O Assassino De Reis - Parte Quatro
Capítulo 5 : Noite Dos Anjos
“ Perdi tudo aquilo que achava que nunca acabaria. As risadas e brincadeiras de meus dois irmãos não voltam mais. Agora estou aprisionado com essa vida sem sentido apenas acompanhando pessoas que precisam de apoio reforçado , pois caso contrário , acabará tendo uma guerra que apodrecerá esse mundo de vez. – Roger.
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Local : Convés do navio
Status : Noite estrelada
Dia : 14 de agosto
Hora : 19 : 20
Personagem : Roger
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– Então...E depois ? – Perguntou Elsa.
– Dai Salem bateu o pé no chão e chutou aquela pedrinha que se levantou com o impacto e a chutou bem no meio dos olhos de Arthur que caiu na mesma hora. – Disse Roger.
– Como ??
– Eu sei lá , eles são duas lendas que conseguem fazer tudo e enfrentar qualquer coisa sem sentirem medo. Foram nas histórias que eu ouvia desses dois que eu me senti motivado a... mudar...ser uma pessoa melhor , diferente de Arthur.
– Devo admitir Roger , você sabe contar uma bela história.
– Me senti inspirado em alguns livros que li quando em Arendelle , resolvi tentar buscar conforto nos livros...você entende ?
– Perfeitamente...
– Desculpe...Eu não quis te fazer lembrar do...
– Não se preocupe. Mas enfim , por que veio conosco para Ilhas Do Sul ?
– Pensei que toda a ajuda era bem-vinda.
– E é , mas...por que ?
Roger então deixa de olhar a bela paisagem do mar que refletia o reflexo das estrelas e encara Elsa que estava ao seu lado.
– Acho que...era a coisa certa a se fazer , nada mais do que isso. – Disse Roger. – Na verdade...Todas as minhas razões para viver se esgotaram há três meses atrás. Não tenho dinheiro , família , mulher ou filhos... Só a mim mesmo.
– Não gosto do tipo “morrer por uma causa justa”. – Disse Elsa. – Ninguém deve desistir de viver , por mais doloroso que seja , devemos continuar caminhando.
– Muito bonito Elsa , mas infelizmente esse argumento não é valido vindo de alguém que vive em um castelo com ouro de sobra.
– Isso é algum tipo de preconceito Roger ?
– Errado. Isso é um tipo de observação.
– Então... – Disse Elsa deixando de olhar a paisagem. – Não tem o porquê de tentar te ajudar já que você não aceita essa ajuda.
– Eu não pedi sua ajuda e nem seus conselhos , rainha de gelo.
– Então por que estou aqui ?
Elsa então se retira , mas Roger a segura pelo braço.
– Desculpe... – Disse Roger com o tom de arrependimento.
Elsa encara Roger e sorri para o mesmo. Assim , os dois voltam a olhar a bela paisagem.
– As vezes fico me perguntando... – Resmungou Elsa. - Se um dia eu ainda poderei conhecer alguém que me desse o mesmo carinho que Kristoff da para Anna. Um homem como o...
– Leo ?
– Ele foi o único que não se intimidou com os meus...poderes...ele...ele...
– Ei ! – Disse Roger segurando a mão de Elsa. – Não fique se lembrando dessas coisas , por mais legais que elas sejam elas carregam a saudade com elas.
– Isso sim foi bonito...
– Eu sou um poeta. – Brincou Roger.
Elsa e Roger começam a rir juntos da brincadeira boba , mas que servira para esquecerem a morte de seus entes naquele momento. Até que ambos se encaram e ficam paralisados , apenas olhando nos olhos um do outro. Até que depois de um certo tempo imóveis e calados , eles começam a aproximar os rostos um do outro lentamente. E logo depois , os lábios já estavam bem próximos um do outro.
– ELSA !! – Gritou Olaf correndo na direção de Elsa.
Com o grito de Olaf , Elsa e Roger se afastam imediatamente.
– Finalmente encontrei você ! – Disse Olaf abrindo os braços. – Não aguentava mais aquele calor da sala de canhões...
– É... – Disse Roger gaguejando e tropeçando em seus próprios passos. – Acho que...é melhor...nos falarmos amanhã...
– Concordo... – Disse Elsa também se afastando lentamente de Roger. – Já está...muito tarde e...preciso descansar um pouco para amanhã...
Com os dois já bem distantes um do outro , Roger acena para Elsa que ignora o gesto carinhoso desviando o olhar.
Já Olaf ficara imóvel tentando entender o que se passava por ali.
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Local : Quarto do navio
Status : Noite estrelada
Dia : 14 de agosto
Hora : 19 : 50
Personagem : Kristoff
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“ – Nos deixe em paz , pode levar tudo que você quiser...só não machuque minha família...
– QUIETO !! NÃO QUERO OUVIR NADA VINDO DE VOCÊS , E FAÇAM O FAVOR DE FAZEREM ESSE GAROTO PARAR DE CHORAR.
– Não machuque meu filho...não nos machuque , por favor...
– Xiu...Calma Kristoff...ficará tudo...bem...”
Kristoff rapidamente acorda depois de ter um pesadelo com a lembrança do momento em que seus pais morreram.
Coçava os olhos e respirava com calma já percebendo que era apenas um pesadelo.
– O que foi...? – Disse Anna também acordando com o susto de Kristoff.
Ele inicialmente não responde Anna que estava abraçada de lado com seu marido.
– São eles , não é ? – Perguntou Anna segurando a mão de Kristoff.
Kristoff apenas bufa e desaba sobre o travesseiro. Anna o acompanha e deita sua cabeça ao lado do rosto de Kristoff que fechava os olhos e respirava fundo.
– Desculpe , não queria te acordar... – Disse Kristoff. – É que...
– Não precisa se desculpar por nada. Às vezes eu também tenho pesadelos com os meus...meus...
– Ei... – Disse Kristoff abraçando Anna com seu braço esquerdo. – Vamos esquecer isso e viver o presente.
– E qual seria esse presente ? – Perguntou Anna com a testa colada na de Kristoff com um sorriso estampado em seu rosto.
– Bom...Eu , você , Sophia... – Disse Kristoff apertando as costas de Anna. – E talvez...Quando tudo isso acabar...Possamos ter um filho ou filha para fazer companhia para Sophia.
Anna inicialmente fica pasma e sem palavras em resposta , mas logo cede um sorriso.
– Seria ótimo... – Disse Anna.
Anna começa a guiar seus lábios até chegar aos de Kristoff que arregala os olhos com o beijo. Ele responde com um abraço apertado que deixa Anna quase sem ar. Ambos acariciavam as nucas um dos outro durante o beijo seguido de um abraço apertado e quente.
Eles trocam beijos e mais beijos até que ficam completamente sem oxigênio.
E aos abraços e beijos , eles se cobrem com o cobertor , deixando-os mais a vontade um com o outro.
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