–Então, Gaara-sama, já se apaixonou?

–Não, eu sou um monstro.Monstros não tem sentimentos, e além disso,quem iria gostar de alguem como eu?

Apesar do olhar frio, Hinata percebeu uma certa tristeza na voz de Gaara.

–O Gaara-sama não parece um monstro pra mim...

Ele não demonstrou nada na hora, mas por dentro, estava feliz por uma pessoa como ela falar aquilo.

Gaara chegou perto de Hinata com um esboço de sorriso, meio torto e forçado, mas um sorriso, ajoelhou-se ao lado dela e disse:

–Obrigado por dizer isso, eu realmente não sei oque aconteceu entre você e o Naruto, mas se ele fez alguem como você sofrer, não merece estar vivo.

Ela o olhou surpresa com a atitude do garoto e de súbito ela lhe abraçou com força, e voltou a chorar descontroladamente, o cheiro do perfume dela o estava deixando embriagado. Ela estava ali, agarrada a ele como uma criança, era tranquila e serena até mesmo enquanto chorava, eles ficaram ali, abraçados no chão da sala;Foi quando ela se acalmou e lembrou que quem estava ali não era se amado Naruto e sim aquele frio assassino ruivo coberto pela manta de Kazekage.

Ela rapidamente abriu os olhos e se afastou num pulo, deixando Gaara meio assustado.

–M-Me perdoe, Kazekage-sama, não sei oque deu em mim...

–Tudo bem, já está tarde, vamos jantar.

–S-Sim

Hinata ainda não acreditava que aquele rapaz tão doce fosse o mesmo de anos atras, sanguinario e solitario.

Durante o jantar, não trocaram se quer uma palavra, mesmo a moça estando sentada ao lado dele.

–Já está com sono?- diz Gaara após terminar de comer.

–S-Sim, mas as minhas ordens são de só dormir quando o senhor dormir.

–Então não se preocupe, se arrume e venha deitar.

O garoto disse isso e deu as costas indo em direção ao quarto.

Hinata foi guiada por um criado até o banheiro onde se aprontou para dormir. Apesar de Suna ser um deserto, fazia muito frio durante a noite e uma tempestade acabava de começar, a fina camisola dela não espantava o frio, ela tremia como nunca em sua vida.

Ela chegou ao quarto e encontrou Gaara já adormecido, coberto por vários cobertores grossos e sua manta de Kage, em sua cama, nada mais tinha do que um fino lençol e um travesseiro, Hinata sentiu-se obrigada a dormir ali no frio.