua cabeça, Paulina a abraçou e arrumou o cabelo de Emily fazendo uma simples trança em seu cabelo.

— Jilian, você é péssima para fazer trança na sua filha. - Paulina lhe diz.

— Lina, eu nem trocava a fralda dela. Acha que eu vou fazer trança? - Jilian disse.

— Emily, seu cabelo é lindo! Mas, qual é melhor o da tia ou o da sua mãe? - Lina perguntou.

— Seu! - Emily responde à Lina.

— Tem certeza? - Jilian diz mostrando uma nota de 5$ para Emily que salta do colo de Paulina pega o dinheiro e sobe no sofá ficando ao lado de Jilian.

— Jilian! - Lina diz repreendendo-a.

— Relaxa, eu sempre pego o dinheiro de volta. - Jilian responde.

Foram para sua casa em seguida, Emily tomou um copo de leite e logo Jilian a colocou no berço, Mark fez hora extra pois logo estaria no exército em janeiro e queria deixar Jilian e Emily o mais confortável possível.

No parque, Jeremy e Megan andaram a procura de uma boa escolha para ela. Compraram milk shakes e conversaram como foi seus dias no serviço. Como já havia anoitecido, eles foram até uma pizzaria, estavam famintos.

— Ethan está procurando um lugar para morar? - Megan questionou.

— Está. Ele e Oliver querem ir morar em Nova York. Parece que Oliver conseguiu uma ótima proposta de trabalho.

— Coleen e Elizabeth ficarão arrasadas. Ethan se tornou um grande amigo para elas.

Comeram e ficaram conversando, então, um rapaz entrou na pizzaria com mais dois amigos, e Megan sentiu ser a hora certa para poder arranjar uma pessoa.

— Jeremy, pode ser ele. - Megan apontou disfarçadamente.

— Ou não... Megan, ele veio com os amigos para uma pizzaria. Não deve querer transar com ele.

— Mas eu não quero! Quero namorar. Eu tenho 26 anos. Preciso de algo, Jeremy. Vou até lá, tentar. Deveria fazer com alguma mulher daqui. Aquela loira da mesa ao lado da nossa não tirou os olhos de você.

— O que? É mentira. - Jeremy disse e tomou um gole do vinho.

— Sim... Se eu fosse sua namorada, diria que ela é abusada porque não tirou os olhos de você! - Megan se levantou. - Como eu estou? - disse arrumando os cabelos.

— Nervosa. - Jeremy lhe respondeu.

— Perfeito! - Megan replicou e caminhou até a mesa dos rapazes. - Oi! - disse e deu um sorriso. - É... Eu estou naquela mesa com meu amigo, e eu vi você chegar. - falou diretamente com o rapaz. - Pode me dar seu número? - pediu.

O rapaz sorriu, e os amigos não evitaram de sorrir também, mesmo tentando disfarçar. Megan anotou o número dele, "Qual seu nome?"

— Stephen. - respondeu. - Espere! Me passe o seu número, vai que você "perde" sem querer. - pediu.

Novamente números foram passados. "Meu nome é Megan" - disse à ele e saiu da mesa. Jeremy a parabenizou pela coragem e foram embora da pizzaria.

— Não acredito que não pegou o número da moça. - Megan lhe disse.

— Megan, ela não estava olhando para mim. E sim para você. - Jeremy lhe respondeu. Os dois deram risada. - Não acredito que foi você quem pediu o número de Stephen.

— Também não. Estava muito nervosa, achei que ia vomitar ou desmaiar.

— Você quem deu em cima de mim no aeroporto. - Jeremy a lembrou.

— Não dei em cima. Você foi lento Jeremy.

— Espera, você é a louca do batom no aeroporto. Não tenho culpa de nada. Fui surpreendido por uma mulher andando igual louca. - replicou.

— Ah meu Deus! O que há com os homens dessa cidade? - Megan questionou.

No estádio, François e Douglas jogaram baisebol juntos, Paola e Adelina estavam sentadas conversando, e Paola não conseguia esquecer o que fez com Douglas mais cedo.

— Está bem com ele aqui? - Adelina perguntou.

— Estou. Amanhã vou voltar para França, tudo normal Adelina. - Paola lhe respondeu.

— Você não ama mais Douglas mesmo? Porque ali está seu ex namorado e o atual.

— Não o amo Adelina. Estou bem, é sério!

Voltaram para casa quando perceberam que era hora de jantar, despediram-se de Adelina, e no carro Douglas e François conversavam sobre o jogo.

Assim que estavam no apartamento, Luna e Paola conversavam sobre a volta do relacionamento entre Luna e Peter. Paulina jantou e subiu para tomar banho e ir dormir, estava exausta.

E quando Douglas foi para o seu quarto, já que outra noite Elizabeth e Steven passariam no hotel, Paola entrou, Douglas estava deitado e ela o viu.

— Eu vou voltar com François amanhã para a França. - Paola diz, sem olhar para o rosto dele.

— Então, está tudo acabado entre nós. - ele replica, os dois se encaram um momento, e Paola sai do quarto o mais rápido possível. Encontrou François no quarto deles, e queria chorar, apenas chorar.

— O que foi amor? - François lhe perguntou.

— Eu amo você. - ela disse à ele, se deitou e não queria dizer mais nada.

— Denny, eu aceito sair com você. - Coleen diz de repente ao chegar em seu quarto.

— O que? De repente, por que aceitou?

— Estou cansada de negar. Mas, pode ser em segredo por enquanto? Vamos nos conhecer. Você não irá a lugar algum mesmo. - Coleen responde, e os dois ficam sorrindo um para o outro, feito bobos. Feito adolescentes.

"Ás vezes, a realidade dá um jeitinho de vir de fininho e dar um beliscão na tua bunda. E quando a represa estoura, a única coisa que você fazer é sair nadando. O mundo do fingimento é uma jaula, não um casulo. Nós só conseguimos mentir pra nós mesmos por um tempo. A gente fica cansado, com medo e negar isso não muda a verdade. Cedo ou tarde, a gente tem que deixar a negação de lado e encarar o mundo. Ande com a cabeça erguida, com vontade. O Nilo não é apenas um rio no Egito - é todo um oceano. Então, como você faz para não se afogar nele?"