O Culpado
Capítulo 26
- Uma coisa não esta fazendo sentido nessa história toda. – Disse Alec.
Estávamos todos reunidos na casa do Edward, e já fazia meia hora desde a conversa com a Angela.
Jacob já tinha me entregado o número e combinamos que eu ligaria amanhã, mesmo sendo em cima da hora, era melhor do que ligar agora, já que estava tarde.
- O que? – Eu perguntei, estava cheia de mistérios.
- Meus tios falaram para o meu pai que o nome da empregada era Brenda e que ela tinha aceitado o suborno porque tinha gastado demais e estava cheia de dividas.
Nesse momento todos nós olhamos para a Angela e ela estava com a sobrancelha franzida.
- Nem olhem para mim, não faço a mínima ideia de que ele tinha falado isso, não faz sentindo nenhum. – Ela parecia mesmo bem confusa.
- Angela, a quanto tempo essa mulher vem negociando com você? – Edward perguntou.
- Um dois meses, mais ou menos. – Angela disse sem entender a pergunta.
Espera! Dois meses?
Ficamos todos nos encarando e o Emmett foi o primeiro a falar alguma coisa.
- Sabe, sou meio burro, mas acho que todos chegamos a conclusão de que dois meses é bem antes da Jane sequer ter falado com o Edward pela primeira vez.
- Em, isso só tem uma explicação. – Eu comecei.
- Eles estavam planejando esse assassinato há muito tempo, o documento que ela fez foi só um pretexto para Caius e Marcus convencerem o Aro. – Rosálie terminou, quando viu que eu não ia continuar falando, por não ter certeza. Mas ela parecia pensar como eu: Aro era um canalha, ninguém tinha duvidas disso, mas era um canalha enganado.
- Mas qual era o interesse dos irmãos em matar a Jane? – Perguntou a Alice.
- Isso não tem como saber com certeza. – Eu respondi melancólica.
-x-
Acordei já com a cabeça na ligação que eu tinha que dar.
Estavam todos vindo aqui para casa, pois queriam estar comigo, caso eu precisasse de alguma ajuda.
Eu encarava a porta querendo acabar logo com aquilo, mas ninguém chegava.
Dez minutos depois o Jasper bateu na porta, até que um a um foi chegando. Quando todos já haviam chegado – inclusive o Edward, que estava com um bico enorme – eu peguei meu celular e rezei para dar tudo certo.
Comecei a discar o número e no primeiro toque eu coloquei no viva-voz.
Todos fizeram uma roda em torno de mim, e a Nessie colocou o dedo indicador na boca, para todos fazerem silencio, assim que o James atendeu.
- James Pierre. – Ele disse seu nome como se fosse um advogado, médico. Eles levavam bem a sério esse papo de assassino.
- Ei James, não lembra de mim? – Tentei deixar minha voz o mais sexy possível. – Sou eu, Isabella, daquele dia no shopping. Você disse que eu podia ligar.
- OH! – Ele exclamou surpreso. – Claro que eu lembro, gata. Como vai?
- Bem... E você?
- Bem melhor agora. – Edward estava vermelho de raiva e Jasper parecia bem apreensivo. – Tem alguma coisa para fazer hoje?
- Não. – Eu fiz uma voz triste.
- Então vamos jantar. Podemos ir ao La Itália...
- Não! Eu queria jantar na sua casa. Pode ser?
Eu e Jasper tínhamos combinado isso, a casa dele deveria estar cheia de pistas.
Eu até podia imaginar o sorriso canalha que aquele retardado do James deu.
- Se você prefere, claro que pode. Onde você mora?
- No edifício Das Flores.
- Eu passo aí às 17:00 e te levo para casa.
- Combinado.
Desliguei o telefone e encarei todos na sala. Depois disso só sei que o tempo passou muito rápido, mas muito rápido mesmo.
-x-
- Amor, tinha como você simplesmente desistir dessa loucura? – Edward me abraçou por trás e me deu um beijo no pescoço.
Eu estava quase toda arrumada e o plano do Jasper já estava todo arquitetado.
- Não. – Eu virei e dei um selinho nele. – Você sabe que é necessário.
- Poderíamos arranjar outro jeito.
- Não, não poderíamos. O julgamento é amanhã, nós precisamos do James, se ele for pego, ele vai dedurar os irmãos.
Ele suspirou.
- Eu ainda não gosto dessa ideia. Mas já sei que não vou te convencer mesmo. – Ele me deu um selinho e saiu do meu quarto, me deixando terminar de me maquiar.
Quando eram 16:55 o interfone tocou.
- Boa noite. Tem um rapaz chamado James aqui, posso deixá-lo entrar? – Disse a familiar voz do porteiro.
- Sim. – Eu disse receosa.
- Tá bom. – Eu cheguei a ouvir o barulho do portão sendo aberto antes do telefone ser desligado.
Só estávamos eu e o Jasper em casa.
- Ok Bella, não o deixe entrar no seu quarto, porque eu vou estar lá esperando vocês saírem. Eu e meus amigos vamos seguir vocês.
- Tá, ta. – Ele só estava me deixando mais nervosa do que eu já estava.
Jasper foi para o meu quarto e pouco tempo depois a campainha tocou.
Eu fui atender e parei para prestar atenção no James, coisa que não tinha feito no shopping. Ele era até bonito, mas, claro, não chegava nem aos pés do meu Edward.
- Boa noite. – Ele olhou descaradamente o meu corpo, que eu tentei ao máximo esconder, mas sem parecer uma freira, e sorriu.
- Boa noite. – Eu só me esforçava muito para não vomitar na cara daquele idiota.
- Vamos? – Ele estendeu o braço e eu aceitei.
Entramos no seu carro e pouco tempo depois estávamos saltando em um dos condomínios mais luxuosos da cidade.
Olhei para trás, vi que o carro onde o Jasper estava com os seus amigos estava se aproximando e me senti mais segura.
Eles tentariam entrar por serem da polícia – e alguns do exercito. Só torcia, do fundo do meu coração, para que eles conseguissem.
Entramos no condomínio e nos dirigimos ao seu apartamento que, adivinhem, era na cobertura.
Ele abriu a porta e uma mesa enorme com jantar estava posta.
- Onde fica o banheiro? – Eu perguntei.
Ele apontou para um enorme corredor. – A segunda porta à direita.
- Obrigada. – Disse me dirigindo ao corredor.
Havia várias portas e, para minha sorte, estavam todas abertas. Não foi difícil achar qual ele usava como escritório.
Entrei e comecei a procurar provas de que ele era o procurado James Pierre, mas não deu tempo de fazer muita coisa.
- Sua put*, o que está fazendo aqui?
Virei-me e dei de cara com um James furioso vindo na minha direção.
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