O Amor nem sempre Tem Razão
Essa é a Canção do Amor?
“Eles se sentiram ouvindo um anjo cantando”.
Um dia bem ensolarado. Desde o ultimo ocorrido, já havia se passado uma semana. Hizaki sempre pervertido, trajava uma camiseta branca de manga longa, uma camiseta vermelha com um dragão estampado nas costas e na frente por cima, uma calça jeans preta e um all star branco. Yuuki sempre indiferente, mas atencioso, usava uma calça jeans preta, uma camiseta manga longa branca, uma camisa xadrez preta com vermelho por cima e um coturno preto cano longo. E Hiroshi sempre animado e alegre, usando uma camiseta preta manga longa, uma camisa xadrez azul por cima, um jeans normal e um all star preto. Minoru trajava uma camiseta preta, colete preto, calça jeans preta e coturno preto.
O colégio organizou uma visita a uma festival cultural, onde teria música, literatura, artes e etecetera.
-Aaaah. ~ Nem acredito que iremos para um festival cultural!
-Você está bem animado, Takenaga. –Disse Yuuki, não muito interessado, mas feliz pelo garoto estar animado.
-É q-que eu amo tocar instrumentos e achei que era uma boa chance...
-Heh? Você toca o que, gatinho? –Disse Hizaki, do outro lado de Minoru.
Yuuki fuzilou Hizaki com o olhar, mas tornou a olhar para frente. Hizaki deu um risinho de vitória. Hiroshi só ria lá trás, olhando em volta.
-Piano, guitarra, violino e bateria. –Sorriu.
-Wow, é bastante.
-Eu sempre fui fascinado por música. Bom, vamos lá!
Ele começou a correr. Hiroshi parou no estande das pinturas, e tinha um plano. Logo os outros três chegaram a um estúdio de música. Minoru estava maravilhado e olhava os instrumentos como se fossem de ouro. Ele foi até um piano.
-Ei, Senhor.
-Sim? –Respondeu o sorridente atendente daquela ala.
-Eu poderia tocar uma canção? –Sorriu.
-HUH? Você vai tocar, Minoru? –Indagou Hizaki.
-Oh, isso eu quero ver. –Yuuki disse meio irônico.
-Haha. –Disse Minoru com sarcasmo.
-Pode sim, jovem. As atrações aqui são feitas para que as pessoas nos ajudem a atrair ainda mais.
Minoru agradeceu e abriu o piano, se sentando a frente dele. Respirou fundo e começou a tocar, não demorou muito para cantar também, sendo levado pelo embalo da música.
Hizaki e Yuuki ficaram boquiabertos. A voz de Minoru era doce, calma, tranquilizadora. A canção era triste, mas, linda. Eles se sentiram ouvindo um anjo cantando.¹
Minoru cantava com um singelo sorriso no rosto, tocando muito bem, enquanto cantava.
Após a música terminar, Minoru se levantou. Ele conseguiu reunir uma grande quantidade de pessoas o observando. Corou de imediato. Todos fizeram questão de elogiá-lo, e aplaudi-lo, o que o fez ficar ainda mais envergonhado.
-Wow, você é foda, Minoru. –Hizaki envolveu com um braço o pescoço do jovem.
-O-Obrigado, eu acho.
-Sua voz é muito bonita, devia ajudar nas aberturas do colégio e nos festivais.
-Ah, ótima idéia, Yuu!
-Espera, você não está pensando em... ?
-Claro que estou! –Riu- No festival do colégio da semana que vem, você vai cantar! Já vai preparando a música! Né, Taichou?
-Hm... Sim, seria uma boa.
-Não o apoie, Takahashi-senpai! –Disse em um tom desesperado, e depois riu.
Os três voltaram a andar pelo festival, comeram várias coisas, Hizaki provocava Minoru, Yuuki revidava, Minoru ria, e assim foi.
-Olha, vamos disputar ali, Yuu!
-Como quiser. –Suspirou- Nós já voltamos, Minoru.
Yuuki e Hizaki foram disputar em um jogo, já que estavam se alfinetando até agora. Minoru se sentou em um muro e ficou esperando, enquanto olhava para cima.
-Ei, garota. –Se irritou- Você no muro!
Minoru olhou para os dois seres enormes que chamavam sua atenção. Ele saltou do muro, ajeitou o colete.
-Em que posso ajudar?
-Ora, não é uma mulher. –Disse o maior deles.
-Mas, serve como uma.
O mais robusto segurou o queixo de Minoru e o puxou para mais perto.
-Bem bonitinho mesmo.
Minoru deu um tapa na mão do homem.
-Não sei quem são, e nem o que querem, então, com licença.
Virou-se e começou a andar. Apesar de se fazer de forte, estava com medo. Pior que o que ele temia aconteceu. O outro homem o puxou pelo braço e o empurrou no muro. Os dois o cercavam.
-Desculpem-me, podem me deixar ir?
-Uma preciosidade dessas não se vê todo dia. Acho que mesmo sendo homem nós pegamos.
-Pegamos? Olha, eu não quero nada com vocês, valeu?
-Mas nós queremos garoto. É melhor que nos obedeça se não quiser que as coisas pio—
O grandalhão levou uma bala de pressão direto na cabeça. Foi Hizaki, que estava brincando de acerta-o-patinho com Yuuki.
-Sai de perto dele.
Os dois grandalhões se irritaram e foram avançar em Hizaki, que desviou com facilidade e usou novamente a arma. Logo Yuuki chegou com alguns guardas que os levaram embora.
-Você está bem, Minoru?
-Estou sim, mas ainda estou um pouco assustado. –Riu- Que bom que apareceram, eu não saberia o que fazer.
-Não foi nada. –Sorriu e deixou a arma no estande que estava, voltando a andar com os outros dois garotos.
-Ter boa aparência nunca deve ter sido tão ruim, hein, Minoru.
-Ah, isso já aconteceu várias vezes, mas costumava ser pessoas bêbadas e menores que eles. –Riu- Sempre me confundem com uma garota.
Yuuki achou melhor não rir. Hizaki riu de leve, e passou a mão na cabeça de Minoru.
-Mas também, com esse cabelo e com esse rosto, até eu confundia.
-Sem graça!
Minoru encheu as bochechas de ar em uma expressão fofa, mas tornou a rir da brincadeira. Hizaki riu também, e aparentemente, Yuuki achou engraçado também.
Não demorou muito para Hiroshi chegar com um quadro enorme em um dos braços. Com a mão livre, puxou Minoru.
-Por aqui Minoru, por aqui!
-K-Kawashita-senpai? O que foi?
-Yuuki, Hizaki, venham!
Ambos se olharam, mas os seguiram. Eles foram parar em um tipo de praça, com várias cerejeiras, e dois bancos um ao lado do outro. Hiroshi colocou o quadro ali e retirou o pano que o cobria. Era uma pintura de Minoru tocando um violino, enquanto folhas de cerejeira o rodeava. Graças a um vento inesperado, em volta de pintura, algumas folhas rodeavam também.
-Q-Q-Que lindo! –Balbuciou Minoru, sem palavras.
-Você que fez, Hiro?
-Sim. ~ Enquanto vocês foram pra ala de música.
-Ficou foda! –Disse Hizaki, tirando uma foto da cena.
Eles ficaram rindo, tirando fotos e conversando. No fim, todos tiraram uma foto juntos, sorridentes. Apesar de disputarem o mesmo amor, eram incrivelmente parceiros e alegres.
-Wow, essa foto ficou incrivelmente boa!
-É um dia inesquecível.
Minoru sussurrou uma das partes da música que havia cantado antes, e sorriu. Ele sem querer deixou uma lágrima escapar. Não tinha um dia feliz como esse há séculos.
-Wah, tudo bem, Minoru/Takenaga?!
-Ahm? Por quê?
-Você está chorando...
Minoru passou a mão pela lágrima e começou a rir. Abraçou os três.
-Cara, eu amo muito vocês!
Todos ficaram surpresos com a ação, mas riram e cada um fez um comentário. Hizaki ficou fazendo cócegas em Minoru, que ria ainda mais, e fugia dele.
E assim foi o dia, até todos voltarem ao colégio e voltarem para suas respectivas casas.
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