Casamento

Erik e Louise passaram o resto do dia juntos, como era de se esperar. Ao fim do dia, Erik levou Louise até o alto da torre, para apreciar o por do sol. Dali dava para ver toda a extensão da propriedade, e era uma vista linda, com o sol derramando os seus últimos raios no alto das árvores. Erik não cabia em si de felicidade. Tanto que ele sorria a todo o momento.

Logo o sol se pôs e a lua e as estrelas começaram a aparecer. Impulsionado pela beleza do momento, Erik começou a cantar para Louise.

“Floating falling sweet intoxication

Touch me trust me savor each sensation

Let the dream begin let your darker side give in

To the power of the music that I write.

The power of the Music of the Night.

You alone can make my song take flight.

Help me make the Music of the Night.”

Erik terminou de cantar, e a beijou carinhosamente, demonstrando o seu amor.

Marie já havia preparado o jantar quando Erik e Louise desceram. Após cearem, Erik chamou os criados, e lhes contou que casaria com Louise no dia seguinte. Marie e Giovane deram felicitações ao casal. Marie se comprometeu a ajudar Louise a se arrumar. Louise agradeceu a mulher. Louise nunca se acostumaria a ter uma criada lhe chamando de “patroa”, então ela tratava Marie como uma amiga.

– Louise, vamos subir para dormir. Amanha será um dia cheio! – falou Erik sorrindo. Louise deixou-se guiar por Erik enquanto subiam.

– boa noite minha noiva – falou ele a beijando. Ele já ia saindo, quando Louise o chamou.

– Erik, fique aqui comigo hoje!

– Louise, não sei se seria uma boa idéia...

– oh, não é o que você esta pensando – falou ela rindo – apenas fique aqui.

– já que insiste – falou Erik, livrando-se da capa e da máscara, ficando apenas de calca e camisa. Ele teria que se controlar, pois não queria desonrá-la.

Louise deitou-se, e chamou Erik, que ficara parado. Ela aconchegou-se nele, descansando a cabeça no peito dele.

– você deve estar muito feliz não é Erik? – perguntou ela.

– estou sim, minha pequena. Eu poderia ser o homem mais feliz do mundo neste momento – falou ele, com um sorriso que comprovava isso.

Louise logo dormiu, no calor dos braços de Erik. Ele, por sua vez, demorou um pouco mais, devido à expectativa para o dia seguinte. Agora sim ele tinha o que se podia chamar de vida.

Louise acordou com Maria a chamando. Erik não estava ali.

– onde esta Erik? – perguntou ela.

– o patrão acordou cedo hoje. Deve estar por aí, se remoendo de ansiedade. Nunca o vi assim, mais é por um bom motivo – falou a criada rindo – levante-se, tome um banho, e eu lhe ajudarei a se preparar.

Louise seguiu o conselho da mulher, e foi até o banheiro. Ela encheu a banheira, e lavou-se demoradamente. Quando ela terminou, encontrou Marie segurando um lindo vestido, branco com renda. Era um vestido bem simples, mais muito bonito.

– é um presente de Erik para você – falou Marie sorrindo.

– é lindo! – falou Louise, encantada.

– Erik deve estar muito feliz em casar com você. Antes ele nem vinha até aqui. E quando vinha, apenas dirigia se a nós para dar ordens. E hoje ele estava conversando animadamente com Giovane, como nunca havia feito.

– então ele mudou mesmo!

– você fez ele mudar - falou Marie com um sorriso - venha, deixe-me te ajudar com o vestido.

Depois de vestida, Louise admirou-se no espelho. Estava linda! Ela mal podia acreditar que iria casar com Erik.

– esta nervosa Louise?

– estou. Muito nervosa

– é normal. Eu também fiquei assim quando me casei – contou Marie – bom, chega de papo e vamos descer, Erik deve estar a esperando.

Quando Louise desceu, encontrou Erik a esperando, como Marie havia dito. Ele vestia roupas negras como de costume, e um brilho surgiu nos olhos verdes, quando ele avistou Louise.

– como você está linda louise!

– obrigada - falou ela corando um pouco.

Após despedir-se dos criados, Erik conduziu louise até o jardim. Lá estava o cavalo de Erik. Ele ajudou louise a montar, e depois montou também.

– há uma pequena igreja no vilarejo aqui perto, e o padre aceitou fazer nosso casamento. Sei que como toda moça você iria querer uma festa, com vários convidados, aqui mas dada às circunstâncias isso não seria possível - falou erik.

– isso não me incomoda, Erik. O que importa é estarmos juntos - falou ela.

Juntos, eles cavalgavam pela estrada de chão. Louise encostada no peito definido de Erik, sentindo as batidas do coração dele. E erik, sorrindo, conduzia o cavalo negro. Depois de quase uma hora cavalgando em silêncio, eles chegaram ao vilarejo. Havia algumas casas simples, um pequeno comércio, e uma igrejinha. Alguns dos habitantes olhavam curiosos para o casal que passava.

Erik parou o cavalo em frente a igreja, e ajudou Louise a descer. Eles se olharam mais uma vez, e entraram na igreja, para unir suas vidas e seus destinos. A igreja era pequena, com alguns bancos, e um órgão mais ao fundo. Louise percebeu Erik olhando para o instrumento. Isso a fez lembrar dos momentos em que passou na Casa do Lago.

– Erik Destler e Louise Clavel - falou o padre que estava os esperando.

– sim, padre - responderam eles em uníssono.

– estamos aqui reunidos, para unir esse casal. Erik, aceita Louise Clavel como sua legítima esposa?

– aceito - falou erik, visivelmente emocionado.

– é você Louise, aceita Erik Destler como seu legítimo esposo?

– aceito - falou ela também emocionada.

– vamos aos votos.

Erik tirou a caixinha de veludo negro do bolso, que continha as alianças. Ele pegou uma delas.

– eu, Erik, te recebo, Louise, como minha esposa, e te prometo ser fiel, amar e respeitar, até que a morte nos separe - prometeu ele, pondo uma das alianças no dedo dela.

– eu, Louise, te recebo, Erik, como meu marido, e te prometo ser fiel, amar e respeitar, até que a morte nos separe - falou ela.

– eu vos declaro marido e mulher. Pode beijar a noiva!

Após o beijo, o padre desejou felicidades ao casal, e ele retiraram-se sorridentes.

– você não faz idéia da minha felicidade, Louise - falou Erik, limpando disfarçadamente uma lágrima de felicidade.

– eu também estou feliz, Erik - falou ela com um sorriso.

Eles montaram novamente no cavalo, e partiram. Erik mal acreditava que havia se casado. Ele, que antes vivia dizendo a si mesmo que nunca receberia amor, estava ali, cavalgando com sua linda esposa. Aquele pequeno Anjo fora capaz de mudar sua vida. Ele devia tudo a ela. E ele esperava poder retribuir todo o bem que Louise fizera a ele.